terça-feira, 29 de junho de 2010

O FÜHRER E AS VUVUZELAS

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Vídeo soberbo.
Acerca das vuvuzelas, e numa comparação (publicitária) entre o MEO e a ZON, um desempenho extraordinário dum Führer colérico e de cabeça perdida com os seus mais próximos colaboradores aos quais não admite o imprevisível nem o desconhecido, logo a falha desculpável. De tudo são, inapelavelmente, culpados. No fundo um retrato da realidade, nesse aspecto.

De todo o modo, é uma das tais situações em que a publicidade, em lugar de nos incomodar, nos dá gosto ver.


Ora veja
aqui

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

O SR ANÍBAL É QUE DITA O PROCEDIMENTO DO PRESIDENTE

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José Vítor Malheiros (JVM) é um jornalista, como alguns, raros, que tem o condão de nos oferecer uma boa peça, quer seja ela sobre uma matéria de Estado, seja sobre uma questão simples e corriqueira do dia-a-dia. Sobre qualquer assunto, mesmo que seja sobre os medos e os fantasmas de alguns, ou as preocupações e as consumições de outros.
A matéria-prima da sua obra é qualquer, porque de todas a sua pena consegue oferecer-nos um trabalho meritório e muito bem conseguido.

O artigo de JVM que trago hoje à vossa memória ou ao vosso conhecimento é, exactamente, sobre os fantasmas que enxameiam a cabeça de Sua Excelência, o nosso PR, e que, lamentavelmente, conquanto se tratasse de uma questão de Estado, não conseguiu vencer o provincianismo e a mesquinhez do preconceito. Coisa que não pode compreender-se, quanto mais aceitar-se, do mais alto representante da Nação. Mesmo que nascido em Boliqueime.

Ou seja, parece que atinar com o ponderado censo do Presidente de todos os portugueses é obra, pois o que o Sr Aníbal lhe segreda é que vale, de nada servindo, mesmo, o previsivelmente mais evoluído Dr Cavaco Silva. Infelizmente.

JVM escreveu, pois, na QA 23 deste mês, sob um registo ligeiro, leve, quase compaginável com o anedótico, outra virtude do mesmo jornalista, em reforço da seguinte percepção: acerca de certas mentalidades, mais vale expo-las ao ridículo do que insistir numa paciente, mas desgastante e infrutífera, tentativa de lhes abrir as mentes impenetráveis.

É um texto a merecer ser adoptado na minha antologia.

Veja, então, no APOSTILA: JUSTIFICAÇÕES PARA A AUSÊNCIA DE CAVACO SILVA


PS: Talvez porque em muitos aspectos as personalidades de Jaime Gama e Cavaco Silva não sejam passíveis de grandes confusões, como creio que toda a gente compreende, por isso mesmo a atitude do Presidente da AR parece carecer de maior compreensão para a falta grosseira que assumiu do que o Presidente da República.
Para além do académico, o cidadão Jaime Gama é, por certo, uma personalidade com uma bagagem cultural e uma visão desse mundo mais avançadas e sem ter sido adquirida em “pastilhas” ocasionais.

No fundo, uma circunstância impediu que fosse tão criticada a atitude de Jaime Gama: tratar-se, não da primeira figura da hierarquia do Estado, mas da segunda, e ainda por cima apagada.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA…

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a festa dos golos


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Os adeptos do futebol insistiam que Carlos Queiroz era demasiado “sereno”, que lhe faltava adrenalina. E todos diziam, antes desta exibição de hoje, que este jogo era do “tudo ou nada”. Ora com um Queiroz visivelmente mais adrenalinado, e os jogadores bem mentalizados, para o tudo nem era preciso cilindrar de tal jeito a pobre da Coreia, humilhá-la de tal forma.

De facto – embora eu pouco entenda da coisa – quando uma equipa joga num claro 8-1-1 não há dúvida que a mínima brecha que se consiga fazer nesse “muro” que protege a baliza pode levar ao seu desabamento.

Jogador lusitano que estivesse de posse da bola, tinha um séquito de 10 coreanos a tentar desarmá-lo e a impedir a sua progressão… Mas os portugueses estavam imparáveis e endiabrados… E o resultado foi o que se viu.

Não sei se alguma vez aconteceu um 7-0 num Mundial, mas mesmo que sim deve ser uma coisa rara.

Mas atenção, este resultado pode ter o seu quê de perigoso psicologicamente. Daí que me atreva a aconselhar a nossa selecção a pensar, por ora, mais na vitória do que no volume da cabazada!

Parabéns a toda a equipa.

Que em algo sejamos bons. Sem que nos deixemos dominar e adormecer com o futebol.
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

ADEUS, JOSÉ SARAMAGO

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Adeus, claro, ao homem; ao escritor, até sempre.

Segundo Saramago, a diferença entre a vida e a morte nem será, sequer, aquela que existe entre o ser e o não ser. É antes entre o estar e o deixar de estar (questão muito debatida no programa da RTP deste serão in memoriam do Nobel). Eu atrever-me-ia a acreditar que para Saramago (mas o que sou eu para estes atrevimentos) a diferença constaria antes numa consciência entre, em dois momentos que se seguem, num estar, porque está consciente de estar, enquanto que o momento seguinte é o do vazio, porque, estando, não tem consciência disso.

Isto, porém, acontece com a criatura, com o Homem, porque com o escritor, com o criador e a sua obra, esses perdurarão.

Sou, na verdade, um admirador do escritor e, (esquecendo um seu momento infeliz, em recuados idos), do homem, mesmo.

Haverá alguém para quem a Jangada de Pedra, A História do Cerco da Cidade de Lisboa, O Ano da Morte de Ricardo Reis, o Ensaio sobre a Cegueira, entre outros mais igualmente celebrados por outros leitores, e igualmente por mim, (como o Memorial do Convento, ou O Evangelho Segundo Jesus Cristo, além de alguns mais) não sejam monumentos da nossa Literatura?

Que conhecimentos e que criatividade neles se encontram!

Sim, que não é a questão da pontuação que alteram aquela essência. Na verdade, adaptei-me bem à nova escrita (“à nova gramática” de que falava Lídia Jorge naquela pequena homenagem deste serão). A verdade é que encontro um ritmo, na sua obra, a partir de certa altura, que me faz não dar por tais diferenças.

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Adeus, amigo. Até sempre.


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(imagens do Público.pt, hoje)
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sábado, 12 de junho de 2010

OS PORTUGUESES QUE SE AMANHEM

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Um dia destes, num frente-a-frente entre Medeiros Ferreira e Capucho, na SIC Notícias, o ex-ministro dos Estrangeiros e representante de um PS de que me sinto próximo, depois de ter confessado não ser fã de Sócrates nem da versão do partido que ele lidera, perante uma certa estranheza pela afirmação por parte quer do seu interlocutor quer do moderador do debate, confessou reconhecer, contudo, no actual chefe do executivo uma qualidade: não vira a cara à luta, vai antes a ela com denodo e frontal coragem.
Não me cabe ajuizar das intenções de Medeiros Ferreira, mas posso calcular que ele, como tantos opositores ao actual líder do partido, não tivesse querido deitar mais achas numa fogueira que, a atear-se, se pode transformar num enorme incêndio, difícil de controlar.
Na verdade, muitos dos opositores ao actual líder do partido e à sua deplorável actuação de uma comprovada e repetidamente confirmada baixa política (falta de verdade e constantes contradições) acreditam, sim, que a criatura está é firmemente agarrada ao poder, numa ambição doentia e num autismo preocupante.
Esta, provavelmente, a verdadeira caracterização que, com expressões soft, os opositores internos se pretendem exprimir.
Na verdade, este PS não passa de um “neuro-liberal”, na expressão, conquanto humorística, feliz, de alguém. Partido de clientela exigente e de difícil contentamento, sem com esta expressão aceitar a sua existência se fosse de fácil contentamento.
O cuidado extremo e o receio (imagina-se pelo que se conhece e se tem assistido) com que penaliza os gordérrimos rendimentos com uns ridículos 5 %, nas anunciadas medidas de austeridade, revela que interesses põe, efectivamente, à frente de quaisquer outros.
Claro que a parceria com o PSD é bem reveladora da máxima: noblesse (classe de clientes especiais) oblige.

E hoje, na sua coluna no Público, e envolvendo além do primeiro-ministro o Presidente Cavaco, o, acerca deste último, insuspeito Vasco Pulido Valente/VPV, concluía: “no fundo, ele (Sócrates) e o dr Cavaco continuam a sua velha «cooperação estratégica»: cada um trata de si e os portugueses que se arranjem.”

Por vezes VPV tem razão na sua rabugice.

Triste sinal dos tempos a exigir rápida (para que atempada) alteração de análises e de decisões.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

ORA... NEM MAIS!

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O velho barman, cidadão experiente e avisado, não falha: nem mais! Tal e qual!
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(Público, hoje/Opinião/Bartoon/Luís Afonso)
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