Todos!?!... Os da minha geração e por aí...
Não sugiro aos mais novos (a alguns) que gostam de coisas mais vigorosas, (heavy), ritmos mais ásperos...
Mas para nós é interessante reviver.
Claro que, a nós, a Valsinha reporta-nos aos antípodas do Universo que habitamos: a uma serena tranquilidade. A letra e a música (e a interpretação) são, hoje, absolutamente démodées para quem vive no frenesim deste inferno que é o nosso planeta, por caprichosa e insana vontade de meia dúzia de senhores. São a antítese do espírito desenrascado e pragmático, da vivacidade inconsciente, febril e inócua que caracteriza grande parte das gentes da primeira e segunda idades de hoje.
Infelizmente é marginalizado e grotescamente ridicularizado quem, hoje, entre aquelas gerações, não achar os versos desta "valsinha" uma inqualificável piroseira...
Deixá-los. Soltemos o poeta e o louco sereno que existe em nós!
[A revolução estava em curso,
mas a erradicação do machismo
ainda não acontecera definitivamente.
(Em certas mentes acontecerá algum dia?)
Daí, convenhamos, ainda um cheirinho
Daí, convenhamos, ainda um cheirinho
a essa tão característica latinidade.]
Recordo e faço o ponto da situação: Valsinha, criação de Chico Buarque e Vinícius de Moraes. Interpretação: Chico Buarque.
Música lançada em 1971 no LP "Construção" de Chico Buarque
Relaxe e oiça. E acompanhe (fica aí a letra):
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Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar,
Olhou-a dum jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar,
E não maldisse a vida tanto
Do que sempre costumava olhar,
E não maldisse a vida tanto
Quanto era seu jeito de sempre falar,
E nem deixou-a só num canto,
Pra seu grande espanto
Pra seu grande espanto
Convidou-a pra rodar.
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Então ela se fez bonita
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Então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado,
Com seu vestido decotado,
Cheirando a guardado de tanto esperar.
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo
não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Como há muito tempo
não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça
E começaram a se abraçar.
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda a cidade se iluminou.
E foram tantos beijos loucos,
Tantos gritos roucos
Tantos gritos roucos
Como não se ouvia mais,
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Que o mundo compreendeu
Que o mundo compreendeu
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E o dia amanheceu
E o dia amanheceu
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Em paz.
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Nota: não foi intencional, não se trata de recordar o início das hostilidades da II Grande Guerra (nem o dantesco e inominável terror que a acompanhou).
Posso pretender, sim, reforçar um apelo e uma enorme aspiração da grande maioria dos seres humanos: PAZ
Nota: não foi intencional, não se trata de recordar o início das hostilidades da II Grande Guerra (nem o dantesco e inominável terror que a acompanhou).
Posso pretender, sim, reforçar um apelo e uma enorme aspiração da grande maioria dos seres humanos: PAZ
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Amor e Paz!!! Que significado melhor haveria para VIDA?
ResponderEliminar"Este nosso jeito de sempre pensar ..."
Abçs
Já hoje dancei uma valsinha.
ResponderEliminarPor sinal,aproveitei esta...
Obrigado pelo bom momento que me proporcionou.