domingo, 30 de março de 2008

A NATUREZA INEBRIANTE E A SENSIBILIDADE

frésias - foto de Bet
Esmorecendo o ânimo falta o verbo...

Não encontrando o meu (fraco e sem jeito), remeto para a palavra de outros.
Agora, para um daqueles momentos em que a prosa se transforma num belo poema.
Arte em que, tão frequentemente, Bettips é especialista.
Vejam só que beleza e que sensibilidade...

Nem valerá a pena dizer que recomendo o blogue...

quinta-feira, 27 de março de 2008

ACONTECE...





Há quem pense com os pés. É uma realidade que todos confirmamos.
Julgo que não se passa comigo.
Mas outra coisa tenho, experimentalmente, confirmado: os pés e os braços podem ter uma bem negativa influência no discernimento e no arrefecimento do ânimo.
Acontece.

domingo, 23 de março de 2008

ALELUIA

Hallelujah de Leonard Cohen

É realmente uma bela canção (balada, talvez melhor dito) com referências bíblicas: fala de David (e lembra Betsabé), como recorda Dalila (e Sansão).
Mas não é uma canção mística. Antes uma balada com um sentido algo irónico que transmite a resignação e outras peripécias que acompanham o amor. Essa ironia perpassa por toda a balada.

Balada porque Cohen não canta, propriamente. Vai falando.

Mas é uma bonita balada.
E sempre é Leonard Cohen, aquele “monstro” de que tantos, tanto gostamos.


Após o vídeo segue a letra da canção.







Now I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this
The fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah
Hallelujah
Hallelujah
Hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew her
She tied you
To a kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

You say I took the name in vain
I don't even know the name
But if I did, well really, what's it to you?
There's a blaze of light
In every word
It doesn't matter which you heard
The holy or the broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though
It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah

sexta-feira, 21 de março de 2008

UM EXEMPLO

a luta violenta
numa tela do pintor barroco italiano
Domenico Zampieri (1581-1641)


Luís Filipe Menezes declarou, um dia destes, que não abandonava o cargo “nem à bomba”.
Só a um ET poderia tal afirmação provocar alguma estranheza. Aos terráqueos, neste canto da península, é a confirmação de uma evidência: resolvidas que estão todas as escaramuças, dentro do partido laranja, no que respeitava ao esclarecimento de quem detinha a respectiva e efectiva liderança, eis que o chefe “incontestado” e “pacificamente” reconhecido declara que está inabalavelmente disposto a todos os sacrifícios, mesmo os pessoais, e à defesa do seu reduto.
À prova de tudo. Para bem do partido e da comunidade.
Fero defensor de nobres ideais, esquecido de si próprio.
Um exemplo de tenacidade e abnegação.

quarta-feira, 19 de março de 2008

STRIPPED! INIMAGINÁVEL!

Que espectáculo!
Inimaginável!

A realidade e a perversa pantomima!
(Ai os sôfregos e precipitados, coitados! Como sofrem!)



(arte, espectáculo,
.
com a surpresa como grande ingrediente,
.
numa perfeita montagem!)




A não perder!


terça-feira, 18 de março de 2008

“O CLUBE DOS MENTIROSOS”



Embora tenha uma certa tendência para ser prolixo (o que acontece com todos os inseguros acerca dos seus saber e conhecimentos) não esqueço a realidade: não preciso de me alongar, pois não faltam reflexões avalizadas sobre as matérias que abordo.
Em duas linhas posso dar o meu apoio a posições claramente assumidas, sem preocupações com o politicamente correcto, sobre os assuntos que a todos nos preocupam... Mais ou menos, afinal, o que faço no flash (ou, eventualmente, no n&r) sobre os artigos/páginas que deixo no apostila, para onde remeto.


Hoje deixo aqui o “link” para um "post" estupendo de Rui Namorado sobre
“O clube dos mentirosos”.




o "imperador" e "presidente em exercício" do clube

o Iraque saneado e democratizado
pelo “imperador” e seus amoucos
.
.
Aliás, recomendo que coloquem entre os blogues favoritos «O Grande Zoo» de RN. Um blogue sereno, com abordagens muito lúcidas sobre a coisa pública ou o fenómeno político. Não sendo muito contido, também não é dado a excitações e histerismos estéreis. Equilibrado, portanto, mas actuante. Muito bom.

sexta-feira, 14 de março de 2008

AO CABO E AO RESTO... TUDO NA MESMA

É passado cerca de um mês depois do meu último post.
Houve um pequeno número de pessoas que se interrogou: que se passa? Férias?
Antes fora. Mas também não aconteceu nenhuma desgraça.
Uma pequena adversidade, um ligeiro problema que desencadeou outros obrigou-me a uma pausa forçada.
A situação serviu, até, para eu confirmar que, na verdade, tenho amigos.
Até houve – imagine-se! – quem desse pela minha falta neste recanto do planeta e da blogosfera.
Isso não me arrebata: sei que não passa dos bons olhos e da boa vontade dos amigos. Só.


1. Primeiro estive isolado do mundo durante uns 5 ou 6 dias.
Passado este (eterno) lapso de tempo, “quid novi”?
Ao longo dos meridianos e dos paralelos... tudo na mesma.
O planeta continuava sob a batuta dos “feios, porcos e maus”: nada de novo na frente ocidental, para além de uma obama (talvez fictícia e precária) perspectiva de mudança.
No Sudão, a tão apetecida falência do Estado que os empreendedores de “state and/or nation building”, quais abutres, como outros necrófagos, tanto anseiam, não tardará... Oferecida pelos prepotentes e selváticos chefes aborígenes. Filada a vítima, os “salvadores” têm toda a paciência do mundo


imagem de Kevin Carter, fotógrafo sudanês, 1994
para aguardar o momento de actuar.
No Paquistão, o agravamento mais que temido e, geralmente, previsível da situação.
No Iraque, o mesmo caos lançado pelo xerife do mundo e seus cabos de guerra.
Em Timor, a mesma complacente atitude com um louco aventureiro que ia custando a decapitação do estado.
No Kosovo, talvez a sobreposição de interesses individuais aos colectivos, ainda que com promessas e juras do contrário, por parte dos responsáveis, como tão repetidamente acontece.
“Cá por casa”, enquanto o “nosso primeiro” está convicto – perdão: está seguro – de que as coisas até vão bastante bem, a Sedes - uma tertúlia de jovens (e menos jovens) representando vários quadrantes políticos (o que não traduz, necessariamente, qualquer espírito de democraticidade - coisa a que, aliás, não têm grande apego, nem lhes desperta grande entusiasmo), mas que estão empenhados nas mesmas soluções neoliberais (ou quejandas) para os nossos graves problemas socioeconómicos, na sua espantosa perspicácia descobriram, não se percebe bem como, que se sente “hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso”.
Afinal, nada de grave: apenas assim a modos que uma ligeira neblina... Sei lá: uma impressão muito vaga. Longe de qualquer preocupante realidade.
28FEV08

2. Entretanto, e passados esses poucos dias, continuei em menos boa forma durante mais umas semanas. E ia-me dando conta de que o mundo continuava nos seus eternos movimentos, no seu habitual e efervescente ritmo, cavando, cada vez mais fundo, a diferença entre os bem instalados e os mais, sem que eu ainda acompanhasse os acontecimentos com a atenção do costume.

3. Uma das mais badaladas e recentes novas foi a de o lideróide do PSD, partindo do pressuposto de uma inalterável alternância do poder político, constatar, recentemente, que o país vivia no éter, num estranho vazio: o PS “já não merece ser governo”, e o PSD ainda o não merece, ainda não está preparado para a governação. Menezes classifica a sua atitude de humildade. Mas há quem a considere uma inabilidade, e quem a defina com mais realistas e pesados atributos.


foto LR Luís Ramos - PúblicoLFM Cortese
Claro que não se trata, directamente, de uma grave questão para o país. Mas, apenas, de um daqueles problemas que enfrentam os que se debatem ansiosamente pelo poder. Por pequeno ou diminuto que ele seja. E quanto maior a sua incompetência, a sua falta de credibilidade, a sua falta de estatura política, maior aquela ânsia.
É, ao fim e ao cabo, uma guerra dentro do aparelho.
Tal como Napoleão, também Menezes nos quererá convencer de que soldados tem ele, faltando-lhe é generais. Convencimento, claro, porque o mal não está nas “tropas”.
A verdade (não se trata de humildade) é bem outra: o que “Cortese” confessou foi não ser capaz de gerir o caos em que navega o seu partido.
 

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