segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SEGUNDO VÍDEO DE AUDIÇÃO, APENAS, DO «DARK SIDE OF THE MOON»

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Deixo hoje, para audição, a faixa Time do Dark Side of the Moon.
Espero que gostem e que relaxem.


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sábado, 24 de outubro de 2009

O ELITISMO E O ÓDIO DO SR CORREIA GUEDES

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ao perto, a criatura nem se enxerga
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Vasco Valente Correia Guedes, que usa assinar com o pseudónimo Vasco Pulido Valente, parece que só em alguns dias pares do ano consegue ser lúcido e aturável. De resto, em todos os dias ímpares, além dos restantes pares, é um velho chato, rezingão, convencido de um largo saber e de mais que variável humor, se é que alguém, alguma vez, lho descobriu.
Já li coisas boas de VPV (soa melhor e é garantia de melhor proveniência), muito provavelmente nalgum dia par do calendário. Mas a data de ontem, 23 (dia ímpar, note-se), o social democrata, pela graça de Deus nascido num bom berço e que faz gala em se apresentar como tendo feito o seu aprendizado académico superior na ultrachique Oxford, revelou-se um elitista repugnante face ao comunista (cruzes!) José Saramago, dedicando-lhe uma peça miserável acerca das suas últimas declarações que incomodaram os católicos, mesmo a larguíssima multidão deles que são, consabidamente, pseudoleitores ou (menos ainda) conhecedores da Bíblia.
A gratuita rudeza, a manifesta sem-razão, o ódio encarniçado, o veneno que vomitou na sua coluna de ontem no Público acerca do autor de Caim, foram confirmados pelo frente a frente, moderado por Mário Crespo, entre Saramago e o padre Carreira das Neves.
Na sua referida coluna de ontem, VPV (a quem o Correia Guedes não garantia o berço desejado) considerou, bem explicitamente, Saramago inculto, iletrado e ignorante e um pobre coitado como são, na sua óptica, todos os não nascidos num berço de ouro, rico e com dossel adamascado ou de seda como seria, supostamente, o seu.
Já no debate, o teólogo e especialista em temas bíblicos não só não usou da mais leve falta de respeito pelo genuíno ateu que é o autor de Caim (antes pelo contrário, fazendo-lhe até elogiosas referências), como não conseguiu contrariar Saramago, que mostrou saber do que falava. Ao contrário, foi o Nobel que deixou atrapalhado e sem convincente argumento o teólogo e biblicista.
Infeliz e… (como hei-de dizer…) infantil (sem dúvida o caso) foi o clérigo que, a dado passo, e a propósito da linguagem metafórica dos textos sagrados aludiu a natural compreensão, para o fenómeno, de um autor que tanto lança mão da imagética, como acontece com o seu opositor. Mas, curiosamente, antes que, com a sua habitual calma, Saramago lhe desse resposta a tal ingenuidade, foi Mário Crespo que, não se conteve e referiu que se o Nobel usa de tais imagens e metáforas nos seus livros… Estes, porém, não são sagrados!

Foi, realmente, um debate interessante e de nível, aquele a que assistimos esta noite.
Coisa bem diferente foi a chicana deplorável do sr Correia Guedes.

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Créditos ao Indesmentível, pela imagem
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PRIMEIRO VÍDEO DE AUDIÇÃO DO «DARK SIDE OF THE MOON»

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Acerca da obra mais conhecida dos Pink Floyd, teria sido uma ideia interessante acompanhar os 5 programas de análise do álbum com, simultaneamente, cada um dos 5 vídeos que nos proporcionam a sua audição total.
Não me ocorreu. Mas vou fazê-lo doravante, depois de apresentar, hoje, o primeiro destes últimos. E o segundo, quase de seguida.
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Também achei curioso recordar os nomes das respectivas 9 faixas, que são:
1. Speak to Me/Breathe
2. On the Run
3. Time
4. The Grat Gig in the Sky
5. Money
6. Us and Them
7. Any Colour You Like
8. Brain Damage
9. Eclipse
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Aproveito ainda, também, para rememorar a informação geral sobre a banda
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Vejamos então o primeiro vídeo da audição desta obra
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MARIA CORREIA

o tempo da mala-posta já lá ia.
Agora a mala do correio era transportada a pé desde a estação receptora e distribuidora do concelho à da freguesia



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Anos 40 e tal. As férias grandes.
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As férias grandes, não: as férias
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enormes. Passadas na aldeia
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que me viu nascer.
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Muitas recordações. Algumas
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reminiscências. Vários “filmes”
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vivos na memória.
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Toda de negro vestida.

Era impensável uma viúva deixar de vestir de preto. Abandonar o luto. Carregado. Por todo o resto dos seus dias.

O lenço, preto, na cabeça,
inconcebível, também, uma mulher exibir os seus cabelos soltos: a "decência" não consentia


de pontas laterais reviradas
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para cima, descongestionando
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a cara, aliviando o afrontamento

O calor, sufocante, desprendia-se, com o pó, do caminho de terra
que os lamaçais de sucessivas invernias deixavam leve e volátil.


As mãos, ora pendentes, ora
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apoiadas nos quadris,

os dedos, de quando em quando, limpavam a fronte, enxugando-os no avental também preto.
Por vezes era com uma ponta deste que limpava o suor.


O saco do correio,

confeccionado numa espécie de tela, com a boca apertada com uma correia
que entrava num cadeado fechado sobre ela e um comprovante com carimbo da estação de origem,


à cabeça, sobre o lenço.
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O andamento
marcado ao compasso do corpo volumoso, velho e pesado,
que avança ora balançando sobre a anca e o lado direito, ora sobre o lado e a anca contrários…


numa cadência e num ritmo
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invariavelmente repetido

qual pêndulo, lento, que ao mesmo ritmo vai progredindo suavemente no seu percurso.


O horário não permite pausas e

a canícula não dá tréguas


cumprida a hora da partida, a da chegada, sem relógio mais
que a posição do Sol escaldante, está garantida pela cadência imperturbável.


Cara fechada, olhos no chão,
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bagas transpiradas borbulhando
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na testa e escorrendo, a correia
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percorre, numa rotina
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cansativa, a légua que a
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separa da estação
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dos correios do concelho até à
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da sede desta freguesia
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dispersa que também
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delimita a área
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municipal nesta direcção

a correia. Não sei se por isso, se por coincidência, Maria Correia para todos que a conheciam.


Mais que uma nuvem da minha
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meninice, a ti Maria Correia é
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uma imagem muito viva desses
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meus longínquos idos.
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Imagem de vida sofrida, do cansaço,
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do preço do pão do dia-a-dia.
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Imagem da rotina.
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Da inelutabilidade.
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Imagem dos deserdados
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da vida.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A ARTE AO SERVIÇO DA MEMÓRIA

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Recebi, há dias, por mail, e concordo que é SIMPLESMENTE ESPECTACULAR, como me dizia o remetente, lá de muito longe.
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Kseniya Simonova é uma artista ucraniana que ganhou recentemente a versão nacional equivalente ao "America's Got Talent." Ela usa uma enorme caixa de luz, música e vozes dramáticas, imaginação e o seu talento para interpretar, pintando com areia, a invasão e a ocupação da Ucrânia pelos alemães durante a II Grande Guerra.
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É bem patente, na assistência, o resultado desse apelo dramático a uma memória que não se desvaneça.

O texto é, basicamente, o que acompanha o vídeo.

Veja só, que talento e que maravilha




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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"VERDADES COMO PUNHOS!"

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Bartoon, Luís Afonso, Público, SX 16.10.2009

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Exactamente.
Verdades como punhos, mestre!

A propósito, "18% dos portugueses são pobres e a situação tende a piorar", segundo telegrama da Lusa, hoje.


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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O «NOVO CLIMA»...

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Bartoon, Luís Afonso, Público, hoje

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Boa, mestre Alfredo!


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“BRINCADEIRA INOFENSIVA” – DIZ ELA

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esta estranha criatura diz também ser fã de "saia justa"

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Este vídeo foi para o ar no programa “Saia Justa”. A actriz (?) e escritora (?) Maitê Proença estava em Portugal por causa de uma peça teatral e aproveitou as suas horas vagas para fazer algumas imagens para esse programa do canal brasileiro GNT.
O tema?
O mesmo assunto pobre de sempre: gozar com os portugueses. E termina o vídeo cuspindo.
Todo o vídeo é uma ofensa a Portugal e aos portugueses.
Começa por ir a Sintra para mostrar uma porta de uma casa aparentemente comum, com o 3 virado para a direita e, sem perceber o significado esotérico pretendido, atribui o facto à ignorância dos portugueses (coitada da pobre ignorante, ela sim) pois diz que aquilo demonstra que está em Portugal – “os caras nem sabem colocar direito um algarismo numa porta!”
Vejam bem, vai a Sintra, que tem tantos monumentos, castelo e palácios riquíssimos, só para revelar a sua ignorância, pensando demonstrar a dos portugueses. Depois goza com o Tejo, inventando ser ele, para os portugueses, o mar.
Fala também em Salazar, de que ela também não sabe nada (dizendo que ele foi um ditador por mais de vinte anos – vá: podia ter dito que o tinha sido por mais de três anos…).
Goza com o Mosteiro dos Jerónimos, o túmulo de Camões, com o estilo arquitectónico manuelino, enfatizando o Manuel, nome injuriado no Brasil nas piadas sobre portugueses, e fala também no episódio no Hotel com o seu PC, ignorando que os hotéis não têm de garantir assistência aos pc’s dos clientes.

Enfim, veja o vídeo:

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Duas notas finais:
1. o texto acima é, basicamente, o que acompanhava os (vários) mails que ontem recebi sobre o asunto. Num blogue brasileiro onde, por vezes, também deixo rasto, postei um
outro texto, esse meu, e talvez mais suave do que a circunstância exigiria. Mas, primeiro, não ia ser insolente em casa de quem me recebe, para com os anfitriões e “familiares”. Segundo, não ia, ali, descer ao baixo nível da criticada.
2. Acabado de rascunhar este post, vi um programa na televisão sobre o aqui relatado e uma declaração (via telefone ou rádio) da Maitê Proença, ela mesma, em que tinha o desplante de dizer que não queria ofender-nos. Que se tratava de uma pura brincadeira!
A criatura, além de ser pouco esclarecida e insolente, continua a pensar que fala para “manuéis”…

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

«OBAMA FICA A DEVER»

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por uma efectiva, mas responsável, paz

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Depois de ontem (no n&r) também ter abordado a questão hoje recordada por José Vítor Malheiros (JVM) – as responsabilidades globais de Obama, pese embora a seu contributo para a promoção da paz – aquele jornalista veio, hoje, despertar algo que estava latente dentro de mim: que apesar de não concordar com a prematuridade do Nobel, Obama tinha de justificar a oportunidade da sua atribuição.
Pensei, para mim, portanto, que ele NOS ficava a dever alguma coisa. Implicitamente o pensei, e não expressis verbis, como hoje fazia JVM sob o título que transcrevo acima, no qual concluía assim: «com este Nobel, Obama fica a dever. E trata-se de uma dívida demasiado grande para poder ser perdoada. Mas ficou também claro que se trata de uma dívida que muitos de nós, em todo o mundo, queremos ajudá-lo a pagar.»
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Exactamente. Nem mais.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AUTÁRQUICAS

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A verve e a acutilância do velho barman!

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Bartoon/Luís Afonso/Público/hoje

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

NÓS É QUE SOMOS OS QUERUBINS

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Todos nos recordamos de Joe Berardo ter denunciado situações de abuso e favorecimentos por parte da Administração de Jardim Gonçalves.
Entretanto o milionário madeirense integrou o “conselho de remunerações” do banco.

Estes ingredientes tornaram mais saborosa a recente notícia há dias referida em alguns media: para evitar que o Santander executasse uma dívida contraída pelo comendador (e mecenas remunerado) junto daquela instituição, o BCP, com o aval pessoal do respectivo presidente C Santos Ferreira, concedeu-lhe uma garantia de oito milhões de euros.

Alguma anomalia?
De jeito nenhum. Só os mal intencionados podem querer adivinhar neste episódio uma promiscuidade escandalosa, e algum desconforto entre esses dois actores…

O quê: ser a pessoa a quem Berardo fixa a remuneração que lhe concede a garantia (ou vice-versa) é sintoma de promiscuidade?

Nem por sombras.

É tudo boa gente e gente muito séria. É um meio onde reina o maior rigor. É um verdadeiro paraíso!
Mas nós é que somos os querubins… (Pensarão eles…)
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

«ALBUNS CLÁSSICOS: THE DARK SIDE OF THE MOON (PARTE 1 DE 5)»

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Pink Floyd apresentando o álbum "The Dark Side of the Moon" (1973)




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Depois de uma súmula informativa acerca da banda, aqui, veja agora o comentário apresentado no site do YouTube relativamente às cinco partes em que se desmembra a análise desta obra.

Trata-se do ”Programa da série Álbuns Clássicos do The History Channel [que] traz entrevistas com músicos e produtores responsáveis pelos discos mais populares da história.” Neste caso, “o álbum The Dark Side of The Moon (1973), do Pink Floyd, o terceiro disco mais vendido em todos os tempos.”
“Com músicas conceituais, o álbum reúne alguns dos temas que pressionam a humanidade como dinheiro, tempo, guerra, loucura e morte. O enorme sucesso do terceiro disco da banda inglesa é cercado de mistérios e é [motivo] para seus fãs criarem teorias mirabolantes. Uma das teorias mais famosas afirma que as canções coincidem com as cenas de O [Feiticeiro] de Oz (1939) - se tanto o filme, quanto o álbum forem postos [a correr] simultaneamente.”
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Esta série é um “documentário de 2003 que relata como foi gravado o álbum The Dark Side of the Moon”, desta banda. Além de contar com a participação dos elementos do grupo, conta ainda com a do técnico de som Alan Parsons.
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”Roger Waters dá algumas explicações sobre as letras e faz uma versão acústica de Brain Damage [quarta faixa do lado B do LP original], além de explicar como foram gravados os efeitos sonoros de Money [primeira faixa do mesmo lado]. David Gilmour mostra uma versão acústica de Breathe [primeira e terceira faixas do respectivo lado A] e relata passos de gravação de guitarras e edição das músicas. Richard Wright faz um relato de como foram compostas The Great Gig In The Sky [quarta faixa do lado A do mesmo LP] e Us And Them [segunda faixa do lado B]. Nick Mason [o baterista, o único ainda não apresentado antes] conta como foram os passos para mixagens, participações etc. Pequenos segredos são revelados, como por exemplo as vozes presentes no disco e como se chegou a algumas versões finais das músicas.”
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Hoje ficamos, pois, com a 1ª parte da apresentação e análise do álbum











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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

AFINAL..."NO PASA NADA"!

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Bartoon...........Luís Afonso
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in Público, hoje
créditos Luís Afonso
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

HOMENS DE ESTADO?

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Não há muito tempo, difícil seria entre os países civilizados encontrar uma figura de Estado que pudesse tomar atitudes de baixo nível… Hoje, porém, é bem fácil encontrar um ajj nalguns deles. Como acontece em Itália onde um ser repugnante que dá pelo nome de Berlusconi, e é figura cimeira do governo do país, para além das múltiplas baixezas que dele se conhecem, se permite referir, persistentemente, a Obama como o “bronzeado”.

E ainda nós nos surpreendemos com um ajj que não passa de um chefe de tribo, em comparança com o outro! Que o nosso mugabe até leva a palma nalguns aspectos: usa aos microfones dos media de linguagem soez e ordinária sem qualquer cerimónia!
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Até quando os eleitores das figuras públicas se vão permitir eleger cabotinos desta espécie?


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