sexta-feira, 14 de março de 2008

AO CABO E AO RESTO... TUDO NA MESMA

É passado cerca de um mês depois do meu último post.
Houve um pequeno número de pessoas que se interrogou: que se passa? Férias?
Antes fora. Mas também não aconteceu nenhuma desgraça.
Uma pequena adversidade, um ligeiro problema que desencadeou outros obrigou-me a uma pausa forçada.
A situação serviu, até, para eu confirmar que, na verdade, tenho amigos.
Até houve – imagine-se! – quem desse pela minha falta neste recanto do planeta e da blogosfera.
Isso não me arrebata: sei que não passa dos bons olhos e da boa vontade dos amigos. Só.


1. Primeiro estive isolado do mundo durante uns 5 ou 6 dias.
Passado este (eterno) lapso de tempo, “quid novi”?
Ao longo dos meridianos e dos paralelos... tudo na mesma.
O planeta continuava sob a batuta dos “feios, porcos e maus”: nada de novo na frente ocidental, para além de uma obama (talvez fictícia e precária) perspectiva de mudança.
No Sudão, a tão apetecida falência do Estado que os empreendedores de “state and/or nation building”, quais abutres, como outros necrófagos, tanto anseiam, não tardará... Oferecida pelos prepotentes e selváticos chefes aborígenes. Filada a vítima, os “salvadores” têm toda a paciência do mundo


imagem de Kevin Carter, fotógrafo sudanês, 1994
para aguardar o momento de actuar.
No Paquistão, o agravamento mais que temido e, geralmente, previsível da situação.
No Iraque, o mesmo caos lançado pelo xerife do mundo e seus cabos de guerra.
Em Timor, a mesma complacente atitude com um louco aventureiro que ia custando a decapitação do estado.
No Kosovo, talvez a sobreposição de interesses individuais aos colectivos, ainda que com promessas e juras do contrário, por parte dos responsáveis, como tão repetidamente acontece.
“Cá por casa”, enquanto o “nosso primeiro” está convicto – perdão: está seguro – de que as coisas até vão bastante bem, a Sedes - uma tertúlia de jovens (e menos jovens) representando vários quadrantes políticos (o que não traduz, necessariamente, qualquer espírito de democraticidade - coisa a que, aliás, não têm grande apego, nem lhes desperta grande entusiasmo), mas que estão empenhados nas mesmas soluções neoliberais (ou quejandas) para os nossos graves problemas socioeconómicos, na sua espantosa perspicácia descobriram, não se percebe bem como, que se sente “hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso”.
Afinal, nada de grave: apenas assim a modos que uma ligeira neblina... Sei lá: uma impressão muito vaga. Longe de qualquer preocupante realidade.
28FEV08

2. Entretanto, e passados esses poucos dias, continuei em menos boa forma durante mais umas semanas. E ia-me dando conta de que o mundo continuava nos seus eternos movimentos, no seu habitual e efervescente ritmo, cavando, cada vez mais fundo, a diferença entre os bem instalados e os mais, sem que eu ainda acompanhasse os acontecimentos com a atenção do costume.

3. Uma das mais badaladas e recentes novas foi a de o lideróide do PSD, partindo do pressuposto de uma inalterável alternância do poder político, constatar, recentemente, que o país vivia no éter, num estranho vazio: o PS “já não merece ser governo”, e o PSD ainda o não merece, ainda não está preparado para a governação. Menezes classifica a sua atitude de humildade. Mas há quem a considere uma inabilidade, e quem a defina com mais realistas e pesados atributos.


foto LR Luís Ramos - PúblicoLFM Cortese
Claro que não se trata, directamente, de uma grave questão para o país. Mas, apenas, de um daqueles problemas que enfrentam os que se debatem ansiosamente pelo poder. Por pequeno ou diminuto que ele seja. E quanto maior a sua incompetência, a sua falta de credibilidade, a sua falta de estatura política, maior aquela ânsia.
É, ao fim e ao cabo, uma guerra dentro do aparelho.
Tal como Napoleão, também Menezes nos quererá convencer de que soldados tem ele, faltando-lhe é generais. Convencimento, claro, porque o mal não está nas “tropas”.
A verdade (não se trata de humildade) é bem outra: o que “Cortese” confessou foi não ser capaz de gerir o caos em que navega o seu partido.

7 comentários:

José Ricardo disse...

Saúdo, então, o sebastiânico regresso e desejos de bons posts.

Habemus Ferreiram

JR

aminhapele disse...

Salvé!
Eu sempre disse que ainda não tínhamos "técnicos" devidamente habilitados para tratarem das nossas "avarias técnicas".
Mas com "circuitos novos" isso resolve-se,atendendo à resistência dos cabos.
E que a máquina está a funcionar em ritmo clássico,está visto.
É uma máquina fiável.
Vamos lá continuar a nossa BD!!!
Um abraço.

ovoodacoruja disse...

Aqui vai o grande abraço e a amizade certa!
Quanto ao país...é o costume, uns bem (cada vez melhor!), outros mal (cada vez pior!). E como dizia o meu vizinho ti Anacleto lá na minha aldeia...se assim é !alguém há-de andar errado"...
Bom regresso, boa saúde!

bettips disse...

Tomáramos nos que na nossa vida, só houvesse um mal estar...difuso ou confuso que não há nada que um forte prozaquiano não cure. Infelizmente, temos males confusos que vêm de trás. O que não se apaga em algumas décadas, ainda para mais com os nóveis liberalismos.
Para ti, Caríssimo, o meu grande abraço de amizade "difusa pela blogosfera" mas certa no que sabe e pode. Que te ponhas em forma!

Jorge Carreira Maia disse...

Até que enfim. Já tinha dado pela volta no meu blog, mas vim aqui confirmar e deixar um abraço.

Jorge C. Maia

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e

 

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