segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“ORA, COMO ÍAMOS DIZENDO…”

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Deste interregno nem voluntário nem forçado (acontecido contragosto), respigo uma nota que tomei neste período e que pode bem sintetizar a louca correria do país para o suicídio, conclusão a que se chega se cotarmos a atitude da grande maioria dos políticos. Sobretudo dos menores de 60 anos. Conquanto não seja desprezível o empurrãozinho (no mesmo sentido) de alguns dos seniores.
Estamos a escassa distância do precipício, mas aquela maioria não deixa de avançar alegremente.

Os telhados de vidro, os interesses pessoalíssimos bem como os corporativos, assim como o compadrio, tornam a cegueira dessa gente, face ao interesse público, numa doença incurável. E, obtusos, tais iluminados nem vêem que é a sua própria sobrevivência que está em causa.
Podem ser os últimos a baquear, mas há-de custar-lhes mais que aos restantes.

Só que, com o problema do suicídio desses bestuntos, podemos nós (a maioria dos que para aí não põem prego nem estopa) muito bem. Que se danem, eles, e que se matem uns aos outros por um breve tempo de antena e por uns instantes de poder.


Ora, era este o apontamento que tinha aqui na gaveta:

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Fernando lima escutas, mas deixa arestas
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No melhor pano cai a nódoa, isto se se der como provado, como alguns dão, que Cavaco é o impoluto cidadão que subiu à cidade para, “sem querer” ter entrado na vida política.
Será?
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A “inventona” foi muito grave, mas, sabe-se lá porquê, como correctivo não mereceu mais que a mudança de secretária, não vá o infractor quebrar certos elos de lealdade…

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o ambiente provocado entre Belém e S Bento não se degradou minimamente, como a imagem bem documenta
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Explicado o imbróglio, José Carlos Vieira foi chamado para a empalidecida assessoria.
F Lima? Recomenda-se e diz que está bem, sempre atento, venerando e muito obrigado. Em Belém, está claro.
O PR? Deixa entender que não se passa nada.

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..................................- não me demito, porque não...
..................................- ?...
..................................- vá, 1º porque não m'apetece, 2º porque o PR é meu amigo, e não se atreveria a tanto
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Decididamente, o presidente não sabe escolher os seus colaboradores e nomeados para altos cargos da nomenclatura do Estado. Deixa-se deslumbrar por aparências de seriedade e competência onde apenas existe uma conveniente (afinal, incerta) lealdade. Ingenuamente (característica, como se sabe, de uma próxima ruralidade, mas que outros conseguem ultrapassar com arguta atenção e inteligência).
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Dias Loureiro, Oliveira e Costa e Arlindo Carvalho, são, para já, exemplos suficientes de uma tal dedicação.
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Noutras áreas, com outras varas se sacode a árvore das patacas do orçamento com que se recompensam certos beneficiários “bem comportados”.
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E lá vamos, cantando e rindo, à espera de outro salvador como aquele com que fomos brindados há pouco mais de oitenta anos.
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3 comentários:

Unknown disse...

Totalmente de acordo. Está uma boa síntese da bela situação que vivemos.

Anónimo disse...

Documento de como os compadrios resultam - em casa e na política. Um presidente que é uma dona de casa com conta no livro do merceeiro e pó nos cantos.
Sou dos que acham que nem uma limpeza a fundo porque as mentalidades são as mesmas (o homem foi tudo durante anos e teve/tem os amigos agradecidos!)

Abraços da época, para ti e para os teus.
B.

aminhapele disse...

Demorou,mas regressou em força e com garra!
De acordo.
Um abraço.

 

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