segunda-feira, 4 de junho de 2007

“UM PAÍS CHATO”

«Ao ouvir na rádio [certas] afirmações politicamente correctas [acerca do beber e do fumar] [dum] simpático governante, confesso que o imaginei a despedir-se dos jornalistas e a enfiar-se num bólide do ministério, pedindo ao motorista para acelerar porque já estava atrasado para um bem regado e "charutado" almoço oficial. Depois, caí em mim e pensei que ainda bem que alguns (como os nossos ministros que ainda fumam nos aviões em viagens oficiais) podem viver confortáveis apesar destas regras, mesmo que sejam os seus feitores.
No fundo, a gente não lhes pode levar a mal, porque são a emanação democrática de uma sociedade farisaica, onde o civismo é esquecido, a delação é premiada e a hipocrisia é estimulada. Em vez de criarmos códigos de conduta cívicos e razoáveis e velarmos pela sua aplicação, endurecemos o proibicionismo ilusório que se anula pela impunidade: uma impunidade crescente, porque é a única protecção que nos resta contra a democrática ditadura dos que (não os praticando de facto) nos querem impor os seus novos e falsos costumes.»





Depeniquei este extracto da coluna de hoje, no Público, com o mesmo título, de Rui Moreira.

Não me atrevo a juntar qualquer “flor” ao bouquet, que o estragava.

Mas dei comigo a pensar que Rui começa a ser sinónimo de colunista temível do referido periódico.

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