quinta-feira, 30 de abril de 2009

ACERCA DO H1N1



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Lá da outra banda do Atlântico (dos States) recebo hoje, por mail, um artigo (melhor dito, uma nota) que tem a sua origem aqui bem perto de nós.

É realista, sem ser alarmista. Deixa-nos úteis considerações acerca da tão badalada (e parece que cada vez mais disseminada) gripe que a gente chama gripe suína e os eruditos baptizam de H1N1. (H1N1 é outra ficha!).

Há só uma pequena referência do Prof. João Vasconcelos Costa que, a mim me preocupa e incomoda sobremaneira, que é quando ele (afinal rapaz mais novo que eu uma ridicularia de meia dúzia de anos) refere, com certo acinte, a hipótese de “isolar em casa, como prisioneiros, os nossos pais septuagenários”.
Aí, ele não avaliou bem a abrangência da “prisão”, colocando-se, “descaradamente” de fora, sobrevalorizando uma migalha de uns anitos de diferença nas nossas idades.

Espero que os meus filhos (e os do Prof - permito-me avançar) não tenham prestado a devida atenção a essa passagem... Ou não actuem em conformidade.
Mas vá…
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«A gripe

Provávelmente só porque é fim de semana é que os meus amigos, conhecendo-me como virologista, ainda não me questionaram sobre a gripe "suína". Infelizmente, o termo é errado. No caso da gripe aviária que apareceu há poucos anos, houve infecção de algumas centenas de humanos, mas sem que o vírus pudesse passar desses humanos a outros. Agora é diferente.
De suína, esta gripe só tem a origem. De facto, ela é bem humana. Na história da gripe, o aparecimento das grandes epidemias mundiais (pandemias) foi quase sempre por adaptação ao homem de vírus suínos da gripe. Por isto, as expectativas em relação ao vírus aviário H5N1 (sigla que identifica os dois principais antigénios do vírus, e que definem se temos ou não imunidade contra ele) eram a de, com alguma probabilidade, na situação do Extremo Oriente de grande concentração conjunta de aves, porcos e humanos, o vírus aviário H5N1 passar para o porco e deste para o homem, adquirindo capacidade de transmissão homem a homem.
Afinal, como tantas vezes acontece na emergência de novos vírus, a situação foi surpreendentemente diferente. O que aparece é um novo vírus humano - insisto, humano, transmissível de homem a homem - com origem no porco mas no outro lado do globo, no México. Também não é um H5N1 e por isto, como eu e muitos escrevemos na altura, era tolice investir em vacinas contra um vírus que ninguém sabia o que viria a ser - mas sim um H1N1, desaparecido da história da virologia há quase um século. Foi o tipo de vírus que causou a terrível pandemia de 1918, a espanhola, que matou mais gente na Europa do que a guerra mundial que tinha terminado pouco antes. É certo que tem havido, nos últimos invernos, algumas infecções com H1N1, mas não é o tipo hoje mais vulgar e nada garante que o novo vírus seja neutralizado por vacinação com os últimos H1N1 circulantes.
Hoje, os dados oficiais mexicanos revelam cerca de 1300 infectados com 81 mortes, uma taxa de letalidade já considerável. Também já há casos nos EUA. O que significa isto? Não quero ser alarmista, mas os meus leitores têm o direito ao que de mais objectivo eu, especialista, possa dizer.
Considero uma situação muito preocupante, porque estamos perante condições muito diferentes do que eram as tradicionais na emergência de novas pandemias de gripe. A sua origem não é em zonas rurais da Ásia mas sim numa área metropolitana de 20 milhões de pessoas, em estreito contacto favorecedor de transmissão por via respiratória. Em segundo lugar, os vírus hoje viajam de avião. Finalmente, como disse atrás, trata-se de um tipo de vírus contra o qual há dezenas de anos que não há qualquer resistência imune nem há vacinas rapidamente disponíveis.
Que fazer, em Portugal? Para já, a nível individual, nada. A nível das autoridades de saúde, vigilância, controlo a nível de medicina das viagens, planeamento desde já de condições de hospitalização e isolamento de milhares de possíveis doentes (atenção, vai ser a esta escala, transformando a FIL em hospital). O que faria agora eu, como indivíduo? Obviamente, cancelar qualquer viagem marcada para o México ou para o sul dos EUA. Informar-me junto do meu médico sobre todos os sinais de alerta, os sintomas da gripe, que muita gente confunde com os de uma vulgar constipação. Se começar a haver casos em Portugal, usar máscara, deixar de frequentar locais com muita gente, isolar em casa, como prisioneiros, os nossos pais septuagenários. E, se a religião ajuda, rezar frequentemente.

Mas também ter em conta que o mesmo progresso e actual modo de vida que nos vai trazer o vírus de avião também vai permitir o diagnóstico muito precoce da doença, a produção limitada mas razoável de medicamentos e de vacinas.

P. S. - Já imagino o que vai haver por aí de pânico em relação ao consumo de carne de porco! Mesmo que a gripe fosse suína, não era pela carne que se transmitiria. Mas, como chamei a atenção, "suína" é neste caso uma referência enganosa, tem a ver só com a origem. Quem a vai ter são os humanos, não os pobres suínos.

26.4.2009
Prof. João Vasconcelos Costa
Doutor e agregado em Medicina (Microbiologia)»

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Claro que os curiosos e sedentos de mais informação podem aproveitar a ler mais notas, ou antes A INQUIETUDE PERMANENTE, do Prof. João Vasconcelos Costa.
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

FOI PARA ISTO QUE FIZEMOS O 25 DE ABRIL? (3)

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O presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Fafe, Manuel Gonçalves, em carta recentemente enviada ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares, denuncia o método usado por um inspector da IGE que, para apurar o eventual envolvimento de professores numa manifestação contra a ministra, ocorrida em Novembro, interrogou alguns dos alunos, "incentivando um comportamento denunciante" que, considera, "é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril" – informava hoje o Público.
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Felizmente que as gentes de Fafe (estou seguro que um exemplo entre muitos) não permite que os seus filhos sejam educados dentro do espírito da “bufaria”, da hipocrisia, da denúncia que a actual equipa governamental da Educação tem demonstrado aplaudir e incentivar…
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Ainda hoje, e conforme a tradição…
“Com Fafe ninguém fanfe".
Que o mesmo é dizer, generalizando:
a cidadão responsável… não convides à velhacaria!
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Realmente, como mais este flash demonstra, muitas são as situações e práticas que contrariam o espírito de Abril.
E essas, sim, urge denunciar e combater.
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terça-feira, 28 de abril de 2009

FOI PARA ISTO QUE FIZEMOS O 25 DE ABRIL? (2)

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Qual grito de Ipiranga, foi numa tarde do já distante Verão de 1987 que Dias Loureiro se livrou do seu mais que provável destino de proprietário de uma pequena mercearia, lá na terra, e conseguiu confirmar ter saído do anonimato.
Nessa tarde estival, lápis atrás da orelha, Loureiro pai aviava, no remanso próprio das berças, os seus habituais fregueses das costumeiras mercancias do dia a dia: as batatas, o arroz, o feijão (feijão, mesmo) … Eis senão quando toca o telefone (do posto público) e do outro lado da linha o Nelito, nervoso de excitação e deslumbramento, grita e rejubila:


“Paaaaaai sou mnissssssstro…!”

Todo o país ouviu, atónito.
Todo o PPD se regozijou, esperançoso.

Claro que o Sr Loureiro fechou de imediato a loja e, convocados através de afobado moço-de-recados o presidente da Junta, o prior e o mestre-escola, e o povo, pelo passa-a-palavra e por meia dúzia de foguetes, iniciaram-se as comemorações da promoção do insigne filho da terra, com lauta e bem regada mesa, ao som de música folclórica entrecortada pelos discursos, aprumados, daquelas três altas entidades, até aos de outros conterrâneos desvanecidos que, festa adiante, mais pastosamente debitavam o que lhes ia lá na alma, de suprema felicidade.

Menos de 20 anos depois, o jovem Nelito passou de cidadão de normais (talvez modestos) haveres a multimilionário.

Havia pesadas portas de chumbo que Abril fechara. Mas que “cristãos novos” da novel situação haviam de conseguir escancarar a amigos e “compadres”, depois a oportunistas e sabotadores.

Uma peça do blogue “Cravos de Abril”, fazia, em Dezembro último, uma recensão rigorosa e fidedigna de alguns malabarismos financeiros do homem que desdenhara do negócio paterno do arroz e grão-de-bico e o trocara pelo do ferro-velho e da sucata…
E sabe-se lá que mais!...

Mas deixemos os entretantos e mergulhemos
neste post do referido blogue…

E veja as teias complicadas que Abril permitiu.


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Não, decididamente não foi para isto que o fizemos.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

PROVOCAÇÃO RELES E DESPREZÍVEL

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as carpideiras é que não acharam graça...


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A inauguração da Praça Salazar em Santa Comba Dão, no último Sábado, não passou aos olhos de todos senão de uma reles e desprezível provocação.
As “brilhantes” mentes que conceberam o plano provocaram o sorriso piedoso de muitos e a indignação de alguns mais.
Mais, terão provocado, ainda, um estremeção do homenageado, lá na tumba fria onde jaz, por terem escolhido a data da instauração do regime “comunista” no país para o reverenciar.
A “oficial” e coxa desculpa foi a da coincidência do final das obras agora inauguradas com os festejos de Abril...
Por certo que primitivamente a obra teria sido planeada para comemorar (amanhã) os 120 anos do nascimento do “seu” herói, o ditador… E melhor cabimento teria, assim, o festejo. Mas os pobres e infelizes provocadores divertiram-se mais deste jeito. Ridículo. Que é o jeito dessa gente.
Coitados!

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domingo, 26 de abril de 2009

FOI PARA ISTO QUE FIZEMOS O 25 DE ABRIL? (1)



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Não, não foi para isto!
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(imagem de LUÍS AFONSO, do AGORA A CORES de ontem, no Público)
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sábado, 25 de abril de 2009

QUE TODAS AS MADRUGADAS TENHAM O SABOR DA LIBERDADE

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Recordo a palavra sufocada e os gritos dos torturados que ecoavam pela noite às mãos dos carrascos. Como recordo a vigília de tantos, e a dor de muitos mais.

Fremia de revolta a mordaça do pensamento. E arrebatador, mas contido pela força violenta, o ânimo submetia-se, tantas vezes, à necessidade de subsistir. Quando não era a morte que sobrelevava à vontade de resisitir.

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O verbo, quase só utilizado em frases surdas e nas entrelinhas, transmitia uma resistência que um dia havia de quebrar as grilhetas da liberdade, soltando as vozes tão longamente silenciadas.

Tantos marços decorreram,
antes que Abril rompesse no horizonte.
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Mas com a generosidade de muitos, veio também a subversão dos seus detratores e dos ganantes calculistas que do povo se serviram sem o servirem

Abril de abusos tantos,
de desencantos mil
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Abril cujo altíssimo preço estamos dispostos a pagar: porque sonhamos com um país em que um homem só pode ser igual ao outro, em que em qualquer mesa haja pão, em que em qualquer lar possa reinar a felicidade, em que a verticalidade não ceda à venalidade, em que a honra não dê espaço ao oportunismo.
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Abril de mágoas tantas,
mas de esperanças mil.
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(PROSEMA postado também, em simultâneo, no N&R)
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

"IMPOSSIBLE"



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Impossível, mesmo.

Na verdade, o nosso vocabulário é curto para descrever uma sensação destas.
E descrever a dificuldade técnica da execução? Só um entendido o poderá fazer.

Nós ficamos vergados.
E bem vistas as coisas… Comentários para quê?

Ouvir… confunde-nos e inebria-nos.
Ouçamos, então. Apenas.

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

"ROBÓN HOOD"

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Mas que charge mais bem conseguida!

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(Obrigado Carlos P por esta "deixa")

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CAVACO NÃO RESISTIU

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Quando há dias o Presidente Cavaco Silva falava no CACEG (Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores) ninguém, de seu normal senso, ignorou que a sua mensagem se dirigia ao governo e aos empresários e gestores portugueses.
Foram particularmente duras as suas palavras dirigidas ao Governo: “seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável, que, na ânsia de obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade, se optasse por estratégias de combate à crise que ajudassem a perpetuar os desequilíbrios sociais já existentes”. E noutro passo: “esta não é altura para intervencionismos populistas ou voluntarismos sem sentido. Os recursos do país são escassos e é muito o que há ainda por fazer. É preciso garantir o máximo de transparência na utilização dos dinheiros públicos”. Ou estas, que tinham como alvo os segundos, os gestores e empresários: "seria um erro pensar que a obrigação de acautelar os princípios de justiça, de equidade e de coesão recai apenas sobre os decisores políticos. É nas empresas e no diálogo entre elas e dentro delas que começa esta responsabilidade"
Dessas ásperas críticas se fizeram eco, abundantemente, os media, designadamente o Público, como por exemplo no Editorial tirado pelo seu director-adjunto Paulo Ferreira, há dias.
Particularmente contundentes, também, foram as referências feitas pelo Presidente às relações entre o Governo e alguns grupos empresariais, o que levou aquele jornalista a referir a situação de estar o Governo, “até certo ponto, capturado por esses agentes na definição e execução de políticas”, chamando, do mesmo passo, a atenção para essa perigosa relação que, qual medalha, tem um verso e um reverso. Ou seja, se há grupos que “têm governantes ‘no bolso’”, outros há que “esperam que seja o Governo a resolver os seus problemas”.

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Primeiramente, a reacção do governo foi a esperada, e o costumado ritual do executivo foi, desta vez, cumprido por Teixeira dos Santos que, com a habitual falsa candura, “disse que não entendia as palavras do Presidente da República como um recado para o Governo”.
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Curiosamente, e a este propósito, lembra hoje o “escrito na pedra” que o filósofo alemão do séc. XIX, Friedrich Schelling, confirmou não existir absurdo que não encontre o seu porta-voz…
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Eram demasiadamente indiscutíveis os destinatários daquelas palavras. E o Governo preferiu não insistir no ridículo de pôr asas e assobiar para o lado.
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Haverá algo criticável na atitude do Chefe do Estado?
Creio que nada mais que o ser tardia.

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É por de mais evidente que esta aspereza do Presidente veio em muito má hora para este PS.
Mas já se sabe o que acontece a “quem semeia ventos…”

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terça-feira, 21 de abril de 2009

DE SÚBITO

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De súbito
rumaste o finito horizonte
anunciador de futuros incertos.
Os teus olhos fitam, inseguros,
sombras esparsas, indefinidas,
envoltas em vagos sons.
Rasgaste, corajosa, a treva
do regaço que te acolhia.
Enfrentas, meu anjo, um mundo adverso?
No nosso peito encontrarás o porto seguro,
o carinho, o amor que te alimentará.
Os astros e o destino te sejam propícios,
minha doçura! E que Deus te proteja!

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(ProsEma à minha pequenina Inês, SG 20.04.09)
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

“AD MULTOS…”

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De entre as “milhentas” interpretações de “Besame mucho”, por representantes de mais de vinte idiomas, que se seguiram à sua criação pela venezuelana Consuelo Velásquez, em 1940, destacam-se mais de uma dúzia de entre aquelas a que emprestaram o seu nome figuras muito célebres no mundo da canção. Entre elas esta curta e interessante animação (sobre que não vem ao caso, agora, explicar detalhes) que dedico, hoje, ao meus amigos José Ricardo e Ivone
Cá por coisas…
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sábado, 18 de abril de 2009

O LADO LÚDICO DA CRISE



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(créditos: Luís Afonso e Público)

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

MUTATIS MUTANDIS…

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Esta, de que aqui se trata, está muito longe de ser uma espécie em vias de extinção…

Até quando?

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

NEM MAIS!...

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(créditos: Luís Afonso e Público)
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terça-feira, 14 de abril de 2009

ATENÇÃO QUE NEM TUDO É MAU: TAMBÉM HÁ O PÉSSIMO

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Jornal de grandes temas, das grandes causas e dos mais relevantes acontecimentos, o Correio da Manhã (o jornal mais vendido, se não estou em erro) tinha de ser o repositório das frases mais marcantes e dos pensamentos mais elevados…
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Recentemente deixava-nos, para rememorar e arquivar entre as tiradas mais célebres de grandes pensadores, uma frase bombástica, de alto coturno, assinada por uma elegante e fresca apresentadora que identificava:
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“Sou de uma família de viciados. O meu pai era alcoólico, o meu irmão drogado e a minha mãe viciada no jogo. Eu sou em sexo.”
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Como, apropriadamente, se diria nesta quadra, poderíamos concluir:
"Glória! Glória! Aleluia!"
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Felizmente que há quem colha estas preciosidades, para conforto das nossas exigências intelectuais, para tranquilizar a nossa ansiedade de padronizar condutas exemplares, para satisfazer a nossa curiosidade de conhecer personalidades de altos méritos e elevadas reflexões. Para apontarmos como modelos aos nossos descendentes.
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Alegremo-nos que nem tudo o que nos rodeia é mau…
Há também o péssimo. Por sinal, o mais premiado.

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

EXPRESSÕES ARTÍSTICAS EM ACTUAIS TRIBOS AFRICANAS VIVENDO EM ESTADO PRIMITIVO

Foto de Hans Silvester, como todas as restantes (esta da obra “Natural Fashion”)

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Uma ancestral arte assim como primitivos adereços corporais são praticados por duas tribos nómadas - Surma e Mursi – que, actualmente, partilham o vale do rio Omo, na África oriental, um triâgulo com uma área sensivelmente igual à da Bélgica que define uma fronteira entre a Etiópia, o Quénia e o Sudão, habitada por pastores e caçadores ainda em estado selvagem, longe da civilização e dos missionários, como dos centros decisores de Adis Abeba, Nairobi e Cartum, respectivamente.

Hans Silvester acompanhou e fotografou a espectacular e singular criatividade destas tribos durante seis anos, trabalho que corporizou numa obra intitulada «Natural Fashion: Tribal Decoration from Africa - Peoples of the Omo Valley», publicada pela editora britânica “Thames & Hudson” em Fevereiro de 2008.

Natural Fashion (1)
Natural Fashion (2)
Natural Fashion (3)
Natural Fashion (4)
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Aliás, já antes o fotógrafo e autor alemão, nascido em 1938, editara uma outra obra - «Les Peuples de l'Omo» -, em 2006, impelido pelo mesmo ânimo de
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Les Peuples de l’Omo (1)
extasiado encanto pela exuberante manifestação artística das mesmas distantes e rudimentares tribos da África mais profunda e mais ignota. Aliás, pela mesma altura (SET a NOV de 2006), fez uma exposição em França, no Château-Musée de Boulogne-sur-Mer, que intitulou “Les Tribus de l'Omo”.

Les Tribus de l’Omo (1)

Les Tribus de l’Omo (2)

Les Tribus de l’Omo (3)

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Acerca desta sua prolongada e extraordinária experiência, o próprio Hans Silvester explica: “os homens e mulheres usam os corpos como um espaço de expressão artística”.

Na verdade, raízes, folhas, frutos e flores – tudo o que a natureza prodigamente oferece – são os naturais e bizarros adereços que emolduram as suas pinturas corporais.

Até os pigmentos usados nessas pinturas são igualmente “encontrados na natureza, como pedras em pó, barro, frutos vermelhos e plantas”.
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Les Tribus de l’Omo (4)

Les tribus de l’Omo (5)

Les Peuples de l’Omo (2)
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Aliás, para além das obras atrá referidas o fotógrafo alemão tem apresentado os seus trabalhos em diversas exposições.
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A natureza, na verdade, no seu feérico espectáculo, contagia a imaginação e a criatividade do homem, conquanto primitivo. Ou até no mundo dito civilizado, como acontece com os poetas e outros espíritos sensíveis.
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Terminado que já tinha a recolha de dados sobre Hans Silvester, para esta postagem, eis que descubro na Net, no site Galerie La Maison-près-Bastille, uma maior profusão de fotos suas que pode encontrar
aqui ou aqui.
Assim como uma referência a algumas das suas exposições individuais ou colectivas como se pode constatar nesta página do mesmo site.
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O nosso planeta - uma vez mais se constata – está ainda longe de ser um habitat condigno para a espécie humana e merece muito maior atenção, carinho e protecção do que a que lhe dispensam a maioria dos seus obtusos e gananciosos “condutores”.
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domingo, 12 de abril de 2009

VERTIGO: CONCERTO E CAMPANHA HUMANITÁRIA


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Temos aqui um registo de um dos momentos altos da “Vertigo Tour 2005”, dos U2, o concerto ao vivo de 10 de Maio desse ano, data dos 45 anos de Bono, em Chicago, com mensagem humanitária para o Mundo.
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A tournée Vertigo foi a segunda maior digressão de toda a carreira dos U2, cobrindo toda a América (do Sul e do Norte), Europa, Oceania, Japão e terminando no Havai, ou seja, desde Março de 2005, em San Diego, até 9 de Dezembro de 2006, em Honolulu.
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Nesta digressão os U2 optaram por um palco que se manteve fiel ao grafismo do album “
How to Dismantle an Atomic Bomb” constituído por uma elipse (o B-stage) e por um círculo central onde a banda se encontra durante a maior parte de cada concerto.
A mesma digressão teve outros momentos marcantes com os concertos em Milão e em Lisboa (o primeiro por ter ficado gravado em DVD e o segundo por ser o culminar da digressão da banda pela Europa) e, por fim, o concerto em Honolulu, em Dezembro de 2006, repito, por ter sido o fim de quase dois anos de intensa explosão musical.
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A banda irlandesa de rock U2 formou-se em 1976 e é integrada por Bono (Paul David Hewson, 1960) como vocalista e guitarrista, The Edge (David Howell Evans, 1961) na guitarra, piano, voz e baixo; Adam Clayton (1960) no baixo e guitarra; Larry Mullen Jr. (1961) na bateria.
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Os U2 são uma das mais populares bandas de rock do mundo desde a década de 80. Os seus concertos são únicos e um verdadeiro festival de efeitos especiais, além de serem uma das bandas que mais receitas arrecadam anualmente.
Além da componente musical, eles são também conhecidos pela sua participação activa em causas políticas e de defesa dos menos favorecidos, em especial o líder da banda, Bono. Bono, activista pelos direitos humanos e contra a pobreza, tem participado incansavelmente em várias campanhas e apelado a líderes de todo o mundo (na época a que este vídeo se reporta, sobretudo aos então presidente dos EU e primeiro-ministro britânico) com o objectivo de obter apoio na sua luta contra a fome, sobretudo nos países mais pobres.
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Essa "obsessão" de Bono quase levou à dissolução dos U2, em determinada altura, porém isso foi ultrapassado e ele conta actualmente com o apoio dos membros do grupo na sua causa.
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(Informação colhida e adaptada da Wikipédia)


.VERTIGO...U2: mensagem

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sábado, 11 de abril de 2009

COINCIDÊNCIAS


Consta que o Zé, o Pedro e o Zé Manel pertencem a esta família dos 'aiolopus thalassinus'


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Ontem Graça Franco discorria, em coluna de opinião do Público, sobre os “políticos gafanhotos”.
Nessa mesma edição falava-se, com largo destaque, de Durão Barroso, de Santana Lopes e de Sócrates.
Coincidências.


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sexta-feira, 10 de abril de 2009

“A PROPÓSITO DE PÁSCOA”

Compasso,
tradição e espírito
que em meios mais pequenos do país se procura preservar

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Uma nota curiosa que recebi de um amigo, mas sem identificação do autor do texto. Texto que trazia anexos os dois vídeos abaixo.
E porque é curioso – ainda que não constitua novidade – e porque o saber não ocupa lugar… Aí deixo a matéria – para uns recordarem e outros, eventualmente, conhecerem.
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A propósito de Páscoa e de outra festividade celebrada pela igreja de Roma, o Natal…
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«… Acrescento que só no século II da nossa era, quando a igreja católica se organizou hierarquicamente e surgiu o primeiro Papa é que a doutrina foi fixada. Claro que não podiam aceitar que se soubesse as origens pagãs de todos os seus conceitos. Nem sequer se sabe ao certo o dia em que nasceu Jesus, mas a Igreja estabeleceu o dia 25 de Dezembro, em grande parte com base na tradição que aqui [num vídeo abaixo] vem explicada. Também não aceitam a descoberta, numa gruta do alto Egipto, em meados do século XX dos Evangelhos apócrifos, que ensinam um outro tipo de cristianismo muito mais puro e espiritual e que foi beber as suas origens no neoplatonismo, no orfismo e no pitagorismo. Estão guardados na Biblioteca de Nag Hammadi. Não são reconhecidos nem por católicos, nem por evangélicos, nem pelos judeus e são objecto de grandes estudos e controvérsia. Quem os adoptou foram os cristãos gnósticos, considerados como seita e perseguidos.
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Quem foi um profundo conhecedor de tudo isto e se considerava cristão gnóstico, oposto a todas as igrejas organizadas e sobretudo à de Roma (cito de cor), foi Fernando Pessoa. É espantoso não é? Ele foi um grande conhecedor e estudioso da filosofia hermética, da cabala, da numerologia, da maçonaria, de outras sociedades secretas e de astrologia. Aos 20 anos já tinha inventado um heterónimo: Rafael Baldaia, o astrólógo.
Na arca apareceram milhares de documentos de astrologia, que têm sido estudados pelo nosso mais famoso astrólogo português actual. Fez cartas astrológicas e cálculos que muito poucos astrólogos no mundo actual conseguem fazer. E pensar que ele faz tudo de cabeça, sem calculadora nem computador.
Previu o ano exacto da sua morte.
O homem era um génio!»
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E os anexos:
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Deus SOL e Jesus Cristo - Parte 1 –

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que continua em
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Deus SOL e Jesus Cristo - Parte 2 –

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E porque vem a propósito, os meus votos de uma Boa Páscoa.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

POPULAÇÕES AFRICANAS, AS ETERNAS VÍTIMAS




Uma chamada da primeira página do Público de ontem rezava:

«A farmacêutica Pfizer vai pagar 55 milhões de euros ao

estado nigeriano de Kano e às famílias das 11 crianças mortas

e das 180 crianças afectadas pelo ensaios de um medicamento,

o Trovan, em 1996.

O acordo entre as duas partes obriga a empresa

a pagar a reconstrução do hospital

onde decorreram os testes.»

Mas, mais adiante, vinha uma melhor explanação do assunto:
«O Estado de Kano, no Norte do país, processou a Pfizer e exigiu uma indemnização de aproximadamente 1500 milhões de euros. Por seu turno, o Governo Federal nigeriano abriu um processo civil de mais de 5190 milhões de euros por danos. O Governo admite retirar as acusações se as negociações em curso entre a Pfizer e o Estado de Kano chegarem a bom porto, revelou a BBC on-line.»

E pouco depois, prossegue a jornalista: «Uma fonte citada pela AFP afirmou que a Pfizer terá de pagar cerca de 26 milhões de euros às famílias das vítimas e 22 milhões de euros para a reconstrução do hospital onde decorreram os testes do Trovan. Os restantes sete milhões destinam-se a cobrir os custos legais suportados pelo Estado do Kano.»

Por fim, Catarina Pereira remata apontando o âmago da questão, em grande parte destas paragens, como é o da apropriação ilegal de fundos por pessoas ou entidades que não são os seus destinatários. A propósito lê-se: «"Existem ainda questões importantes que precisam de ser resolvidas antes do acordo final", disse a Pfizer ao Washington Post. Como impedir a apropriação ilegal destes fundos é um dos pontos a negociar, avançou a Reuters».
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Parece ser de admitir, liminarmente, que as experiências com cobaias humanas terão sido autorizadas ou com conhecimento das entidades políticas da Nigéria!

Aos países do continente africano (às respectiva populações, evidentemente) não lhes basta a sina de serem as mais atrasadas, pobres e discriminadas do planeta. Têm, ainda, em geral, a desdita de terem governos fantoches, desumanos e autocratas que se permitem, como parece ser o presente caso, negociar a vida dos seus governados a troco de gordas compensações monetárias que engrossam o caudal dos seus réditos pessoais, como acima se alude que as entidades pagantes desconfiam.
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Quando é que o mundo civilizado se ergue, com arrasante energia, para destronar e punir estes incivilizados tiranetes sem escrúpulos e sem sensibilidade?
Claro que a exigência primeira a fazer a tais actores é que não tenham telhados de vidro.
Naturalmente!
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HUM!!!...


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Cavaco Silva confirmou na Segunda-feira (dizia o Público de ontem) que a justiça lhe cheira mal, mas que tem o dever de reserva sobre a origem do pivete…
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terça-feira, 7 de abril de 2009

INSÓLITO? UMA AFRONTA, ISSO SIM!


«Qando a última árvore tiver caído,

quando o último rio tiver secado,

quando o último peixe for pescado,

alguns vão entender que dinheiro não se come».

(Greenpeace)

Não se trata de utilizar o engenho, a técnica, a arte e a inteligência do homem ao serviço da humanidade para seu benefício e geral bem-estar.


Trata-se antes de um excesso de que raríssimos podem beneficiar e para além das suas normais e atendíveis necessidades.


Raramente as expressões "luxo asiático" ou "história das arábias" podem ser empregues com tão grande propriedade. . .


Não digo que não fico impressionado!

Talvez, mesmo, esmagado!!!...

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Mas… . . Pasmem e reflictam!


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O Dubai é o segundo emirato em área e o primeiro em população dos sete Emiratos Árabes Unidos/EAU (sendo Abu Dhabi um dos dois mais conhecidos e o mais extenso. Os restantes são pouco conhecidos).


A cidade de Dubai é a mais populosa dos EAU, e existe como cidade desde 1830, tendo antes sido uma pequena aldeia de pescadores.

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Dubai (00)


Uma imagem da cidade de Dubai nos anos 60.


O xeque Mohammed bin Rashid al Maktoum (n. 1949) liderou a transformação deste reino de uma aldeola de pescadores em paraíso fiscal e capital mundial de uma extravagância “reluzente de excessos”.


Sheikh Mohammed (seu título honorífico) é o actual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emiratos Árabes Unidos, além de ser emir do Dubai.

Dubai (01)


Uma panorâmica da cidade em 1990.


Como se vê, no início da década anterior à actual Dubai pouco mais era que uma pequena cidade contornada por um imenso deserto. Note-se contudo, que desde já se perfila o traçado da enorme Sheikh Zayed Road, a principal avenida da cidade (comparar com as imagens 02, 03, 34 e 51).

.Dubai (02)

Escassos anos depois, em 2003, veja-se a acentuada diferença da mesma avenida e espaços adjacentes relativamente à foto anterior!
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Dubai (03)

Quatro anos depois, em 2007, é impressionante a ainda mais notória diferença da mesma avenida, e adjacências, relativamente às imagens precedentes


Dubai (04)

Esta imagem mostra bem a febril loucura da construção na cidade. Nela se concentram, então, entre 15 a 25% dos guindastes de todo o mundo!...
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Dubai (05)

Uma perspectiva da ultramoderna orla marítima da cidade que quase surgiu da noite para o dia.

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Dubai (06)

O boom de construção que este plano revela, em parte, aconteceu entre 2003 e 2008.
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Dubai (07)

Imagem de uma das célebres ilhas das Palmeiras.

Para a criação destas grandes ilhas foi usada uma nova tecnologia de dragagem holandesa.

Trata-se das maiores ilhas artificiais do mundo e a sua forma pode ser melhor apreciada do espaço.

Serão “construídas” três destas Palmeiras, sendo a última a maior delas.

....Dubai (08)

Antevisão de outra Palmeira e de outro luxuoso resort; uma vez concluído, o resort terá 2.000 luxuosas vivendas, 40 hotéis de luxo, shopping center, cinemas, e muitas outras instalações - tudo para uma população que se estima em cerca de 500.000 pessoas.

Anuncia-se que será visível da Lua.

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Dubai (09)

Mas há mais, em matéria de resorts, para além das ilhas das Palmeiras. Como, por exemplo, este conjunto de 300 ilhas, também artificiais, que, vistas do espaço, formarão um mapa-múndi. Cada ilha terá um módico custo calculado em entre 25 e 30 milhões de dólares!

Este arquipélago será designado por “The World” .
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Dubai (10)

Imagem do Burj al-Arab – igualmente situado numa ilha artificial – que, no mundo, será o único hotel de 7 estrelas, o mais alto e mais luxuoso.
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Dubai (11)
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Este será o Hydropolis: o primeiro hotel subaquático do mundo. Completamente construído na Alemanha espera-se que seja depois aqui montado, durante o ano de 2009, sob as cálidas e serenas águas do mar.
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Dubai (12)
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The Burj Dubai (ou seja, "A Torre de Dubai"). Com os seus mais de 800 metros de altura, será o segundo edifício mais alto de mundo (depois do Al Burj – imagem 14)
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Dubai (13)
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Antevisão do centro da cidade dominado pela silhueta do Burj Dubai, que vimos na imagem anterior.
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Dubai (14)
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Antevisão do Al Burj, a edificação mais alta do mundo, com 1200 metros, que se prevê concluída em 2010. Será três vezes mais alta que o Empire State Building.
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Dubai (15)
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Por falar de edifícios marcantes desenvolvidos em altura, veja-se “A Torre” (Al Burj) em comparação com outras torres famosas do mundo.
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Dubai (16)
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Antevisão do Burj al Alam (ou The World Tower ou Torre do Mundo) que será o hotel mais alto do mundo, com 501 metros, cuja conclusão se prevê para 2010.
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Dubai (17)
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The Trump International Hotel & Tower que será o centro de uma das palmeiras: The Palm Jumeirah.
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Dubai (18)
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O Dubailand, de que se mostra aqui uma antevisão parcial, será duas vezes maior do que o actual maior parque de diversões do mundo, o Walt Disney World, em Orlando, USA
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Dubai (19)
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Outra perspectiva, também parcial, do projecto do mega parque de diversões da cidade de Dubai (Dubailand)
O Dubailand ocupará uma área de mais de 277 Km2 ou seja, mais de 27 ha (o que equivalerá a cerca de 3 vezes a área da cidade de Lisboa). Prevê-se que o Dubailand venha a custar 20 mil milhões de dólares. Aí se irão implementar 45 mega projectos e outros 200 projectos menores.
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Dubai (20)
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Outra perspectiva da antevisão do Dubailand
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Dubai (21)
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O Dubailand albergará, ainda, uma cidade desportiva, de que se apresenta, aqui, um dos conjuntos de parques, quer em recintos abertos seja em espaços fechados.
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Dubai (22)
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Dubailand, de novo – uma das grandes apostas de todo o complexo, já que se prevê que seja maior destino turístico do mundo com cerca de 200 mil entradas diárias.
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Dubai (23)
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Desta vez uma antevisão da marina; quando terminada esta área, nela se situarão mais de 200 altos edifícios.
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Dubai (24)
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Uma vez mais Dubailand, agora para apresentar o Ski Dubai.
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Dubai (25)
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E as surpresas não param: agora a lagoa e as torres exóticas.
Dubai Towers, esta a designação, será um conjunto de apartamentos, escritórios e hotéis com edifícios de 57 e 94 andares. A maior das torres pode chegar até 400 m de altura.

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Dubai (26)
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Dubai Towers dum outro ângulo.
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Dubai (27)
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Uma das ilhas do arquipélago 'O Mundo' (vista relacionada com a imagem 09)
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Dubai (28)
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Um pormenor da cidade, de acordo com os novos projectos.
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Dubai (29)
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Outro pormenor da zona ribeirinha da extravagante cidade do Golfo, grande parte ainda em projecto.
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Dubai (30)
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Já que excêntrica, aí está a arquitectura dinâmica (torres ‘semoventes’).
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Dubai (31)
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Mais um pormenor do exotismo de Dubai que apostou transformar-se numa das cidades mais sofisticadas do mundo. Em matéria de hotéis promete estar à frente de todas as mais. Este sumptuoso hotel de 7 estrelas terá 28 andares, 2 florestas, spa, galeria de arte e um restaurante abaixo do nível do mar. O Aperiron – assim se chama - será erguido a 300m da costa e só terá acesso por barco ou helicóptero.
Até então, o único hotel do mundo, tão “estrelado”, era o Burj al-Arab (imagem 10)
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Dubai (32)
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Uma outra vista da Sheikh Zayed Road, da megalómana cidade do Golfo.
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Dubai (33)
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Vista aérea de uma 'palmeira'. São três as ilhas das Palmeiras e são as maiores ilhas artificiais do globo.
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Dubai (34)
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Uma perspectiva da Palmeira Jumeirah, a maior e a mais importante das três grandes ilhas artificiais - (cfr com imagem 17, acima)
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Dubai (35)
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A cidade de inenarráveis e arrojados projectos, conta também com este centro de ciência espacial
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Dubai (36)
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Novos exemplos de edifícios de sumptuosa e chocante extravagância na zona ribeirinha da cidade
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Dubai (37)
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Uma vista geral do Aeroporto Internacional Central, o que logo deixa antever tratar-se de um dos aeroportos da cidade. Este aeroporto está projectado, como não podia deixar de ser, para constituir o maior (em área) e provavelmente o mais movimentado do planeta.
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Dubai (38)
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Uma vista do 'free shop' de um dos terminais da aerogare do aludido Aeroporto Central
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Dubai (39)
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Uma outra panorâmica da aerogare do mesmo aeroporto e de um dos seus terminais
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Dubai (40)
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Uma perspectiva de uma pequena parte da cidade desportiva da cidade
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Dubai (41)
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Uma antevisão das torres dançantes
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Dubai (42)
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Imagem virtual de torres e arranha-céus rompendo as nuvens
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Dubai (43)
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Uma amostra da afluência de tráfego automóvel na cidade e uma prova de que esta não será, pelos vistos, um modelo em matéria de regulação desse tráfego …
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Dubai (44)
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Se espaço é uma coisa que não falta em Dubai, pois o mesmo se reflecte nos inúmeros estacionamentos. Aqui um exemplo de estacionamento e, por mera coincidência, de uma das gamas de ‘utilitários’.
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Dubai (45)
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As maiores cadeias de hoteis do mundo estarão aqui representadas, como será evidente. Mas há as cadeias específicas do emirato de que temos aqui um exemplo, a cadeia “Dubai Pearl” e uma das suas unidades.
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Dubai (46)
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Outra unidade da mesma cadeia Dubai Pearl. E este é outro expoente da arquitectura exótica do Dubai, que será construido em frente ao Palm Jumeirah. Dentro do complexo haverá um hotel de 5 estrelas, balneário, teatro, residências, centro comercial. Mas, mais: todos os lugares, inclusive as ruas (!!!), terão ar condicionado (lembrando que o calor excesivo é o único problema do lugar).
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Dubai (47)
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O risco da ópera já foi qualificado de “projecto monstruoso”. Não, claro, para a arquitecta Zaha Hadid, que sempre atraiu os “holofotes” do mundo com os seus projectos "irreverentes".
A Opera House de Dubai - inspirada nas areias do deserto - tem escola e galeria de arte, auditório com capacidade para 2.500 lugares e, seguindo as exigências extravagantes da região, um hotel 6 estrelas.
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Dubai (48)
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Nova vista do aeroporto Central, desta feita de um dos seus concorridos terminais
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Dubai (49)
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O metro da cidade. O sistema de Metro, uma vez terminado, e como é de esperar, será o maior sistema ferroviário completamente automatizado do mundo
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Dubai (50)
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Um outro hotel e respectivo centro comercial
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Dubai (51)

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A Sheikh Zayed Road (a mais importante e concorrida avenida da cidade) à noite. Trata-se da mais famosa e maior avenida, paralela à costa da cidade. Antigamente era conhecida como Trade Centre Road, mas na década de 90 o nome mudou para homenagear o antigo presidente dos EAU, o Xeque Zayed bin Sultan Al Nahayan.
Esta avenida acolhe muitos dos mais famosos arranha-céus da cidade, como por exemplo o Burj Dubai e as Emirates Towers, entre muitos outros.
As Emirates Towers são um complexo da qual fazem parte a Emirates Office Tower e a Emirates Towers Hotel, são um símbolo da cidade de Dubai. O complexo das Emirates Towers é fixado em mais de 570,000 m² (42 acres) de jardins, com lagos, cachoeiras e áreas públicas. A imagem destas duas torres pode ver-se na imagem 28.
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Dubai (52)
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Uma vista geral da cidade. Esta imagem é bem elucidativa quanto ao plano da cidade: os projectos megalómanos e de chocante sumptuosidade desenvolvem-se, sobretudo, na respectiva zona ribeirinha.
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Vogava eu, há semanas, pelo ciberespaço na descoberta do virtual e escandaloso paraíso que a alta finança associada à especulação imobiliária desenfreada se propunham desenvolver para pasmar turistas e homens de negócios no Dubai, quando, de todos os quadrantes se agravava, alastrava e estalava a crise…

Por outro lado…
Por mais que quisesse prender-lhe as asas, o meu pensamento não perdia de vista que em cada 3 segundos e meio morre um ser humano à fome, o que dá uma média diária de mais de 24 000, sendo que cerca de metade desse número são crianças!

Aliás, a crueza das estatísticas confirmam ainda que:
- há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
- 1,3 mil milhões de pessoas no mundo não dispõe de água potável.
- Uma pessoa a cada sete sofre de fome no mundo.
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[Não consigo deixar de imaginar certos cidadãos do 3º (4º e 5º?) mundo espiando sobre o meu ombro estas maravilhas...
Não com certa raiva... (que já não têm força para isso)... mas com a resignação dos desventurados...]


criança africana profundamente subnutrida
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«Oficialmente as utopias estão mortas, mas a realidade que as alimentou e justificou durante séculos continua bem viva. As desigualdades em todo o mundo, desde o "triunfo" do liberalismo nos anos oitenta, são cada vez maiores. O esbanjamento de recursos nos países mais ricos está a conduzir a humanidade para a sua própria extinção.»
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«Centenas de milhões de pobres e famintos em todo o mundo apelam à solidariedade de todos aqueles que se afogam no consumismo e no desperdício.»
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(para mais informação cfr CONFRONTOS)

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Entretanto, cai, como uma bomba, a notícia nas redacções:
DUBAI...O SONHO ACABOU

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The New York Times dá-nos conta, num despacho de Robert F. Worth, datado de FEV último, de um relato, com base numa experiência pessoal, da situação que se vive no Emirato.

Pode ver a notícia no original, aqui, ou pode ver uma tradução, em pt-br, aqui

Da notícia destaco uma passagem muito ilucidativa:
“O Palm Jumeira, um complexo imobiliário construído em uma ilha artificial, estaria afundando, e diz-se que só baratas saem das torneiras dos hotéis lá construídos”. (ao complexo referido alude a imagem 34 acima)

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TERÁ SIDO O SONHO QUE SE ACABOU OU A AFRONTA QUE FOI SUSTIDA?

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