quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AS NOVAS CONFERÊNCIAS DO CASINO



Falamos da segunda edição das Conferências do Estoril/Desafios Globais-Respostas Locais, que decorreram de 4 a 6 de Maio do ano corrente. O programa compunha-se de 4 painéis temáticos, o terceiro dos quais era o seguinte: Ameaças Globais: Desafios para a Segurança Humana, cujo objectivo era “analisar as principais ameaças que actualmente se colocam à segurança humana, centrando-se nos diferentes tipos de conflitos inter e intra-estatais que podem desencadear, bem como outras formas de violência que afectam directamente as pessoas: terrorismo, criminalidade transnacional,  conflitos em torno de recursos naturais.”
Intervieram nas conferências renomadas figuras das mais variadas áreas científicas e geográficas.
Por outras palavras e sintetizando-os a todos (os painéis temáticos) “em debate [estavam] questões como a arquitectura da governação global, as consequências da recente crise económica e financeira, as principais ameaças à segurança humana e os impactos da globalização sobre vários domínios das políticas nacionais.”
Foi naquele terceiro painel que se deu a intervenção de Mia Couto que vamos ouvir dentro em pouco.
Toda a gente conhece o biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, nascido António Emílio Leite Couto, há 56 anos, em 1955, na cidade da Beira.
O programa das Conferências apresentava-o, desta forma: “Mia Couto é o mais galardoado escritor moçambicano, tendo recebido uma miríade de prémios, tanto no seu país como no estrangeiro. Estudante de Medicina, abandonou os seus estudos para se juntar à luta anti-colonialista em Moçambique. Após a independência do seu país, em 1975, trabalhou como jornalista em Maputo por mais de dez anos. Licenciado em Biologia, está  actualmente a realizar pesquisa ambiental no seu país. Mia Couto publicou 28 livros, traduzidos e distribuídos em 27 países. Em 1998, Mia Couto foi eleito membro da Academia Brasileiras de Letras, sendo o único africano a integrar a Academia.”
Com a modéstia que caracteriza os grandes espíritos, Mia Couto confessou não conseguir falar de improviso, no painel, durante sete minutos, como o presidente pedira aos participantes. Leu, pois, um texto seu sobre O MEDO.
Assim, “num registo diferente, mas bastante do agrado do Cables from Estoril, Mia Couto, sendo menos técnico que os restantes oradores, ofereceu uma perspectiva mais “literária” e emotiva sobre a relação que as pessoas têm com as ameaças e os seus medos. Mia Couto mostrou-se preocupado porque na maior parte das vezes essa relação não é íntima, já que as sociedades ocidentais e as pessoas evitam aprofundar as causas desses mesmos receios” – podia ler-se num relato da própria organização do evento.

Oiça, então, Mia Couto.

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