sábado, 30 de junho de 2007

ESTE PS


É com muito pesar que tenho de concordar com VPV que, na sua coluna de hoje, no Público, conclui:

«O PS, que os portugueses se habituaram a ver como o defensor da liberdade e da democracia, não passa hoje de um partido intolerante e persecutório, que age por denúncia (aqui [Centro de Saúde de Vieira do Minho] como na DREN) e tem uma rede potencial de esbirros, pronta a punir e a liquidar qualquer português por puro delito de opinião.»



Ou seja, este PS, de hoje, não tem nada a ver com o PS que os portugueses se habituaram a ver como um defensor da liberdade e da democracia, como o Ps de um Salgado Zenha, de um Jorge Sampaio ou de um Manuel Alegre...




“Lá vamos cantando e rindo...” (Ou nem por isso!)




Que seria de um criativo, nosso, que “sonhasse” (apenas) criar um “Lil Sócrates”?
Ou que aconteceria a um canal aberto que existisse com a finalidade com que existe o MSCBS, para que hoje nos remetia o mesmo Público, mas o online, e sobre que escreveu ontem o DD?
A notícia que ambos os media divulgavam era a seguinte: “Mika Brzezinski - Pivô rasga notícia sobre Paris Hilton”.


Ora veja.


E leia.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

PARA OS CRIATIVOS... O HORIZONTE É O INFINITO!




ESPEC...... TA....... CU........LAR!


(Obrigado, Carlos Pinho, pela estupenda sugestão)


ESPEC... TA.... CU.....LAAAR!!!!......


BRAVO!


BRAVÍSSIMOOOOOO!.....



Veja e oiça String Fever (Bolero)



Que maravilha!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

VOTAR... ÀS CEGAS?





Numa situação destas, por exemplo, da Câmara de Lisboa, agora...

A personalidade e a competência (que começa pelo domínio da matéria) dos candidatos... Baaaaahhhhhhh!!!! Isso interessa lá!? Isso são minudências...


Interessa é O PARTIDO.


Nesse é que é de apostar.


A prova provadérrima, está aí...


Senão... Vejamos...


Quem é que domina os dossiers, quem é?

Ora, qual a dúvida: esse mesmo.




Eu... se me contassem...
Apesar de tudo, talvez não acreditasse!
Mas assim...
...
Valha-nos Deus!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

VÊVA, JOE!








Será que o episódio Joe/Mega/Joe trará, para alguns, os necessários esclarecimentos?
Pode ser que ainda não...
A mim, no entanto, confirmou-me o que me segredou, lá de longe, aquela voz, através do éter...



Festa é festa.
Claro que espectáculo é espectáculo.
Aparato é aparato.
Show é show. E show é com muitas bandeiras.
Bandeiras são um elemento essencial para qualquer joe!



Mega não deu aquela amigável palmada... (Hei, big Joe!)
Pois se nem às bandeiras joeanas ligou...
Admite-se lá!...

Proscriro, pois então!



Alguém, lá de longe, lembrou: “... Gulbenkian doou...”
E alguém, daqui: “Pois... Mas Joe não perdoou...!
E depois?”



Não tem qualquer relação. Mas lembrou-me o A. Lobo Antunes que uma vez contou: o meu avô andava sempre de chapéu na cabeça. E a cavalo...
Até na cozinha entrava de cavalo. E de chapéu. Para que se não esquecesse quem mandava ali...

Isto não se passou na êlha do sr Rodrigues B. Passou-se, aqui, em Benfica, nos arrabaldes de Lisboa. Noutro tempo, claro.

terça-feira, 26 de junho de 2007

AINDA A "VEXATA QUOESTIO"





«É evidente que, se Sócrates pretendia pôr fim ao ruído mediático do "caso da licenciatura", se comportou da forma mais incompetente que é possível imaginar. Mas, comprovando que se pode sempre ir mais longe, Sócrates decidiu processar Caldeira [animador do blogue “doportugalprofundo”], para alimentar um caso que parecia esmorecer. Terá sido sugestão de Marques Mendes? De Paulo Portas? Parece» - PÚBLICO / OPINIÃO / “O POLÍTICO E O CIDADÃO” / hoje





Boa, José Vítor Malheiros!

Mas com uma ressalva: ser pequeno não é sinónimo de ser garoto. Daí que a minha aposta difira – não tão ligeiramente como isso – da sua: “terá sido garotice? Sugestão de Santana Lopes? De Paulo Portas? Parece.”

PINGUE-PONGUE NO POLIDESPORTIVO DO “PÚBLICO”


Ontem, no PINGUE-PONGUE do Público, Helena Matos, muito viva, mas menos bem preparada que o seu opositor e, sobretudo, muito azarenta, tentou deixar uma casca de banana ao jovem Rui Tavares.

Mas o rapaz, embora não ande de olhos no chão, topou a armadilha e resolveu a situação.

Não foi ainda desta que RT nos descorçoou. Menos, ainda, nos desapontou.

Hoje, em O PONTO CEGO, depois de expor que «nunca, em nenhuma introdução à política de um lugar, é indiferente saber qual é o sentido de voto da maioria da população [,] menos ainda se esse sentido de voto é constante há décadas», como acontece em relação ao Partido Nacionalista Vasco, no País Basco, numa imagem de RT se pode resumir a coluna provocatória de ontem da jovem jornalista: «Há, como é evidente, uma boa razão para Helena Matos não ver este elefante na sala de jantar. A explicação é que ele se encontra tapado por outro elefante, o terrorismo da ETA, sem o qual também não se pode falar de política no País Basco».

Só não entende quem não é capaz de entendimento.

O resto?... Só lendo...

O historiador ganha novo jogo em potente remate, de belo efeito, a rasar a rede e a mesa, que a jornalista não consegue deter.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O MUNDO: UM CALDO DE CULTURAS

16-05-2007 - 09:25
Olhar de xamã
Jeaneth Chimbo, xamã do Equador, é uma das participantes do encontro de xamãs que está a decorrer [na referida data] na Isla Raton, estado venezuelano do Amazonas. Xamãs do Equador, Bolívia, Colômbia e Venezuela encontram-se esta semana para trocar experiências e conhecimentos durante o segundo encontro cultural de tribos do Amazonas, organizado pelo governo venezuelano. Foto: Jorge Silva/Reuters
(Público, id data)




Ao que julgo, creio tratar-se de culturas africanas e ameríndias, com raízes na Ásia central e setentrional...

A palavra xamã, pelo menos, tem origem na Sibéria.

O xamanismo é um sistema religioso e de magia de certos povos e tribos baseado na crença nos espíritos, no culto da natureza e em práticas terapêuticas ou de adivinhação, no transe, no êxtase, nas benzeduras, superstições, chás, poções, banhos e defumações, e ainda e em suma, na prática de esconjuros e exorcismos.

Mais modernamente, e nos dias de hoje, o xamanismo ainda é definido como “a magia natural”, e afirma-se como “busca tradicional do poder pessoal e do auto-conhecimento”.





As minorias existem, mesmo. Seculares, muitas delas. Milenares, mesmo, algumas, estou em crer.
Não são invenção.
Merecem, pelo menos, respeito.

domingo, 24 de junho de 2007

"OPA SOBRE O PAÍS"

Serenamente. Utilizando os temperos e mantendo o equilíbrio com que só alguns conseguem moldar uma prosa a um saber experiente, António Barreto, no seu Retrato da Semana, deste Domingo, fala-nos do que poderá ser entendido como uma OPA SOBRE O PAÍS.

A expectativa, a que se seguiu o murmúrio e que evoluiu para a inacreditável constatação... Fez-nos imergir numa séria reflexão.

O país, perplexo, assiste a um descaminho que a anunciada ideologia não compreende. Não aceita. Não tolera!

E com a ponderação que lhe é reconhecida, A Barreto desfia o rosário de feitos. E efeitos.

Todos estamos vivos: vemos, ouvimos e sabemos. E falamos, ainda, um pouco.

Mas Barreto traz a palavra que fica. Que descreve uma época. Uma experiência nada inovadora. Uma personalidade talvez bem pouco imaginária.

Veja, no Apostila, OPA SOBRE O PAÍS.

HEI, JOE!

cartoon Luís Afonso/Público – DM 24JUN07"Colecção Berardo
O ANJINHO"
(apud Opinião/Preto, branco... e também cinzento)




Reexplorador de minas de ouro já esgotadas. É o começo de um futuro que se vislumbra promissor.


E joga.
E vai subindo a parada.





cartoon Vasco/Público – DM 24JUN07


E arrisca.
E vai aumentando o pecúlio.


E emerge. Apostando, agora, no aparato.
E todos os media se rendem.


Mas... E os pés de barro?




Não esqueço que, pelo éter, me chegou, sonoro, o aviso...
Coisas do género “oportunista”, “gangster”, sei lá que mais...
Deve ser do meu pára-raios...
Pode lá ser?! Um escuteiro somando já tantas “ba’s”!...

sábado, 23 de junho de 2007

JOSHUA BELL TOCOU, INCÓGNITO, NUMA ESTAÇÃO DE METRO

Numa experiência inédita, Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do Mundo, tocou incógnito durante 45 minutos, numa estação de metro de Washington, de manhã, na hora de ponta, despertando pouca ou nenhuma atenção. A iniciativa foi do jornal "Washington Post", com a ideia de lançar um debate sobre arte, beleza e contextos.



Joshua Bell



Ninguém reparou também que o violinista tocava com um Stradivarius de 1713 – que vale 3,5 milhões de dólares. Três dias antes, Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100 dólares.

Ali na estação de metro foi ostensivamente ignorado pela maioria, à exceção das crianças, que, inevitavelmente, paravam para escutar Bell... Segundo o jornal, isto é um sinal de que todos nascemos com poesia e esta é depois, lentamente, sufocada dentro de todos nós.

"Foi estranho ser ignorado" disse Bell, que é uma espécie de 'sex symbol' da música clássica. Vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol, interpretou "Chaconne", de Bach, que é, na sua opinião, "uma das maiores peças musicais de sempre, mas também um dos grandes sucessos da história".

Executou ainda "Ave Maria", de Schubert, e "Estrellita", de Manuel Ponce - mas a indiferença foi quase total.

Esse facto, aparentemente, não impressionou os utentes do metro. "Foi uma sensação muito estranha ver que as pessoas me ignoravam", disse Bell, habituado ao aplauso. "Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um telemóvel toca. Mas no metro as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecido pelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar", acrescentou.

Diretor da National Gallery, não se surpreende: "A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo: "Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante, ninguém a notará".

Aqui fica o registo do Youtube.

E aqui o link original do Washington Post.





Obrigado, C. Pinho, pelo teu mail e pela tua colaboração.
O Flash e os seus (raros) leitores agradecem-te.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

OS MENINOS, FRENÉTICA MAS INCAUTAMENTE, SATISFEITÍSSIMOS

imagem UOL.COM.BR/23ª BIENAL DE S. PAULO





A raiva estampada na escrita sem termos de ver o grito de Munch... (Também esse).


Primeiro pensei que não havia uma “harmoniosa” ligação entre o PS (convirá explicitar: post scriptum) e o corpo do texto.

“Engano teu, aposto. Ora vê lá bem... O JR não se enganava, não!” – disse de mim para comigo.


Claro que é evidente a ponte. O palco, sempre presente, que é a história, com a sua permanente sequência e mutação de cenas, cenários, encenadores e actores, não perdoa distracções aos espectadores.

Ao menino do Norte, finalmente, e desde há muito, satisfeitinho, tem sido mostrado que será conveniente ir pensando nos meninos do Sul, sob pena de estes, desconhecendo os preceitos, lhe transformarem o seu rico mundo num terrível inferno...

O JR tem razão.


Só não entendi duas coisas (mas a minha limitação é coisa bem banal neste mundo do Sul): 1) porquê essa recorrente referência ao despotismo iluminado... se isso é coisa do passado? (Puro veneno!)
2) acho demasiado vaga a alusão ao menino “satisfeitíssimo”, “rico, bonito, ainda mimado (...) pela evolução da medicina dentária (...) e que se vê a si mesmo como eterno adolescente, [e que] despreza a História”... Diria ser uma demasiado baixa e corrosiva insinuação de que não descortino um exemplo. (Perversa maldade!)



Mas não vão por mim. Leiam a coluna de hoje do José Ricardo Costa, no JT, “O arquitecto satisfeito”.



(Recordo que a partir do próximo dia 29, inclusive, o referido artigo passa a ter o seguinte endereço)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

CASA PIA; APITO DOURADO


Fumo sem fogo?

Parece que se confirma: o povo nem sempre tem razão.

É verdade!

Afinal, sempre há fumo sem haver fogo. É, pelo menos, o que alguém nos quer fazer crer.

É para onde apontam os processos (já duradouro, um; para durar, os dois) da Casa Pia e do Apito Dourado.

Devo realçar que não me atenho, apenas, a uma (à mais fácil, à mais demagógica e à mais popular) das perspectivas do problema.

Pode parecer que aponto, mais, para uma insinuação, do que para uma singela afirmação.

Parece.

De modo nenhum.

Sinceramente: se se levanta fumo sem sombra de fogo... Libertem-se, de vez, e indemnizem-se as pessoas. Nesse caso, vítimas.

Mas de contrário...

Bom: pedófilos sabemos que os há, mais do que alguma vez supúnhamos. Corrupção no mundo confuso e complicado do futebol... Nem os anjos acreditam que não haja.

Mas creio que todos convergimos num ponto. Que desconhecemos, no entanto.

Não serão estes... Talvez sejam outros... Não serão só estes... Talvez mais outros. Ou uns e outros. Ou outros e uns. Mais uns que outros? Mais outros que uns? Ou só uns? Ou apenas outros?

Estes? Mas quais deles?

Outros? Mas que outros?

Sejam eles quem forem. Doa a quem tiver de doer.

Porém...

Cuidado, que nem tudo serve de carne para canhão, entendido? (Dizem “os senhores”...)

E quando “eles” dizem...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

A REALIDADE QUE DÓI

Tudo se conjuga.

O estado da saúde em Portugal... A Profª Manuela Estanqueiro...

Os jogos de vultosos e inconfessáveis interesses à volta da construção de um aeroporto desde há quatro décadas...

As miríades de “assessorias” (Bet, desta vez esclareci melhor: não disse assessorias) e outros nepóticos, volumosos e dirigistas prémios à custa do público erário...

O destaque de hoje, do Público, acerca da eutanásia...

A recente discussão sobre a IVG...

Por fim – que não por último – aquela (para mim, para tantos) visão apocalíptica e terrivelmente confrangedora da moça humanóide, naquela cadeira de rodas, esta manhã, em Santa Maria, gesticulando (cabeça e mãos) descoordenadamente – sempre gesticulando; “uivando” ruidosamente – sempre uivando... (e a permanente ternura da mãe: “meu amor...”, “meu anjo...”)...


(A revolta surda – dificilmente contida – que nos provoca a sensação de impotência...)


É que por último – agora, sim, por último, já “desembaraçado” daquele medonho cenário – assaltou-me à mente:


“...E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança”

segunda-feira, 18 de junho de 2007

ASSESSORES? ÀS MIRÍADES? ORA PORQUE NÃO?



Eu posso lá entrar nesses jogos do diz-que-diz?!
Posso lá acreditar nessa cambada de invejosos que vegetam por aí?!


Quer dizer: um indivíduo despede-se da sua rica vida privada... Entrega-se de alma e coração, devotada, desinteressada e ultra-apaixonadamente à causa pública, ao bem da comunidade e... Zás: a comunidade, movida pelos boatos lançados pelos reles jornalistas de sarjeta, desata a inventar cobras e não sei quantos lagartos acerca de impolutas figuras públicas, de mais que reconhecido mérito...

Não pode ser.

Assim não vamos a lado nenhum.

Temos de acreditar em quem nos governa, em quem vela pelo nosso progresso e bem estar... Eles que de tudo se privam!

Não digo acreditar cegamente, qu’as nossas 37 diopterias sempre dão para descortinar um bocadinho...



Todo este chinfrim, porquê?

Qu’a autarquia lisboeta dava emprego a mais de duas centenas de assessores. Entre eles a 63 desses especialíssimos, empenhadíssimos, competentíssimos e indispensáveis conselheiros só à conta do presidente.


Hoje ouvi, na rádio, que afinal... (Bahhhhhhh!!!!!) não eram 63 mas sim 49 os assessores imprescindível e inadiavelmente contratados por Carmona.


Gente mais mesquinha!
Que tristeza de mundo este em que mal nos podemos mover...
(Cambada de piolhosos!) [Que Deus me perdoe]


63 eram muitos? Serão 49, porventura, demais?


É preciso estar muito longe da realidade para não entender o que entra pelos olhos dentro de qualquer pessoa bem intencionada e minimamente sensata...

Os mais de duas centenas de assessores são de indiscutível interesse e necessidade para a res publica!

Os milhares e milhares de euros que eles arrecadam (a competência, a permanente disponibilidade – 24 sobre 24 h -, a dedicação, o empenho, o precioso Know how, acaso têm preço?), além de serem uma gota no oceano dos encargos da administração municipal, trazem à comunidade enormes e inenarráveis dividendos...

Mas... E mesmo que não foram uma gota! Mesmo que representasse grande soma! Desperdício é que não. Nunca. Eles sabem bem que é o nosso dinheiro que está a ser usado. E escrupulosos como são só o podem gastar se preciso for para bem de todo nós...

É preciso ter muita má vontade para não enxergar isto!

Só um exemplo. Um basta.
O sr ex-presidente da autarquia é um conhecido motard. Com óbvias responsabilidades nesse mundo...

Atão ele tem lá sobra de tempo que possa dispensar aos assuntos da sua mota?

Não será legítimo, diria mesmo que imprescindível à comunidade, que alguém olhe pela manutenção, pelo escape, pelo carburador, pela performance da sua mota?

E, se calhar, há algum ingénuo que cuide que um assessor, para tão magno assunto, chega!

Não me conformo com a mesquinhez dos (ora uns ora outros) fomentadores de calúnias e maledicências.

E, como se não bastasse, vem ainda o supremo magistrado da pátria incutir-nos, perorar indignação!

Como se ele não tivesse sido um outro exemplo de vítima na matéria... De contidos gastos!


Mas, na última das instâncias, vamos lá supor que há uns gastozitos para além do que é exigível... E depois? Será alguma coisa demais?

Mas atão, e os amigos? Não é nas ocasiões que se conhecem e avaliam? E os filhos deles, duns e doutros? E até os enteados, que os há às carradas? E os primos? E os afilhados? E os compadres? E os amigos de todos eles? E os favores que se devem? E os favores que se pretende garantir?

Valha-nos Deus!
É de uma revoltante falta de consideração.


Assim, não! Com gente tão mesquinha que tudo critica, sem o mínimo de fundamento e muito menos de razão... É difícil!


Mas pronto: vamos lá à última concessão: estão-se a aproveitar um bocadito... É capaz de haver um ou outro exagerozito...


Mas e então? E os outros?
Ou não poderá chegar a vez deles?

Não é verdade que estamos numa democracia?
Homessa!

Pronto, lá vem a ladainha do costume. A do mexilhão e por aí fora.
Que somos nós é que pagamos tudo... E mais não sei quantos...


Pelas alminhas! Atão quem havia de ser?


Quando aprenderemos a ser resignados?
E, acima de tudo, AGRADECIDOS?!

Puxa!!!...





Assessor (política): “espécie que germina, vegeta e se multiplica, sobretudo em épocas de crise, de vaga e difusa competência, de rogeiro e quase tão enciclopédico conhecimento, mas de garantidamente nula eficácia no aconselhamento de toda e qualquer matéria; contudo, de lauta remuneração”
anónimo – pregoeiro do Borda dÁgua

domingo, 17 de junho de 2007

O MOÇO QUE, DE REPENTE, MOSTROU OS DENTES

Vi o rapaz com o seu novo visual... Aquela alva dentadura.


Não sei a que dentífrico faz publicidade...


... Pena que o Dr Miguel S., na sua operação de branqueamento, nos não tenha defendido daquele fétido e horroroso hálito...

sábado, 16 de junho de 2007

INDEMNIZAÇÃO?




Há dias ouvi, não sei em que estação de rádio, uma notícia extravagante. Daquelas que só acontecem aos américas.

Um advogado intentara uma acção judicial contra uma empresa, detentora de uma sala de espectáculos, e contra uma banda rock que aí actuara, por ter nela assistido a um concerto desse grupo e, em consequência, ter ficado parcialmente surdo. Pedia, então, uma exorbitância de indemnização, uma cifra daquelas à americana, com muitos zeros à direita.

Mas o Tribunal declarou a improcedência do pedido. E, com ou sem humor (talvez sem, já que isso não se aprende nas escolas nem na universidade – não vem nas “sebentas”), o juiz (ou talvez o presidente do colectivo) considerou, e bem, a meu ver, que, quem compra ingresso para um espectáculo de rock se candidata também, e com bastas probabilidades de o conseguir, a ficar a sofrer de uma surdez parcial, de grau e gravidade variável.


“Tudo visto e ponderado... Aos costumes” poder-se-ia dizer que o venerando julgador actuou mais como um “bonus pater familiae” (ou, com mais rigor, e no genitivo arcaico, mais ao jeito da conservadora gíria dos juristas: “bonus pater familias”) do que como juiz.



Seria o mesmo que um casal português - ele, leitor d’ “A Bola” e do “24 Horas” (e do Correio da Manhã, ao Domingo), ela da “Gente”, da “Mulher Moderna”, da “Hola!” ou da “Lux”... e ambos consumidores d’ “O PREÇO CERTO” e de novelas várias, desde que a Sport TV lhe (a ele) não oferecesse mais apetecível alternativa -, intentassem uma acção contra o Quim Barreiros, com o pedido de uma gorda, uma choruda indemnização, porque a filha do casal, a Cátia Vanessa, de 11 anos de idade, que um dia levaram ao concerto do rei do disco, ali mesmo ao lado da verbena, começou a ser praticante das brejeiras intenções badaladas pelo popular artista...

Pois, se a pobre da garota assistia ao delírio com que os progenitores, em casa, ouviam o Quim, e outros artistas que tais! E, lá, no arraial, mesmo à beira da verbena, acompanhava os gritos entusiasmados e os gestos do pessoal que se rebolava de gozo com as letras do artista!... Como é que ela não se havia de sentir incentivada a entrar naquela roda e a viver tão saudável e divertida folia?!

Por exemplo (um entre vários)



“Indemnização?” (Interrogava-se o Quim, indicador e polegar erguendo o chapéu, médio e anular da mesma mão coçando a cabeça...)

Ele que apenas cobrava de cachet o valor das deslocações e do salário dos “compères” e das “garinas”, sem um cêntimo mais que fosse pelas gratuitas explicações...

Que topete! – desabafaria o mago. (Qu’eles gostam, às vezes, de falar caro, imitando um ou outro Professor.)

sexta-feira, 15 de junho de 2007

E AGORA?

Escrever em profundidade não me apetece. Além de que não sei.

Um grito pode ser o início de um poema. Ou de uma prosa magoada.


Fico-me pelo grito.


Inaudito?

Talvez esquisito.
Aflito, por certo.


É um esgar, resultado de um espasmo! No éter.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

ÚLTIMAS SOBRE A “MAGNA QUOESTIO”...





Afinal, e ao contrário do que sempre afirmara, o sr dr F. Charrua, não cometeu o seu crime de lesa-primeiro-ministro, no resguardo do gabinete dum “colega e amigo de há muito”, à hora do almoço (fora de serviço, entenda-se), ambos a um canto da sala, cabeças enfiadas no cesto dos papéis, num sussurro que (azar dos azares) um zeloso bufo, todo olhos e ouvidos da “patroa” lá do sítio, do outro lado da parede ouviu e logo delatou (sempre é mais elegante que “bufou”. E menos poluente), pressuroso e indignado. Não. Afinal, vem agora dizer o sr professor que não foi assim. Foi à hora do almoço, sim (isso tinha de ser sempre: fora do horário de trabalho!), mas num restaurante. Por certo, e por descuido, junto do cozinheiro que costuma fazer os pastelinhos para a sra directora, e que logo os terá condimentado a preceito para lhos levar.


Ou seja, o instrumento do crime, não foi qualquer utensílio de trabalho do gabinete (um agrafador, por exemplo), mas sim da ferramenta de restauração: foi um garfo que se espetou nos olhos do nosso primeiro.


Mas o que me tem causado maiores engulhos é a questão da filiação ou simpatia partidária dos envolvidos.
Porque ninguém vai, hoje, acreditar que esteja aí o busílis da questão.


E se bem o pensei, melhor o declarou, hoje, em entrevista a um jornal, dos ditos de referência (realce-se o assinalável denodo de certos media, na informação sobre os grandes temas e nos debates das grandes causas deste país!), a senhora Margarida que, cheia de aDRENalina, asseverou: “eu, Margarida Moreira, ex-dirigente sindical e filiada no PS, recuso a ideia de «perseguição política» a Fernando Charrua, que foi deputado eleito pelo PSD, e juro e afianço que a filiação partidária não é importante para mim” – foram (ou equivalentes) as sua palavras.



Pronto. Podem sossegar todas as boas e sãs consciências.
Que alívio!









O que eu adoro - o que nós adoramos – o diz-que-diz, o faz-que-faz,
as estrangeirinhas urdiadas pelos
moreiras-charruas-bufos-arguidos-queixosos-chupistas-e-outros-merdosos
envolvendo sargentos da armada, professores de matemática, etc., etc., etc....
É um ver se te avias, minha gente!
Temos o défice resolvido.
O futuro garantido.
A Pátria salva.

E os traidores
(por todos, aqui, os ditos sargentos da armada e professores de matemática)
que se cuidem!

MAGIA

o anunciado moribundo: aeroporto da Portela, Lisboa


Um mágico (Costa) tirou da cartola de um outro (Lino) um inadiável adiamento dum concurso por seis meses.
Ora para quê? Para quê tanta espectativa?
Até podia ser por, apenas, mês e meio, dois meses, porque, parafraseando Rui Ramos (ontem), dentro de dias – dois meses, no máximo – já não há eleições em Lisboa.


O segredo (bem lapalissiano) foi recordado, uma vez mais, agora pelo mesmo historiador: «"Obras públicas" quer dizer necessariamente "obras políticas" - e em política, as razões políticas prevalecem naturalmente sobre as outras»


Mas, hoje, acerca da matéria, um outro também Rui, e também historiador, mas, este, Tavares, vem insistir, com certa teimosia, numa questão um bocado incómoda: quem pagou o estudo da CIP?

Cadês, os nomes, dos trinta empresários que financiaram o estudo? E, solenemente, RT afiança debruçar-se sobre esse estudo, sabendo quem o pagou, e promete “não responder que se trata de interesseiros só porque são empresários.”

Ora, com Rui Tavares, o prometido é prometido. E devido.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

LEVANTE-SE O RÉU!


Fernando Charrua, professor do ensino secundário, licenciado por uma universidade não independente, residente na invicta cidade do Porto... Devidamente identificado nos presentes autos.................................................................................................................................

... Aos costumes disse... ser militante (ou simpatizante, a gravação não deixa entender bem) do PSD (ou do PPD, a gravação também deixa dúvidas) o que não obstaria a que .........................................................................................................................................................

E mais alegou em sua defesa, e em sustância, o seguinte:


«A sra. directora regional, dra. Margarida Elisa Moreira, esteve presente no dia 27 de Abril num jantar de homenagem ao Grupo de Ginástica Acrobática na sede do Agrupamento EB, 2,3 do Cerco.
Nesse jantar, onde estiveram presentes alunos do grupo de ginástica, pais e professores, contam-se ainda a própria sra. presidente do conselho executivo, dra. Maria José Tavares, a sra. vice-presidente, a sra. directora da DREN, o eng. Vladimiro Feliz, vereador da Educação da CM do Porto, dra. Manuela Rezende, directora do Departamento de Educação e Juventude da CM do Porto, dois elementos da Associação de Pais e o professor homenageado e responsável pelo grupo de Ginástica Acrobática. Ora, foi justamente no decurso deste jantar que, entre várias graçolas ao senhor primeiro-ministro e ao seu diploma, a dra. Margarida Moreira proferiu mais ou menos o seguinte: "Estão a brincar com o nosso primeiro, mas agora com o Novas Oportunidades ele resolve o assunto, pois fica logo certificado!"
Esta história não teria importância, não fosse o caso de a sra. directora me ter punido, antes de me ouvir, com suspensão preventiva, processo disciplinar, participação ao Ministério Público e fim da requisição na DREN, por ter proferido uma graçola sobre a licenciatura do sr. primeiro-ministro e a forma como foi obtida, tendo o meu comentário sido feito em privado, dentro de quatro paredes de um gabinete a um amigo de longos anos e à hora do almoço.
Bem diferente é o caso da sra. directora, que em público, mesmo que num jantar, gracejou acerca do mesmo assunto. A sra. directora da DREN encontrava-se no jantar, não como Margarida Elisa Moreira, mas como directora regional de Educação do Norte, ou seja, representando a sra. ministra e o Governo de Portugal. (...)
Fernando Charrua
Porto»

(in PÚBLICO/CARTAS AO DIRECTOR, TR 12JUN07)

-------------------------------------------------------------------------------

Assim, analisados os factos (qu’a lei não oferece vesgas leituras), não nos parece que o assunto valha o arrazoado que à sua volta se gerou.

Acaso notáveis, intrépidos, valerosos e estrénuos vigilantes da segurança da Pátria


vg,
o director-geral da PIDE, major Silva Pais,
o inspector Seixas, o chefe de brigada Rosa Casaco, que era
"o Pide, menino bonito de Salazar" (apud Wikipédia)
,
o goês Casimiro Monteiro
(o terrorista cadastrado com mais rica folha de serviços, de entre eles, que matou Delgado, e que,
conquanto não estando habilitado para tanto,
foi promovido a chefe de brigada a pedido de Salazar),
o inspector superior Barbieri Cardoso, o inspector Ernesto Lopes Ramos
ou o
subinspector Agostinho Tienza
e tantos, tantos outros “venerandos, atentos e obrigados”


não terão alguns deles – ou todos, por certo – feito, nunca, qualquer blague acerca do “botas”? Ou acerca duma veneranda, respeitável e, sobretudo, brilhante figura cimeira do Estado como um almirante Américo Tomás?

Impossível! De todo em todo!


E depois?


Não se terá compadecido, sempre, a mais devotada veneração com piadas “pias”?

Valha-nos Deus!

Esqueça-se o que esquecido se deve manter...

--------------------------------------------------------------------------------

Ao que, tudo visto e ponderado, ----------------------------------------------

ACORDAM OS DESTE TRIBUNAL:

Morra, mais uma vez, e solteira, a responsabilidade neste reino.

Releve-se o momentâneo alheamento, e o lapsus linguae, da senhora directora

A BEM DA NAÇÃO

a) (assinatura ilegível)

terça-feira, 12 de junho de 2007

ONDE?

Bem procuro, desesperadamente, alhures, um recanto para os meus netos. Um lugar onde haja rios, e sombras, onde se desconheça a pólvora e o “átomo”, a toleima, a vingança e a força desmedida. E a fisga, até.

Não encontro onde.

Há sempre um vulcão, por perto...




segunda-feira, 11 de junho de 2007

... NOT WAR

foto TONY GENTILE/REUTERS
(apud PÚBLICO, de hoje)


Embora rendidas as devidas homenagens e deixados todos os créditos aos autor e proprietários, há cá uma coisa que me recomenda que descreva a fotografia. (Palpita-me que o longo braço de um BB me virá roubar daqui o boneco... Assim, e à cautela...)

Trata-se de uma rua. Larga. Talvez uma praça. A calçada à antiga portuguesa é presença forte.
Lá atrás, distantes, edifícios citadinos, postes de iluminação, árvores (às vezes encontram-se algumas em lugar de outdoors e mupis) e, mais cá, uma força militar ou militarizada. Elementos da mesma estão em segundo plano: uma barreira de soldados, visivelmente equipados, preparados para uma intervenção (pelo aparato, deve tratar-se de coisa bem grave e de intuitos belicistas, como alguma manifestação de trabalhadores ou de estudantes), alguns deles exibindo os seus escudos.
Em primeiríssimo (e em grande) plano: uma moça com pinta de atraente (corpo ainda respirando frescura, cara que se adivinha interessante, não obstante o chapéu que ela usa, e a respectiva sombra, não permitirem ir muito além da adivinhação).
Umas calças de ganga, bem descidas, bem abaixo do umbigo, como soe usar-se (algumas a propósito... Outras sem nenhum...). Uma sumária T- shirt (top), bem acima do resquício do mesmo cordão. E na área, razoável (tanto quanto saudável), de entre-calças e top, gravado a preto e em grandes maiúsculas: NO WAR!


Acho que todos estão de acordo com um tal apelo. Assim, sim: convencidos!

Pois não! Pudera!...

domingo, 10 de junho de 2007

NEURÓTICO? - II

"Eu acho é que andam por aí muitos "neurónios anónimos", sem eira nem beira, sem pai nem mãe, de tanto cruzamento estúpido nem terão ADN que se veja. E esses é que são os neuróticos anódinos. Os coitados! Abç "

Publicada por bettips em Flash a 10 de Junho de 2007 8:15

Por acaso era a esses que me referia, Bet: os anódinos neuróticos anónimos...

Os outros, os perigosos e agressivos, pertencem às várias máfias que por aí vão proliferando, como cogumelos bravos em terras baldias...

Esses outros – de ADN bem definido, de virulência assustadora - estão sediados noutras esquinas, distantes (?!) e múltiplas.

Globalizaram-se.

Será que batemos na mesma tecla, Bet?

Cuido que sim.

sábado, 9 de junho de 2007

NEURÓTICO?

Nada de desesperos:

abriram as inscrições nos “NEURÓTICOS ANÓNIMOS”...

(A sede é na mesma correnteza doutros anónimos, mesmo à esquina)




(Já me inscrevi)

 

Web Site Counter
Free Dating Services

/* ---( footer )--- */