segunda-feira, 13 de abril de 2009

EXPRESSÕES ARTÍSTICAS EM ACTUAIS TRIBOS AFRICANAS VIVENDO EM ESTADO PRIMITIVO

Foto de Hans Silvester, como todas as restantes (esta da obra “Natural Fashion”)

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Uma ancestral arte assim como primitivos adereços corporais são praticados por duas tribos nómadas - Surma e Mursi – que, actualmente, partilham o vale do rio Omo, na África oriental, um triâgulo com uma área sensivelmente igual à da Bélgica que define uma fronteira entre a Etiópia, o Quénia e o Sudão, habitada por pastores e caçadores ainda em estado selvagem, longe da civilização e dos missionários, como dos centros decisores de Adis Abeba, Nairobi e Cartum, respectivamente.

Hans Silvester acompanhou e fotografou a espectacular e singular criatividade destas tribos durante seis anos, trabalho que corporizou numa obra intitulada «Natural Fashion: Tribal Decoration from Africa - Peoples of the Omo Valley», publicada pela editora britânica “Thames & Hudson” em Fevereiro de 2008.

Natural Fashion (1)
Natural Fashion (2)
Natural Fashion (3)
Natural Fashion (4)
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Aliás, já antes o fotógrafo e autor alemão, nascido em 1938, editara uma outra obra - «Les Peuples de l'Omo» -, em 2006, impelido pelo mesmo ânimo de
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Les Peuples de l’Omo (1)
extasiado encanto pela exuberante manifestação artística das mesmas distantes e rudimentares tribos da África mais profunda e mais ignota. Aliás, pela mesma altura (SET a NOV de 2006), fez uma exposição em França, no Château-Musée de Boulogne-sur-Mer, que intitulou “Les Tribus de l'Omo”.

Les Tribus de l’Omo (1)

Les Tribus de l’Omo (2)

Les Tribus de l’Omo (3)

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Acerca desta sua prolongada e extraordinária experiência, o próprio Hans Silvester explica: “os homens e mulheres usam os corpos como um espaço de expressão artística”.

Na verdade, raízes, folhas, frutos e flores – tudo o que a natureza prodigamente oferece – são os naturais e bizarros adereços que emolduram as suas pinturas corporais.

Até os pigmentos usados nessas pinturas são igualmente “encontrados na natureza, como pedras em pó, barro, frutos vermelhos e plantas”.
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Les Tribus de l’Omo (4)

Les tribus de l’Omo (5)

Les Peuples de l’Omo (2)
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Aliás, para além das obras atrá referidas o fotógrafo alemão tem apresentado os seus trabalhos em diversas exposições.
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A natureza, na verdade, no seu feérico espectáculo, contagia a imaginação e a criatividade do homem, conquanto primitivo. Ou até no mundo dito civilizado, como acontece com os poetas e outros espíritos sensíveis.
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Terminado que já tinha a recolha de dados sobre Hans Silvester, para esta postagem, eis que descubro na Net, no site Galerie La Maison-près-Bastille, uma maior profusão de fotos suas que pode encontrar
aqui ou aqui.
Assim como uma referência a algumas das suas exposições individuais ou colectivas como se pode constatar nesta página do mesmo site.
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O nosso planeta - uma vez mais se constata – está ainda longe de ser um habitat condigno para a espécie humana e merece muito maior atenção, carinho e protecção do que a que lhe dispensam a maioria dos seus obtusos e gananciosos “condutores”.
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4 comentários:

José Ricardo Costa disse...

Verdadeiramente sensacional. Uma mistura de maquilhagem com pintura. Obrigado por esta descoberta sensacional!

JR

aminhapele disse...

Lindíssimo!

RôPenna disse...

Maravilhoso!! Quero mostrar aos meus alunos que civilizações primitivas podem ter uma sensibilidade estética tão apurada quanto as ditas contemporâneas. Trabalho fantástico. Parabéns!

Anónimo disse...

Absurdamente maravilhoso! O primitivismo das pinturas e dos adereços dialogam perfeitamente com os elementos mais sagrados da pintura primitivista.

 

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