quinta-feira, 31 de março de 2011

FALAR PORTUGUESMENTE!

Numa corporação, como a dos advogados, constituída, em grande parte, por conservadores, não há dúvida nenhuma que um bastonário como o Dr Marinho Pinto (no seu segundo mandato, presentemente) é forçosamente um fenómeno: para mim (e tantos mais) pelos melhores motivos. Oiçam-no neste pequeno vídeo, na abertura deste ano judicial: incomoda muita gente? Pudera! Não é “gago”…

domingo, 27 de março de 2011

SÓCRATES, "O" PROBLEMA

Como sempre, vou mais pelo velho Alfredo: um pedegrulho, isso sim... . . . (Luís Afonso, Bartoon, Opinião, Público, hoje) . . .

sexta-feira, 25 de março de 2011

DE BERLIM… O GOVERNO DITA

para bom entendedor...


Quando somos pobres até os cães nos fazem chichi nas pernas…

Sem que a meteorologia previsse, Belém e S. Bento sofreram um eclipse total.

«Governo e oposição devem tornar públicas alternativas às medidas chumbadas, diz Merkel» - reza, e transcreve sem sombra de dúvida a gazeta. Ali, preto no branco, sem meias tintas.

Pois é: não sei de que Estado da Alemanha - se da Renânia, se de qual - passámos a fazer parte, mas o discurso é inequívoco: Merkel é a nossa nova primeira-ministra!

Que triste é sermos tão desprezíveis!…

E o pior é que, estou em crer, merecemos tudo isto!
devem estar a discutir quem vão ser os novos caseiros aqui do quintal...

Que fim mais inglório e dramático!

quarta-feira, 23 de março de 2011

E AGORA, JOSÉ?

Esta noite, à hora da verdade, perguntava-me (ou comentava) um amigo meu: “Mas o PS está à espera de quê para despachar o engenheiro? Não era altura de renovar e aparecer de cara lavada?”

Não estou a ver ninguém no PS com aquela estaleca (chamem-lhe carisma, se quiserem) que o engenheiro tem... Chegámos a uma situação de que não vejo saída.
Não tenho a certeza de que o PPD consiga chegar lá com a necessária folga (dado que Cavaco não deve querer dar posse a outro governo minoritário), mas um arranjinho com o CDS (eu sei - todos sabemos - que ele (ele, CDS) detesta o poder... mas lá terá de ser) ajudará à festa... e lá os teremos uma década, pelo menos...

Teremos?
As coisas não vão ficar (nada) fáceis para quem quer que seja que ganhe o poder. Os próximos dois ou três anos vão tornar Portugal num país dificilmente governável. Vai ser dramático.

Não serão 10 milhões de mexilhões à nora… Mas uns 6 ou 7 milhões, talvez…


É angustiante para o partido, mas o PS está refém deste líder...
É trágico e terrível!



segunda-feira, 21 de março de 2011

PORTUGAL À RASCA

Quando um bom texto aparece no ciberespaço, sem revelação de autoria, logo alguém o atribui a um autor bem conhecido e de provas dadas.
São inúmeros os trechos que circulam pela rede atribuídos a falsa paternidade. Ou dos quais se diz que se desconhece a autoria.

Aconteceu com o seguinte, aliás uma séria auto crítica e uma análise bastante lúcida duma problemática hoje muito falada, com partilha corajosa de responsabilidades. Ou com a exclusiva assumpção das mesmas.

Correu como sendo da autoria de Mia Couto. Como circulou como anónimo (com referência ao pesar por falta de conhecimento do autor).

Foi o conhecido e conceituado blogue De Rerum Natura quem, aparentemente, descobriu a autoria do dramático desabafo: trata-se de uma professora de Santiago do Cacém, que o deixou no seu blogue:
http://assobiorebelde.blogspot.com/.

Desfeito o imbróglio e tendo atribuído o seu a seu dono, eis o post, e a sua data original, que tem sido veiculado por inúmeros mails:



09 Março 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.

sábado, 12 de março de 2011

PAÍS À RASQUINHA

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Não, não foi uma geração à rasca que saiu hoje à rua em manifestação de protesto… Foi todo um país (todas as suas gerações adultas) que se manifestou à rasquinha!
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quinta-feira, 10 de março de 2011

CAVACO: CONFIRMAÇÃO OU TRANSFORMAÇÃO? REVELAÇÃO!

Talvez se possa concluir que Cavaco, com esta reeleição, nem confirmou o juízo que dele fazíamos nem o transformou. Tratou-se, antes, quer nos discursos da vitória quer no da posse, numa revelação. E que revelação!

Nos discursos da noite da vitória: o demolidor espírito de vingança tomou conta dele esquecendo uma praxe que traduz um espírito cívico e fazendo soar as trombetas da guerra aos adversários que, naturalmente, se quedavam. No discurso da posse revelou-se, através dos cerrados ataques ao governo e mediante o apelo à insurreição (em última instância é legítima essa leitura) num elemento que prometeu ser perturbador – ao invés do que se espera dum presidente da república, se ele tiver em mente o seu papel como reflexo do que prescreve a lei fundamental.

Muitos pensaram e alguns afirmaram-no: lá se quebrou, por completo, o verniz que o provinciano pretensioso pretendia manter a todo o custo!

Cavaco vai trazer-nos inúmeras surpresas neste seu segundo mandato.
Não, decididamente que não vai ser um homem que busque consensos. Muito menos vai ser o presidente de todos os portugueses: vai desembainhar a espada e actuar de acordo com o (mau) conselho dos seus mais próximos colaboradores.

Cá estamos para ver. E sofrer – se o diagnóstico bater certo, pois daí resultarão fortes agravamentos à situação que vivemos.

sábado, 5 de março de 2011

O SUPLÍCIO BARCLAYS

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o "homo sapiens" quando descobriu o marketing!

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Não é a tortura do pingo de água caindo, a espaços, no mesmo ponto, mas é um suplício talvez pior que esse: o de ter o azar de atender o telefone, duas, três e quatro vezes, a pequenos intervalos, de diferentes pessoas, fazendo publicidade ao cartão… do Barclays…

Não basta recusar educadamente a oferta que é feita uma vez. Nem pensar!
Bom, isto é uma coisa que pode repetir-se dezenas de vezes. E repete, quase invariavelmente para grande parte dos cidadãos.
A dada altura a impaciência, normal, de quem já ouviu a mesma história um número exagerado de vezes, leva a uma menor cortesia relativamente à santa criatura que nos atormenta do outro lado, com a melhor das intenções, para poder ganhar o seu pão… Mas o facto é que a paciência tem mesmo limites. E quem paga é essa alma, que não o torturador que lhe encomendou o sermão.

Mas, mais: isto, que respeita a um banco cuja solvência até é pouco fiável – DIZEM! – não é um normal serviço de marketing, mas antes um serviço cujo caos melhor o define como serviço torturante dos pacatos cidadãos!

Não há pachorra: há manhãs e tardes em que os moços ou moças convidantes quase se atropelam para, num espaço de um quarto de hora, uns a seguir aos outros, insistirem connosco no mesmo objectivo, pela enésima vez: impingir o maravilhoso, sensacional e único cartão que todos devem possuir: o cartão do Barclays, que ainda por cima oferece um prémio que eu desconheço qual seja, mas talvez algum balde e pá para a praia!

Não fora eu uma pessoa com maneiras e educada e diria: POOO_RRA!
Mas como sou… só penso!

UMA NOTA IMPORTANTE: não sou pessoa de grandes haveres e estou bem longe de poder ser considerado um bom cliente de qualquer banco. Ou seja: é a tortura pela tortura: chi… (não, não vou continuar na linguagem “imprópria”(?!)

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