quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 ano NOVO?


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ESPERANÇA

Ao arrepio da esperança -
relha,
esquiva,
danada -
de esmorecimentos feita
de desenganos entretecida
por promessas entorpecida
e de certezas rarefeita…
Ergue-te, de novo,
sem juras de conseguir
mas com ganas de vencer!

PROSEMA
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NATAL NÃO É, APENAS, UMA PALAVRA

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Que Natal seja Paz
e que seja também Amor.
Que ele nos devolva a Esperança
e que a tantos acalme a dor

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Depois do meu voto, em palavras simples,

o meu cartão



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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

“CENTRAL DE NEGÓCIOS”

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«A atmosfera continua carregada. Afinal de contas,
as eleições foram apenas um intervalo no ciclo,
já quase banal, de casos judiciais envolvendo actores
políticos, negócios pouco claros, jogos de influência
e acusações de corrupção. Parece mesmo que existem
ao mesmo tempo dois governos. Um público, que aparece
à vista de todos no Parlamento ou na televisão, a discutir
com a oposição ou a anunciar medidas. Outro oculto,
que longe dos olhares públicos intervém no mundo dos negócios,
capta financiamentos, influencia decisões empresariais.
Qual dos dois é o verdadeiro? Um e outro não estão distantes
quanto parecem. Não só a influência do Governo oculto se
estende aos negócios dos media como a propaganda do Governo público
se tornou num formidável instrumento de ocultação.
O problema de fundo é político - e ético.»

Miguel Gaspar, “O Governo Oculto”, in Público, TR 10.11.2009
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Qual “donzela” de duvidosa pudicícia, mas que quer passar por cândida e respeitável criatura, o ministro Silva Pereira, no “Prós e Contras” de 9 de Novembro último, não gostou, achando-o ofensivo e deselegante, que Aguiar Branco tivesse referido o governo como “central de negócios”. Bom, deselegante… Talvez. Estou em crer que poderia ter adocicado a expressão.
Mas lá que é o que a maioria das pessoas – mesmo as melhores intencionadas e as de maior tento na língua – pensam… Isso creio estar fora de dúvidas.
Mesmo tendo dado a volta ao quarteirão dos conceitos, da sintaxe e das boas maneiras, Miguel Gaspar, no dia seguinte, se logrou fugir à expressão, não conseguiu escapar ao seu conteúdo ao referir-se ao governo público e ao oculto.

Aliás, e sem mais rodeios, já na legislatura anterior, e relativamente à AR dominada por maioria do partido que ora nos governa de novo, dizia então Paulo Morais, no JN de 4.2.09: o Parlamento, que “deveria ser o coração da democracia (…) transformou-se numa central de negócios, ao serviço de quem domina os directórios partidários”.
Claro que o tiro daquele colunista tinha vários destinatários, mas atingia, em cheio o, então e agora, partido do governo.

Não vale a pena tentar escamotear o problema com base no vocabulário utilizado ou ludibriar o cidadão atento e responsável: ele sabe bem distinguir quem serve a República de quem se serve dela. Ele não tem dúvida de quem unicamente possui o mérito que lhe atribui o cartão de militante partidário. Ou de quem o faz prevalecer. Que, logo se vê, é coisa que só com a lealdade partidária tem algo a ver, não com os superiores interesses nacionais.

A democracia não pode pactuar com tais critérios. Tem de os denunciar e combater.
Urge, pois, criar mecanismos que os penalize de forma frontal, pesada e exemplar.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“ORA, COMO ÍAMOS DIZENDO…”

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Deste interregno nem voluntário nem forçado (acontecido contragosto), respigo uma nota que tomei neste período e que pode bem sintetizar a louca correria do país para o suicídio, conclusão a que se chega se cotarmos a atitude da grande maioria dos políticos. Sobretudo dos menores de 60 anos. Conquanto não seja desprezível o empurrãozinho (no mesmo sentido) de alguns dos seniores.
Estamos a escassa distância do precipício, mas aquela maioria não deixa de avançar alegremente.

Os telhados de vidro, os interesses pessoalíssimos bem como os corporativos, assim como o compadrio, tornam a cegueira dessa gente, face ao interesse público, numa doença incurável. E, obtusos, tais iluminados nem vêem que é a sua própria sobrevivência que está em causa.
Podem ser os últimos a baquear, mas há-de custar-lhes mais que aos restantes.

Só que, com o problema do suicídio desses bestuntos, podemos nós (a maioria dos que para aí não põem prego nem estopa) muito bem. Que se danem, eles, e que se matem uns aos outros por um breve tempo de antena e por uns instantes de poder.


Ora, era este o apontamento que tinha aqui na gaveta:

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Fernando lima escutas, mas deixa arestas
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No melhor pano cai a nódoa, isto se se der como provado, como alguns dão, que Cavaco é o impoluto cidadão que subiu à cidade para, “sem querer” ter entrado na vida política.
Será?
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A “inventona” foi muito grave, mas, sabe-se lá porquê, como correctivo não mereceu mais que a mudança de secretária, não vá o infractor quebrar certos elos de lealdade…

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o ambiente provocado entre Belém e S Bento não se degradou minimamente, como a imagem bem documenta
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Explicado o imbróglio, José Carlos Vieira foi chamado para a empalidecida assessoria.
F Lima? Recomenda-se e diz que está bem, sempre atento, venerando e muito obrigado. Em Belém, está claro.
O PR? Deixa entender que não se passa nada.

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..................................- não me demito, porque não...
..................................- ?...
..................................- vá, 1º porque não m'apetece, 2º porque o PR é meu amigo, e não se atreveria a tanto
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Decididamente, o presidente não sabe escolher os seus colaboradores e nomeados para altos cargos da nomenclatura do Estado. Deixa-se deslumbrar por aparências de seriedade e competência onde apenas existe uma conveniente (afinal, incerta) lealdade. Ingenuamente (característica, como se sabe, de uma próxima ruralidade, mas que outros conseguem ultrapassar com arguta atenção e inteligência).
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Dias Loureiro, Oliveira e Costa e Arlindo Carvalho, são, para já, exemplos suficientes de uma tal dedicação.
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Noutras áreas, com outras varas se sacode a árvore das patacas do orçamento com que se recompensam certos beneficiários “bem comportados”.
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E lá vamos, cantando e rindo, à espera de outro salvador como aquele com que fomos brindados há pouco mais de oitenta anos.
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