sábado, 29 de janeiro de 2011

DO IMPANTE, E POR VEZES CRUEL, MÁRIO SOARES AO SONSO E RANCOROSO CAVACO

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O impante Mário Soares que, aquando do 25 de Abril, tolerava mal o desconhecimento da sua personalidade na cena internacional, acabou por conseguir, aos poucos, insinuar-se em certos círculos políticos da Europa.
Até que, durante a consolidação da nossa jovem democracia, ganhou foros de estadista conceituado.
Mas é claro que, no seu jeito empáfio, foi à custa do sacrifício de certos dos seus camaradas que, sem qualquer intenção de o baterem em popularidade e competência, lhe faziam sombra, segundo a sua imaginação. E se havia coisa que ele não perdoava (perdoa) era (é) essa virtualidade, não hesitando em abater tais figuras, por vezes ferozmente (como aconteceu com o seu particular companheiro e amigo Salgado Zenha) ou de forma menos violenta (como aconteceu com Manuel Alegre – com quem acabou, agora nestas últimas presidenciais, de fazer o ajuste de contas, pelo seu “desaforo” nas presidenciais de 2006). Estas vítimas, entre outras, são as mais destacadas e conhecidas.

Toda a gente sabe que a auréola que Mário Soares conseguiu conquistar foi mais conseguida com demagogia do que com competência. Aliás, todos nos recordamos das críticas de que era alvo pelo seu fraco domínio dos “dossiers”, a cujo estudo dedicava pouco empenho e labor.
Mas como sempre foi homem de palavra fluente, conseguia contornar tal problema com alguma facilidade perante os seus opositores mais distraídos, ou face aos seus apoiantes mais complacentes.
Mas, do ajuste de contas de Mário Soares com Manuel Alegre ao triste e quase funéreo elogio do presidente ora reeleito, o texto que trago hoje, mais uma vez de Baptista-Bastos, é mais uma peça imperdível deste autor, agora transcrita do DN de 24 do corrente mês e intitulada PEÇAS DO 'PUZZLE'
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

RÉPLICAS AO ABALO PROVOCADO POR CAVACO


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Pois é! O incauto Prof. esqueceu as previsíveis consequências dos seus dois discursos incendiários de Domingo à noite no CCB.

No primeiro caderno do Público de hoje, José Vítor Malheiros ofereceu-nos uma coluna acerca do último acto eleitoral (com críticas genéricas) mas especialmente visando, com hilariante ironia, o seu vencedor: “A grande festa da democracia

E, já mais para o sisudo, mas ainda relativamente ao mesmo triste show, temos no segundo caderno do mesmo periódico um texto de outro jornalista, mais jovem, Jorge Marmelo: “Derrota do jornalismo

Além destes, neste diário, sei que outros artigos houve noutros, referindo o triste espectáculo que o presidente deu. Onde afastou quaisquer dúvidas que acerca dele pudessem existir de que não se tratava de um presidente apaziguador, pacificador e preocupado com a união dos portugueses, de trato liso, cortez e moderado como convém em tal cargo e alta magistratura, mas antes, e iniludivelmente, dum espírito rancoroso e divisionista.

Nada espanta que tais atributos altamente negativos num presidente sejam repetidamente aludidos. Cavaco sabe – como qualquer pessoa, mesmo menos culta sabe – o que acontece a quem anda à chuva.

Como muitos não terão tido oportunidade de ler esta edição do Público, nem têm acesso a ela no respectivo site, espero que este periódico de grande referência aceite a minha vénia na transcrição das duas imperdíveis peças no Apostila, em QUEM SEMEIA VENTOS…
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domingo, 23 de janeiro de 2011

A VINGANÇA SERVE-SE GELADA – MOSTROU HOJE CAVACO

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desconheço o autor da imagem que encontrei na net
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Revanchismo, sabemos, é definido como desejo obstinado de vingança.
Cavaco, nesta noite eleitoral, deixou o seu mais completo e verdadeiro retrato nas duas declarações pronunciadas – ao País e aos seus eleitores.
Que a vingança se serve fria, diz a velha expressão – pensou o manhoso boliqueimense. Qual quê? GE-LA-DA! (prosseguiu no seu lúgubre pensamento). E sabendo que ia ser o último dos candidatos a falar, logo estabelece o seu plano: aviso que a nenhuma das intervenções se seguem perguntas dos jornalistas, e aí estou eu a destilar todo o meu ódio, a servir a minha gelada vingança (concluiu a ressabiada e recalcada criatura).
E assim foi.

Os restantes candidatos e dirigentes políticos fizeram os habituais discursos que se seguem a estes actos. Com a lisura que geralmente os caracteriza.
Mas o sonso provinciano falou mil e uma vezes de “verdade e calúnia” mas referindo-se a conteúdos que neste caso não têm estas palavras nas expressões em que as utilizou: nem existe a verdade a que ele queria referir-se nem a calúnia que ele insistia em querer denunciar.
Repetiu vezes sem conta essa expressão e outras sinónimas: seriedade, dignidade, etc. Um chorrilho de lamúrias que superavam as de qualquer “calimero”, expressões e frases vazias do seu real conteúdo, neste momento na sua boca.

O cavalheiro esqueceu-se foi do tremendo tiro que deu no seu pé quando, na campanha, referiu que os outros candidatos teriam de nascer duas vezes para atingirem a sua (de Cavaco) postura de seriedade, de honestidade, etc.
Ou seja: o cavalheiro lançou para as labaredas da sua Santa Inquisição todos os seus adversários já que honestidade, seriedade, ética e moralidade são qualidades de que apenas ele se pode reclamar neste cantinho do Mundo.

E é este homem que garante que vai ser o presidente de todos os portugueses?

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sábado, 22 de janeiro de 2011

PÚBLICAS CONOTAÇÕES, FAVORES PRIVADOS

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Já lhes falei, várias vezes, nos meus sítios, do meu amigo José Ricardo Costa (JR), um professor de filosofia numa das escolas secundárias de Torres Novas, que foi colunista do Jornal Torrejano e entretanto se converteu à blogosfera, sendo autor do Ponteiros Parados (PP).

Conquanto exercendo a sua actividade de professor, sempre arranjou tempo para se dedicar à escrita. E com muito mérito.
Ou, primeiro, às suas crónicas no Torrejano, marcadas por uma característica linguagem coloquial, sobre temas do dia-a-dia, frequentemente hilariantes e carregadas de um humor estonteante, outras vezes num tom mais sóbrio mas sempre do maior interesse e no melhor estilo.
Ou, ultimamente, no PP, com as suas filosóficas reflexões sobre os temas mais diversos.
Não que o tempo lhe sobre, mas porque a vontade é muita entrega-se, ainda, à investigação, sendo doutorando em filosofia.

O JR é uma pessoa de rara cultura, duma enorme perspicácia e cheio das melhores qualidades humanas.
Amigo do seu amigo, devo-lhe uma amizade que eu talvez não mereça mas que ele manifesta a cada passo.

Mas vem tudo isto, agora, porquê? Pois a causa próxima deste trecho é um texto dele que me chegou, pela segunda vez, e de diferentes lados, por mail, e que ele deixou num blogue que se intitula Des1biga (sic!)

O texto é uma reflexão sobre a nossa condição de portugueses. Uma reflexão, sim, mas não pesada. Ligeira, pelo contrário, mas crítica qb, e num tom nada asfixiante e que nos convida a idêntica atitude reflexiva.

Só o JR era capaz de, a pretexto de assunto tão simples, nos deixar um texto tão interessante. No fundo e na forma.
Texto que é um comentário comparativo tão bem feito sobre as classes sociais na Idade Média e hoje em Portugal – afinal um apontamento histórico à margem da História, onde se fala de públicas conotações por motivos privados - que é digno de figurar entre aqueles que incluo no Apostila. Leia, então, A IDADE DAS TREVAS.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A TROUPE DA SLN

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a troupe

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Certo que estou a dar muito tempo de antena a Cavaco Silva. Só que deste é justo que se lhe dê. E merecido.

O Apostila pretende ser um repositório de apontamentos à margem da História tendo em vista reforçá-la com a opinião de outros mais que os historiadores: jornalistas, críticos encartados e até mesmo opinadores sem diploma, mas verdadeiros, sensatos e sinceros.

Cavaco sempre foi suficientemente sonso e simulado para pôr asas (coisa em que é mestre) e fazer de conta que não é nada com ele, que não se lembra dos factos, que tudo o que de errado e ilegal consigo acontece não passa de maledicência e cabala.

A primeira coisa que acontece a quem se mete em sarilhos e jogadas perigosas e sujas… é perder a memória!
Aí está a conclusão previsível.

Cavaco, conquanto fingisse ser superior à política e odiá-la, é verdadeiramente político. Decano, mesmo, dos que estão no activo.

Mesmo quando nos quer convencer (não muito explicitamente) que se encontrou num ninho de víboras (caso SLN/BPN), a verdade é que todos eles (seus discípulos) nada mais fizeram que o que o Chefe (Cavaco) faz com toda a perícia (sobretudo para os totós ou bem intencionados): fingir prosseguir o interesse colectivo, mas tratar da sua vida. E esta sua opção não acontece num segundo ou terceiro passo: mas num primeiro e único.

Um coro imenso de jornalistas, críticos e opinadores não nos deixa dúvidas sobre a falsidade de Cavaco, sobre a sua não isenção, sobre a sua inimpolutabilidade…

Tão cheio de si, a criatura logo no aspecto, no fácies denuncia as suas altas virtudes: medroso (talvez melhor definido pelo anagrama que consiste da troca de uma letra), indeciso, ignorante, tímido, frouxo, frágil, ressentido e sem jeito.

Acerca deste assunto, desta vez é Daniel Oliveira que tem a palavra, no Expresso online. Uma página que, para memória futura, não pode deixar de ser incluída no Apostila: OS FILHOS DE CAVACO

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

QUANTO MAIS PINDÉRICO E MAIS LAPAROTO… MAIS PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA

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Nem me tornei em correia de transmissão do Jornal de Negócios, nem em encartado apresentador de Baptista-Bastos.

É o puro acaso, e uma mera coincidência, somados à minha normal opção de matéria para o APOSTILA, que me traz hoje de novo com aquele colunista.

Desta vez para falar do modesto e retraído Cavaco Silva. E sonso. Extremamente sonso!

Olhando para a sua imagem de marca, penteado incluso (nem um cabelo desalinhado), vistam-lhe uma bata branca, prantem-lhe uma tesoura e um pente no bolso pequeno de cima e… Aí está a imagem que melhor lhe assenta.
O Prof não tem um espelho… E que tivesse: ele não o contrariava no seu pendor.
E sua mulher (perdão: sua excelsa esposa), no seu provincianismo “poucachinho”, deve conferir com a dita imagem, imaginando-o, porém, e por certo, um super-modelo digno de figurar em qualquer montra da rua dos Fanqueiros.

A timidez do presidente deve arrasar-lhe os nervos e bloquear-lhe a mioleira. Falar em público, como comer em público, ou ter qualquer procedimento em público, ou mesmo e tão só estar em público, deve equivaler a uma tirania monstruosa. Deve consumir-lhe uma penosa paciência forçada que o perturba por tempos infindos.
Daí a sua constante expressão de permanentemente obstipado.

Quem é tão tímido, por natureza, tem, por vezes, uma plêiade de conservadores e paternalistas comentadores e críticos que o incentivam com abundantes e abonatórios adjectivos, para não falar já dos que provêm, quase por obrigação, de submissos e dependentes discípulos.
A propósito, é pública e notória a ternura (NÃO É NENHUMA VERGONHA!) e a dedicação com que ele premeia (para além das sinecuras) alguns desses dedicados discípulos…



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Numa tentativa de obstacularizar a vinda à superfície daquele indisfarçável complexo de inferioridade eis que o nosso homem ostenta, com falsa coragem, o seu inverso, donde o conhecidíssimo “nunca erro e raramente me engano”.
E um certo espírito de vingança, ardorosa e intimamente desejado, confere-lhe atitudes do mesmo género. Donde que lhe sobrem declarações incautas e ridículas.

Porém, toda a pseudo-fanfarronice se esvai num momento de menor supremacia ou de normal confronto com personalidades mais fortes e sólidas que a sua.

Mas, melhor que eu e com maior traquejo no uso do verbo e do argumento adequados, para contrariar a auréola que, a seu respeito, Cavaco para aí inventou de impoluto, e de seriedade, leia no Apostila a coluna de Baptista-Bastos:
OS TRISTES DIAS DO NOSSO INFORTÚNIO.

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E SE FOSSE A DOER, E SEM PREOCUPAÇÕES DE HIERARQUIAS E DE ESTATUTOS?

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Recebi há dias um mail daqueles cujo conteúdo faz duvidar da sua existência e da sua veracidade… Mas encontrei-o explicitamente transcrito duma edição do Jornal de Notícias e de uma versão da TSF.
Não dava para acreditar mas, preto no branco, aí estão os textos do JN e da TSF a confirmar.
Será o sistema jurídico islandês mais rígido que o português?
Não sei, mas calculo que não.
O que acontece é que o sistema jurídico islandês não estará inquinado, como está o nosso: frouxidão, compadrio, falta de vontade política e de rigor, corrupção, tudo isto associado a um sistema jurídico moroso e complacente onde, geralmente, o crime compensa.
Quantos indivíduos com idêntico currículo, em Portugal, estão em prisão efectiva?
Quantos foram condenados com condenação efectiva, confiscação de bens a favor do Estado e com a condenação às, geralmente, volumosas indemnizações habitualmente em jogo?
A tradicional complacência dos nossos meritíssimos magistrados que se atrevem a condenar para logo de seguida suspenderem a sentença, ou convertê-la em pena pecuniária, traduzida numa migalha dos seus lucros ilícitos, é por demais conhecida e praticada entre nós!
Prender directores de bancos, ex-ministros, ex-primeiros-ministros em Portugal?
Prender ex-ministros das finanças? Prender um ex-governador do Banco Central? Prender numerosas entidades representativas das elites políticas, financeiras e bancárias? Em Portugal? Hoje? Onde já se viu tal desaforo?
E o respeitinho, submissão humilhante e repugnante subserviência que a nossa idiossincrasia sempre manteve relativamente a quem está em posições cimeiras?
Não: Portugal, nesta matéria sempre foi um charco!
Não há, nem me parece que possa vir a haver a breve ou médio prazo, vontade política para pôr todas estas criaturas em sentido. E a pagar, com língua de palmo.
Eis os dois textos, ipsis verbis, vertidos e identificados na Internet.

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Ex-directores bancários foram detidos na Islândia
Banco Kaupthing foi nacionalizado de urgência em 2008 para evitar falência
Dois ex-directores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram detidos, anteontem, informou, através de comunicado, o procurador que chefia o inquérito sobre a implosão do sistema bancário da Islândia.
Hreidar Mar Sigurdsson, ex-director do Kaupthing, e Magnus Gudmunsson, ex-director da sucursal do Banco no Luxemburgo, foram, ontem, colocados em prisão preventiva durante sete e 12 dias, respectivamente, anunciou à rádio pública islandesa RUV o procurador encarregado do caso, Olafur Hauksson. A decisão foi tomada ao fim da manhã de ontem por um juiz do Tribunal de Reykjavik.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a 10 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.
Os proprietários dos três bancos islandeses - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir -, nacionalizados de urgência para evitar uma falência generalizada do país, são acusados, num relatório parlamentar, de terem abusado das suas posições, ao assumirem empréstimos "desapropriados". Sigurdsson e Gudmundsson são os primeiros dirigentes de um dos três bancos a serem detidos.
O procurador investiga entre outros "factos de criminalidade económica, infracção de leis sobre a segurança social, incluindo abusos de mercado, e violações à lei sobre as sociedades".
Sigurdsson, nascido em 1970, dirigiu o Kaupthing de 2003 até à sua implosão e nacionalização, em Outubro de 2008. Com outros responsáveis do Kaupthing, foi acusado de ter emprestado demasiado dinheiro aos principais accionistas do banco, bem como aos seus dirigentes.
(Jornal de Notícias, 08.05.2010)


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Suspeitos de afundarem finanças islandesas começam a ser detidos
Fonte: TSF

Dois ex-directores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram presos esta quinta-feira. Mas a lista de possíveis detidos envolve mais de 125 personalidades, segundo a imprensa.
Os directores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia. Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações. A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia. Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo director da Banca, os responsáveis pela direcção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota. Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.

Em Portugal temos 3 casos a merecer jurisdição idêntica: como é que vai ser o caso JARDIM GONÇALVES versus BCP?
O CASO DO BPN, onde Oliveira e Costa, é que está a servir de “BODE EXPIATÓRIO” e não se fala dos outros.
O CASO DA FALÊNCIA DO BPP, E DO RENDEIRO APARENTEMENTE O PRINCIPAL CULPADO DISSO…


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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O NEVOEIRO E A SUA MAGIA

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A magia, a beleza e o suspense que o nevoeiro empresta à zona de Lisboa...
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Com a devida vénia deixo uma foto captada na TR 14DEZ10 pelo Cte José Costa do Airbus A320 da TAP.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

OS PÉRFIDOS FILHOS DA PÁTRIA

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Quer dos factos felizes
Como dos nefastos
Trata, sem deslizes,
O nosso Baptista-Bastos


Encara com verdade, abordagem serena,
E num português escorreito,
Por vezes verrinoso, mas da melhor têmpera,
Toda a matéria ou qualquer tema
O prosador meu eleito
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“Ensaio, ficção, cinquenta anos de jornalismo, muitos livros e muitos prémios” não há quem não conheça Baptista-Bastos (BB), um pensador de esquerda de activa verticalidade.

Perante um tema super-abordado, talvez sobretudo no mundo da cibernáutica, ele aborda-o na sua essencialidade e com a dureza que o caracteriza em tais circunstâncias.

Trata os vermes como tais e se necessário deixando-lhes o perfil identificador, como acontece relativamente ao, para ele, protótipo dos vampiros ou sanguessugas do Orçamento do Estado, como quando refere a criatura “com deficiências de fala e escuma aos cantos da boca”, a quem bastou trabalhar durante escassos “seis meses no banco do Estado” para, pelo seu tão prolongado e “denodado esforço desenvolvido” receber “uma reforma vitalícia de três mil e seiscentos contos (moeda antiga)”. (Esclareça-se que do escumante treco de Mira Amaral o tratou com êxito algum neurologista o que o tornou uma criatura menos caricata, mas nem por isso mais aceitável ou exemplar).

E BB põe o dedo na ferida quando põe a jogar o jogo do empurra ou da ganância à volta da gamela do Orçamento os dois partidos da praxe, num rotativismo calculado e conveniente, assim como quando põe em xeque “a péssima qualidade intelectual dos políticos”.

Não perca, pois, um dos particularmente importantes documentos destes tempos de crise (para o povo, não para os eleitos) como é esta peça de BB que bem merece figurar no Apostila: “A PÁTRIA NÃO É DE TODOS”.
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