quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VERDADES E OMISSÕES

Há políticos que mentem com a maior desfaçatez. Fazem-no com a mesma naturalidade com que respiram.
Por vezes chegam a ministros, e é claro que continuam, nessa função, a não primar pela verdade.

Outros há que, não mentindo, contudo não são exemplo de grande virtude em matéria de seriedade.

E se, tal como à mulher de César, aos políticos se exige que, além do mais, também pareçam sérios, quanto mais se lhes não há-de exigir que o sejam!...


Vem isto a propósito das, como sempre, calmas declarações do actual ministro das Finanças, muito recentemente, acerca da introdução, entre nós, do patamar dos 23% do IVA na factura do gás e electricidade.

Afirmou Vítor Gaspar, com a sua habitual serenidade, que tal medida já é praticada na maioria dos países europeus.

Dêmos de barato que sim. O ministro, portanto, não terá mentido…
Contudo, não foi sério, pois esqueceu deliberadamente e omitiu – o que é grave – que na generalidade dos países da mesma área se praticam salários muito (em Espanha) ou abismalmente superiores aos praticados aqui na paróquia (nos outros).

Logo, não é exemplo de probidade comparar o incomparável.


Basta atentar na comparação do salário mínimo nacional com o de outros países europeus.
Vejamos:

Suíça - 2.916€

Luxemburgo - 1.757,56€

Irlanda - 1.653€

Bélgica - 1.415,24 €

Holanda - 1.400 €

França - 1.377,70 €

Reino Unido - 1.035 €

Espanha - 748,30€

Portugal - 485 €



E, mais, outros índices, ainda, se podem aduzir para reforçar aquela falta de seriedade:
Como por exemplo que uma botija de gás em Espanha custa menos 10€ do que aqui na nossa aldeia, ou que cada litro de gasolina 95 é mais barata lá do que aqui cerca de 20 cêntimos. Ou ainda isto: nos supermercados do LIDL houve muito recentemente uma promoção, simultaneamente em Portugal e em Espanha, dum produto que cá era vendido por 9,99€ e lá 6,99€ não havendo qualquer diferença nem sequer na embalagem. E as frutas? E os produtos de higiene? E os produtos de 1ª necessidade, o peixe, a carne, etc. etc..

O sr ministro esqueceu-se destes elementos no seu juízo tão assertivo mas tão infeliz? É pena. E indesculpável.
Omitiu-os deliberadamente? É grave e imperdoável.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AS NOVAS CONFERÊNCIAS DO CASINO



Falamos da segunda edição das Conferências do Estoril/Desafios Globais-Respostas Locais, que decorreram de 4 a 6 de Maio do ano corrente. O programa compunha-se de 4 painéis temáticos, o terceiro dos quais era o seguinte: Ameaças Globais: Desafios para a Segurança Humana, cujo objectivo era “analisar as principais ameaças que actualmente se colocam à segurança humana, centrando-se nos diferentes tipos de conflitos inter e intra-estatais que podem desencadear, bem como outras formas de violência que afectam directamente as pessoas: terrorismo, criminalidade transnacional,  conflitos em torno de recursos naturais.”
Intervieram nas conferências renomadas figuras das mais variadas áreas científicas e geográficas.
Por outras palavras e sintetizando-os a todos (os painéis temáticos) “em debate [estavam] questões como a arquitectura da governação global, as consequências da recente crise económica e financeira, as principais ameaças à segurança humana e os impactos da globalização sobre vários domínios das políticas nacionais.”
Foi naquele terceiro painel que se deu a intervenção de Mia Couto que vamos ouvir dentro em pouco.
Toda a gente conhece o biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, nascido António Emílio Leite Couto, há 56 anos, em 1955, na cidade da Beira.
O programa das Conferências apresentava-o, desta forma: “Mia Couto é o mais galardoado escritor moçambicano, tendo recebido uma miríade de prémios, tanto no seu país como no estrangeiro. Estudante de Medicina, abandonou os seus estudos para se juntar à luta anti-colonialista em Moçambique. Após a independência do seu país, em 1975, trabalhou como jornalista em Maputo por mais de dez anos. Licenciado em Biologia, está  actualmente a realizar pesquisa ambiental no seu país. Mia Couto publicou 28 livros, traduzidos e distribuídos em 27 países. Em 1998, Mia Couto foi eleito membro da Academia Brasileiras de Letras, sendo o único africano a integrar a Academia.”
Com a modéstia que caracteriza os grandes espíritos, Mia Couto confessou não conseguir falar de improviso, no painel, durante sete minutos, como o presidente pedira aos participantes. Leu, pois, um texto seu sobre O MEDO.
Assim, “num registo diferente, mas bastante do agrado do Cables from Estoril, Mia Couto, sendo menos técnico que os restantes oradores, ofereceu uma perspectiva mais “literária” e emotiva sobre a relação que as pessoas têm com as ameaças e os seus medos. Mia Couto mostrou-se preocupado porque na maior parte das vezes essa relação não é íntima, já que as sociedades ocidentais e as pessoas evitam aprofundar as causas desses mesmos receios” – podia ler-se num relato da própria organização do evento.

Oiça, então, Mia Couto.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A ÚLTIMA DO DONO DA “ÊLHA”





O país parece estar a mostrar-se cansado com as palhaçadas, as travessuras, as tropelias e a demagogia do patrão da “êlha”.

A sua reposição da verdade (começou por negá-la – mas era demasiado ridículo persistir nessa negação), mas alegando que ocultava as contas da “êlha” em legítima defesa relativamente a exigências do governo do “contenente”, não tem a mínima ponta de sustentabilidade, de credibilidade…

A criatura já não sabe como se há-de “desengomar” (passe o plebeísmo), face às legítimas pressões do Governo da República para que naquele território se cumpra a legalidade democrática.

Já uma vez o disse, mas repito: lá porque a Madeira se encontra, fisicamente, em território africano, nem por isso terá de estar condenada a ter e suportar o seu Bocassa…

Os pobres dos madeirenses não podem reagir ao homenzinho… Pois ele é o patrão de quase todos…! Que remédio têm que aturar-lhe as palhaçadas e a tontaria, em discursos loucos e irreverentes, de dedo espetado no ar, contra “a dêtadura do Contenente”!

Não se entende bem é a notícia de que o “Sr Silva” (perdão, agora já o reconhece como o Sr Presidente da República) e a Procuradoria Geral da República tinham conhecimento dessas contas ocultas…
Sabiam e não actuavam? Será possível? Será atitude responsável?

Claro que ele lança um SOS ao primeiro-ministro (“Passos… kol mi!”), e agora vamos ver se “somos todos azuis ou se há alguns mais azuis que outros” para o chefe do governo…





sexta-feira, 16 de setembro de 2011

“O BEIJO DO SOL”



«Caros Amigos,

Acabei de me estrear a fazer e montar um vídeo. É um videoclip sobre uma música de um disco meu que está para sair.
Coloquei-o no YouTube e, como sabem, só acima de um certo número de visionamentos é que ele aparece nos motores de busca.
Peço-vos então que visitem aqui.
Talvez não se aborreçam e, se tal acontecer, por favor passem aos vossos amigos.
Aqui fica desde já o meu agradecimento.
Pedro Osório»

O Pedro Osório em discurso directo chegou-me através de uma amiga que acrescentava que ele está bastante doente.

Salve, Pedro!

Claro que ninguém se vai aborrecer e todos vão ouvir e reenviar porque "O Beijo do Sol" é muito interessante. E muito bem conseguido.

As melhoras, bom êxito, e arriba, Amigo.

Um abraço de todos nós




 

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