quarta-feira, 12 de novembro de 2008

MÁ CONSCIÊNCIA POLÍTICA

Perorar contra a secular dicotomia esquerda/direita costuma ser a posição de quem tem má consciência política.

7 comentários:

  1. E se esquerda e direita passassem a ser substituídas por outras categorias espaciais? Sei lá, norte/sul, este/oeste, interior/exterior? Não quereria dizer a mesma coisa?
    JR

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  2. Claro que corro o risco de ser considerado ingénuo, ao responder-lhe.
    O JR entende, perfeitamente, o que quero dizer. Está a dar-me baile...
    Mas aceitemos sem conceder: se se tratasse de um puro jogo de palavras... claro que sim. Que teria razão.
    Só que não se trata disso... Como sabe... melhor que eu.

    jl

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  3. Vamos lá ver. A dicotomia esquerda/direita vem da Revolução Francesa. A esquerda é a liberdade, igualdade e fraternidade? Como nos países do socialismo real? E a direita é o contrário. Mas há países governados por partidos de direita, onde há liberdade, e nos quais a igualdade assumiu, historicamente, os seus níveis mais elevados. So...
    JR

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  4. Antes de mais: provavelmente que, de novo, a excepção confirma a regra.

    Embora seja evidente que a inteligência e a bondade (sintetizando) tanto se podem encontrar à direita como à esquerda.

    Mas o que eu refiro é uma circunstância muito comum nos políticos da nossa paróquia.
    Como o JR logo viu. (Mas preferiu dar-me corda...)

    jl

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  5. Imaginemos:os alunos da secundária de Fafe,são de esquerda;a ministra,é de direita;os profesores,são do sul?!
    E quem fez o contrato para fornecimento dos ovos aos alunos,é do norte?!
    A polícia,é de este?!
    Os bombeiros,são de oeste?!
    E nós?!Interiormente,não percebemos e exteriormente,barafustamos?!
    Apesar desta brincadeira,creio que "essa" CONSCIÊNCIA POLÍTICA a que jlf se refere,nem sequer é má.Infelizmente,nem sequer existe!

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  6. A Sophia de Melo Breyner Andressen dizia que uma palavra repetida inúmeras vezes se transforma em baba.

    É o que eu acho relativamente a noções como as de esquerda e direita. Ok, têm um valor funcional e identitário. É uma espécie de GPS mental que permite reconhecer o caminho quando olhamos para Jerónimo de Sousa ou Paulo Portas.

    Porém, o valor simbólico que já tiveram outrora, ou enquanto estereótipos, começam a perder o sentido.

    E atenção, aquela boutade segundo a qual dizer que já não há esquerda e direita pressupõe ser de direita, não é verdadeira.

    Eu sou de esquerda e considero que ser de esquerda não quer dizer grande coisa.

    A propósito, quem são os políticos verdadeiramente de esquerda no mundo actual, tirando, claro, a esquerda mais festiva e radical? Não me venham dizer que ser de esquerda se reduz à esquerda trotskysta e estalinista do BE ou ao marxismo-leninismo serôdio do PCP, embora, claro, embrulhados num papel de modernidade.
    JR

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  7. Estou de acordo com jrc,mesmo com todos os "riscos" de nos chamarem "revisionistas"...
    Também não é demais!
    Há trinta e tal anos,chamavam-me "social-fascista" e,os que assim me chamavam,chegaram ao poder com o PSD!!!

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