sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A PALAVRA A…



Eça de Queirós, de novo.
Nascido em 1845, em 1866 Eça forma-se em Direito, em Coimbra, mudando-se, então para Lisboa onde passa a cumular o exercício da actividade de advogado com a de jornalista. É nesta condição que, em 1867, assume a direcção do periódico "O Distrito de Évora". Temos, pois, então o jovem Eça, com 22 anos (!) a assinar este breve mas denso artigo. E que maturidade que ele revela!

Mas, lendo nós nos livros que a segunda metade do séc. XIX foi uma época de ouro em matéria de paz e de progresso (bastando referir esse nome grande do desenvolvimento do país que se chamou Fontes Pereira de Melo), não só vejo aqui um Eça bem exigente relativamente a um país real, profundo, pelos vistos bem diferente do de certas crónicas, como sobretudo vejo nele um espírito premonitório, intemporal, que quadra às maravilhas nos dias e na realidade política que hoje vivemos.
Ouçamo-lo:

«Política de acaso, política de compadrio, política de expediente

Ordinariamente todos os políticos são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?» Em "O Distrito de Évora", em 1867



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

QUEM FOI QUE DISSE QUE A HISTÓRIA NÃO SE REPETE?

"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"



A frase e a imagem podiam bem ter sido proferidas pelo Dr Medina Carreira, recentemente, numa das suas intervenções na TV...


Mas não: foi escrita pelo Eça, em 1872, há 139 anos, nas Farpas...


Será uma incontornável fatalidade?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COMO DISPERSAR MANIFESTAÇÕES CONTRA A CRISE?





Segundo o Almanaque Bertrand de 1908:


É a tal conclusão: ontem, como hoje, como sempre…
“Pobretes”, mas “alegretes” e “imaginetes”…






Colaboração de Carlos P




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

REGRESSÃO OU RETOMA?



Recebi por mail


Frase do século sobre Portugal

'Somos um país essencialmente agrícola: uns já "cavaram", outros vão "cavar" e os que ficam são "nabos"!



Podemos ter uma dívida do tamanho do Mundo, mas teremos sempre uma imaginação maior do que a galáxia!

Não estou certo se se trata de uma regressão civilizacional, se da retoma de uma antiga vocação…
Digo eu…




colaboração de jl






quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DA IDEIA… AO SONHO





Diz-se que mais vale uma imagem que mil palavras.
Certo.

Da ideia do ministro Pinho ao sonho do primeiro-ministro Passos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PORTUGUÊS E POUCO ARISTOCRATICAMENTE FALANDO…



Pois é, pá: somos assim... não nada a fazer, pá!







Dos Aristocratas, com a devida vénia e a suma lata
 

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