sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ESTE GOVERNO FAZ LEMBRAR CERTOS FIGURÕES…

Este governo faz lembrar certos figurões… Que só crescem para os mais pequenos e mais fracos!




Pode lá conceber-se e admitir que parte da marabunta tenha o descaro de auferir mais de 1350 euros brutos por mês!

É bem feito que paguem com língua de palmo tão gordas reformas, esses mexias e catrogas que têm 1400 e 1500 euros por mês!
Uma pouca vergonha!

Trabalharam arduamente uma vida e descontaram em conformidade?
“Que se lixem” – Passos dixit.





Não pode deixar de haver borbulha: natural que as forças armadas e militarizadas estejam a congeminar juntar-se ao povo…

Há que correr com esta gajada insolente e incompetente.
(Tento não me passar dos carretos, mas o travão começa a falhar).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

NÃO. NÃO SOU DE INTRIGAS…





Desculpem a repetição, mas é oportuna. 
(O rapaz é um bocado distraído)


Já tinha visto – mas muito perfunctoriamente - e tinha achado boa peça… Eis senão quando recebo uma chamada de atenção, por mail, sobre o assunto.
Vale a pena ver.
Alguém “fez a folha” ao rapaz… Muito bem feita.
Reparar sobretudo nas surpreendentes (?) notas.

Antes que a criatura – ou alguém a seu mando – altere a matéria… Não perca. Se ainda estiver igual. E na afirmativa, enquanto estiver. (Há um minuto atrás ainda lá estava)
Veja só! Que maravilha.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

O MINISTRO E O JAGUNÇO



imagem do kaos

imagem da net






Parece haver algo de comum entre elas, mas numa pequena reflexão a que fui conduzido, encontrei entre as duas actividades um ponto muito importante que as afasta de qualquer eventual comparação: a de (certo) ministro e a de “jagunço” - a designação mais comum dos arrumadores de automóveis que enxameiam a cidade.

Só os venenosos e mal intencionados encontram paralelo entre as duas actividades.

Aproveitando uma pausa nos meus afazeres, saí para tomar uma bica.
Quando estava perto do café vejo um rapaz um bocado “mal acabado” que, ia andando e com o braço esquerdo esticado para o lado, subindo e descendo, e com o direito sempre a dar-a-dar num movimento pendular da direita para a esquerda e vice-versa. Que entra no café.

Ao entrar na pastelaria foi com dificuldade que me desviei do indivíduo. Por pouco não levava uma pancada em zona bem sensível do corpo (do braço que pendulava) e um estaladão do braço que, inopinadamente, estica a meia altura.

- “Desculpe lá, ó patrãozinho. Eu não queria pretubá-lo. Mas sabe, a bem se dezer, eu sofro duma doença professional…” - diz-me ele, prevenindo qualquer reacção da minha parte.

Vi logo do que se tratava. E mortinho estava eu por ter dois dedos de palestra com um destes solícitos e indispensáveis arrumadores. Só que, na operação de arrumar o carro, eu não queria fazer essa abordagem: não gosto de perturbar as pessoas quando estão a trabalhar.

- Ó amigo, está desculpado - respondi. Mas falou em doença profissional, foi?
- “Foi. Pois atão se é doença que s’apanha no inxercício da actividade profssional…”
- Ah! Entendo… Mas…
- “Oiça, patrão – interrompeu ele – não quer tomar um cafezinho cá co Abílio? Eu cá bebo um bagacito e como uma bola de Berlim: tou no entervalo do almoço e ando de dieta. O patrão peça o que quiser. Quem paga desta vez é cá o rapaz.”

Tantos bagaços, cafés, bolas e queques já paguei… que resolvi aceitar esta generosa oferta.

- Ó amigo, não quero desconsiderá-lo. Claro que tomo um café.
- “Ora assim é qu’é falar, patrãozinho. Vou já provenir o mangas que serve aqui…”

Sentei-me. O tipo lá continuava com os movimentos dos braços. Desta vez só um deles, aquele que descreve o movimento pendular.

O Abílio sentou-se, também. A mesa era individual e encostada à parede. O meu anfitrião, digamos assim, em vez de se sentar à minha frente, sentou-se ao meu lado. E com o braço do lado oposto àquele em que eu estava, com esse braço sempre a dar-a-dar, agora para a frente e para trás.

- Mas dizia o meu amigo…
- “Abílio, já lhe dince…”
- Desculpe. Dizia então o Abílio que tem uma doença profissional…
- “Inxato! As mazelas que s’arranjam no trabalho não são doenças prufseonais?”
- Sim, geralmente…
- “Claro que sim. Já m’informei na AZAR: é doença prufssional. Ali, preto no branco.”
- Na azar, disse? Ou no azar?
- “Na AZAR: é qu’é a nossa ordem… Primeiro tivemos um sendicato. Atão era o AZAR. Agora é uma ordem: e é a AZAR.”
- …
- “Mas eu esclareço: AZAR é o nome da nossa ordem. E signefica: Arrumadores Zelosos Atentos e Responsáveis…
- Oi, mas isso é a sério…
“Nim mais, pois atão! Quem enventou o nome foi um artista q’andou aí depois duns dias d’apredezagem, que fez um curso como os menistros agora fazem: num abrir e fechar d’olhos…”
- Então é complicado entrar nessa actividade, é?
- “Claro! Isto não é pra q’alquer… Segundo os nossos estatutos temos de ter um curso de uma semana e meia e um estágio de dois meses…
- …!!!
- “Ah, pois! Não é assim à balda, como se fossemos pró governo… Lá, agora!
É um curso de semana e meia, mas no duro. São uma porrada d’horas só com dois entervalitos (pra um copo, uma cigarrada ou um chuto).
É que as cadeiras (é assim que se diz, não é?) são várias (eu leio pra não atrapalhar):
. Estatística do Parque Automóvel
. Sociologia Urbana
. Técnicas arrumatórias
. Relações com os clientes
. Ética do Arrumador
. Arrumatologia I
. Arrumatologia II
. Normas para a abordagem dos clientes normais
. Normas para a abordagem dos clientes difíceis
. Normas para a abordagem dos clientes assim-assim
. Técnicas de defesa dos concorrentes (artes marciais ou similares)
. Regras de trânsito que o arrumador pode (em certos casos) ignorar
. Cálculo (de honorários)
. Princípios de direito comunitário (internacionalização dos arrumadores)
. Noções de História da actividade arrumatória
. Noções básicas de saúde: síndrome do enjeitado
“É um curso entensivo
Isto depois de Bolonha…”
- O meu amigo…
- “Abílio, já lhe dince”
- Desculpe: o Abílio fala que nem um doutor…
- “Mas, oh patrãozinho! Eu tenho de saber dezer estas coisas do meu ofício, n’é assim?”
- Claro, claro.
- “Atão é assim: antes de Bolonha era munta defícil o curso. Tão defícil que havia poucachinhos arrumadores: de canudo e boné.
Agora com dois anos de prática temos uma porrada de créditos (isto é qu’é falar, n’é patrãozinho?) e só temos de fazer duas desceplinas: Arrumatologia I e Técnicas de defesa dos concorrentes. Já qu’a um mnistro deram tantos créditos (sei lá, alguns 350), qu’ele só precisou de fazer uma desceplina, e mesmo essa foi na secretaria, o nosso bastonário também exegiu o mesmo pr’a gente…”
- !...
- “Mas com inzame a sério e defícil pra caramba. O inzaminador é um arrumador batido, com anos de prática. Se tivermos quatro anos de prática os créditos são muitos mais: só temos de fazer inxame de Arrumatologia I, mesmo qu’agente não queira. Não basta falar c’a secretaria, com’o tal menistro que diz que é doutor.
Tudo legal, como o patrão vê. Não é aquela bandalheira dos mnistros que querem ser doutores à força …”
- …
- “Estamos a preparar uma acção de luta para a nossa actividade ser considerada de utilidade pública e para aumentar a nossa tabela de um euro por cada carro, para dois euros… No mínimo…”
- !
- “Atão não é para todos que aumenta o custo de vida?”
- Tem razão – achei melhor concordar. Olhe, amigo…
- Abílio…
- Olhe, Abílio, gostei desta palestra. E tem razão: os ministros deviam pôr os olhos em vocês e fazer tudo como deve ser…
- “Inxato”
- Agora, se me dá licença, vou à minha vida.
- “Por favor, patrãozinho. Tamém gramei este papo. Eu ia pagar… Mas s’o patrãozinho fezer questão em fazê-lo… Na s’acanhe. Qu’eu até me esqueci do pilim no carro…”
-!!!
- “Claro que tenho uma banheiroca barata. Com a folha que faço todos os dias, à volta dos 50, 60 euros (qu’isto aqui é tudo gente de bago…) dá pra um chutito e umas curvas…”
- …
-“Adeus, patrãozinho”. Isto tá bom não é pr’a gente. É p’r os chicos-espertos que chegam a mnistros, como esse que veio lá de Tomar…






domingo, 15 de julho de 2012

O EGO DA CRIATURA ULTRAPASSA TODAS AS BARREIRAS


imagem do Público de hoje


Centremo-nos apenas num, por ora: no, neste momento, mais mediático.
A pose não é do séc. passado, nem de há 30 anos. É de há escassos oito anos.
O recolhimento e a unção contrasta com a (aparente) dos demais.
Mesmo nesta circunstância o seu ego era o centro da acção.
Ele nem sequer procura aparentar nada.
Nesta altura – pelos vistos já esquecendo alguns preceitos e mandamentos da religião que se infere ser a sua – estava já mais preocupado com o seu futuro e trabalhava para ele com afinco… Fosse à custa do que fosse. Qual religião! Qual ética! Quais valores!

Coitado do moço!







quinta-feira, 21 de junho de 2012

O BRILHO DAS NOSSAS ESTRELAS



Raciocínios rápidos e brilhantes, quais relâmpagos

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O DESASTRE DO ENSINO…






Recebi este (bem tristemente) divertido naco de prosa por mail.

Estou em crer que, mutatis mutandis a matéria e a disciplina (disciplina, cadeira; da outra nada se sabe…), e o professor (geralmente, professora, o que não agrava nem desagrava coisíssima nenhuma) mas não mutatis mutandis nadinha no que respeita ao aluno (desculpem a comparação, mas ele, aqui é o mexilhão…), o problema é de todas as áreas do ensino…

(Os autores das reformas devem ganhar ao minuto e à palavra. E bem, só pode ser…)

Então oiçam. E desopilem: riam! (enquanto não for agravado por alguma taxa ou imposto…)

(Que tristeza de país…)



«A escritora Teolinda Gersão publicou ontem este texto no Facebook.


«Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles. Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.    Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa  Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.  No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum,o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento,e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.  No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.  No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?  A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)  Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou : a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero. E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros. E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.  João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática.»




terça-feira, 20 de março de 2012

AUMENTO SALARIAL?



Houve-se um eco de muitas vozes: O que será um salário?


(Luís Afonso/Público/Opinião/Bartoon/hoje)

quarta-feira, 14 de março de 2012

"TO BE OR NOT TO BE..."


correio do autor

Recebi por mail o texto que se segue como sendo o que Nicolau Santos escreveu, há meses atrás, no Expresso.
Como já estou como o macaco, não engulo, logo às primeiras, a autoria como tal.
E neste caso a busca demorou bem pouco.

Bom, este não é, realmente, o artigo do Nicolau Santos.
É uma - pelos vistos anónima - adaptação do artigo daquele jornalista.
Claro que gosto mais desta adaptação do que do original.
Mas a realidade - em matéria de autoria - é a realidade.

No seu próprio artigo, da Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011, o Nicolau Santos/NS ainda consegue (apesar da tal raiva a nascer-lhe nos dentes) estar de papillon. No que lhe atribuem ele já está esgargalado, papillon fora, camisa aberta e com a tal força a cresce-lhe nos dedos... Mas logo volta à placidez que sempre caracterizou os nossos brandos costumes.

O Nicolau Santos de certeza que vai ler o artigo que dizem que ele escreveu para o Expresso e aposto que vai ter inveja deste, e com raiva acrescida por não lhe ter saído este da pena, ou por não ter sido capaz de o escrever.
Por sinal até os títulos são diferentes.

Digamos que ao artigo do NS - numa escala como a do meu tempo, de 0 a 20 - eu daria 11 valores. Neste que lhe atribuem eu daria 21! (Sim leu bem: rebentava a escala).
O artigo do NS não passa de um tímido e angelical desabafo ao pé do justíssimo e truculento texto incógnito que alguns lhe atribuem. Tomara ele. E eu.

Pois bem: o original é este.
O apócrifo, o que se segue:



DEMITA-SE, SR. PRIMEIRO-MINISTRO – Nicolau Santos


Senhor Primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor Primeiro-ministro. Só me apetece rugir!…
            O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!
            Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria. Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem e aos agricultores para não cultivarem. O resultado, foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transaccionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O déficite é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho predilecto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?
            Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o carácter excessivo dessas medidas. Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excepcional, o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.
            Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficite ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficite? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?
O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes (!!!) superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro.
Outro exemplo: as parcerias público-privadas, grande sugadouro das finanças públicas.
Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou. Estaria horas, a desfiar exemplos e Você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!
            Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração. Genuína ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projecto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.
            Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.




quarta-feira, 7 de março de 2012

AMOR CANALHA E CIÚME DESBRAGADO



Os bonecos do “Kaos” são impagáveis. O máximo.
E a sua crítica fere mais que a faca mais afiada. Crítica feroz, agressiva mesmo. Mas merecida.
Antes d’ontem, para além do texto depreciativo e contundente, acerca do momento político (ver aqui), deixa o boneco que aqui reproduzo.





Um abraço, Kaos. És, de facto, um génio




quinta-feira, 1 de março de 2012

"VELHO, VELHO, VELHO DOS TEMPOS DA UNIÃO NACIONAL"




A deputada Ana Drago, há tempo, teve uma intervenção na AR em que, para dizer quase tudo o que tinha a dizer ao deputado social-democrata Duarte Marques, nem teve tempo para respirar.

Sem gaguejar e deixando a criatura com o ar mais… Como dizer… Mais… (se eu não fosse uma pessoa educada diria mais enrascado. Como sou não digo)… Mais… encabulado e aflito (vá, que é mais soft!) que se pode imaginar.

Lembrou-lhe, por exemplo, que “o PSD criou a geração mais precária e agora tira direitos às gerações mais velhas”. Lembrou, não, ensinou-lhe (sim, que ele, quando o PSD criou a geração precária, era ainda de colo…)

Cantou-lhas (quase) todas.
A criatura, o sobredito Duarte Marques, é o novo chefe dos jovens sociais-democratas e é vice-presidente da Juventude Popular Europeia. (Da juventude popular europeia, não sei se me entendem).
E não é que para terminar ela referiu a “plástica” da criatura, que apesar dos seus verdes trinta anos é “um velho, velho, velho do tempo da União Nacional?”.

Abençoada Ana Drago.

Ele, coitadito, ficou a cuspir fininho (desculpem, mas o nojo faz-me ser vernáculo), entupido de todo.

Aposto que o mocico não vai esquecer mais, na vida, este incidente!

Ah! Falta dar a palavra a Ana Drago. Aí vai.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DAS “SEBENTAS” AO DICIONÁRIO DOS “ISMOS”



I.
«O Nobel contra a política de austeridade vai ser homenageado por três universidades

Paul Krugman, Nobel da Economia em 2008, vai receber dos Reitores das Universidades de Lisboa, Técnica de Lisboa e Nova de Lisboa o grau de Doutor Honoris Causa


imagem do Público


Discurso de Krugman Segunda-feira vai ser sobre a economia na crise
Nobel esteve em Lisboa a convite do Governo em 1976» - lia-se no Público de ontem, que acrescentava:
“Dois anos após o 25 de Abril e dois anos antes da primeira intervenção do FMI, Paul Krugman, então um jovem estudante de doutoramento no MIT [Massachusetts Institute of Technology], visitou Portugal a pedido do Governo para, em conjunto com outros colegas, aconselharem o país na condução da sua política económica.”
Tratou-se de uma experiência “marcante” e inesquecível para o jovem Krugman, pois demonstrou-lhe que nem sempre as teses dos teóricos têm aplicação prática no “terreno”. Ele próprio o confessou.
Em 1995 o célebre economista lembraria que aquando dessa sua visita “, “Portugal estava num caos considerável depois de uma revolução, e o grande desafio era simplesmente perceber o que se estava a passar”, o que o levaria a reconhecer “a inutilidade das teorias” quando se lhes não pode atribuir “qualquer conteúdo operacional”. E sublinhou acontecer-lhe isto – a recusa da aceitação cega de modelos sem correspondência às realidades “no campo” – exactamente “num país [Portugal, no caso, recordo] onde até mesmo perceber se a economia crescia ou recuava era um desafio enorme” que o levou a considerar a teoria como um desafio à inteligência e não uma “bíblia” a que se adere acriticamente.
Paul Krugman vem, assim, demonstrar que não é bom, por ter ganho o Nobel [2008], mas que foi por ser bom que o recebeu.

Passando para uma exemplo mais ligeiro da questão de fundo (as “bíblias” como única forma de aprendizagem) recordo-me dos meus tempos de jovem quando passávamos uns serões numas partidas de King. Havia um amigo nosso – coitado, finou-se cedo… Já “lá” está – que não atinava com as regras do jogo, nem por mais uma. E um outro amigo comentava, gozando-o: «pois é… Não vem nas “sebentas”…»








II.
Outro “ismo” (aliás, agora, com mais rigor “ysmo”) nasceu para referir a dupla
Merkel-Sarkozy que – e talvez não só na aparência – está a dirigir os destinos da Europa: “merkozismo”, que em melhor rigor e transparência refiro por “merkosysmo”. Dupla que a história registará como um “casamento” de conveniência em que os noivos assumiram, por vezes, manifestações (públicas) que fazem supor outras intimidades.
Politicamente – e agora a sério - união oportunista entre uma potência forte, e outra nem por isso, mas em que ambos conluiaram a penalização dos mais fracos. 
O autor deste blogue diz


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

HÁ LOUREIROS E LOUREIROS…



Não há dúvida de que se não tivermos a funcionar um bom sistema de justiça, nunca mais acabará a corrupção.

A reforma dos códigos Penal e do Processo Penal é urgente.

As magistraturas (e a advocacia, claro) precisam de gente mais competente ou menos complacente na sua formação. (Hoje qualquer bicho careta é professor… Faz lembrar o outro que dizia: “quem sabe, sabe; quem não sabe… ensina”).
Depois, não sei até que ponto essa carreiras estarão isentas dos malefícios da “geração rasca”…
Que, claro, não estão.

Exemplos de mau funcionamento da Justiça?
Tantos. Entre eles, e dos mais mediáticos, Casa Pia, Face Oculta, BPN, etc. Além de muitos que não são mediáticos, mas em que há tantos que sofrem na carne o pesadelo, o calvário dos tribunais e da Justiça.

Mas há mais: há os costumados chicos espertos. Exemplo? Fala-se muito em Valentim Loureiro, o homem a quem (acho que foi ele que o disse) saiu várias vezes a sorte grande (não, não é em sentido figurado: trata-se mesmo da Lotaria da Santa Casa!!! Várias vezes! Espantoso!!!)

Atenção, falo de Valentim Loureiro, não de Dias Loureiro. Este, não: é uma pessoa impoluta, que é amigo de Sua Excelência o Senhor Presidente da República Portuguesa, Prof Dr Aníbal de Cavaco e Silva, que foi seu ministro e seu conselheiro de Estado… Dizem que anda fugido, mas ninguém sabe porquê (isto, o sobredito Loureiro. O Dias. Que o outro, o Valentim, esse, não; esse tem a desplante de andar por aí).

O Loureiro, mas o Dias, é aquele – recordam-se? – que, ainda sem fortuna e acabado de chegar das berças, um dia telefonou ao pai, lá para a mercearia, na terra, a anunciar: PAI: SOU MINISTRO!
Quem me contou foi a sra Clementina, que ouviu o brado lá em Sacavém. E não só ela, e lá, mas muito mais gente, por aí, porque a bacoquice foi muito comentada, então.
(Disse do Loureiro – mas o Dias – “ainda sem fortuna”. Isso então, porque hoje é supermilionário. Mas bem lhe saiu do corpinho, de tanto trabalho. Aliás, o mesmo se diga do Loureiro, mas do outro: do Valentim…)


Ah! Por falar no que tem mais lata (passe o plebeísmo) – o tal Loureiro, mas o Valentim – e por falar em Justiça, aprecie este naco de prosa de Paulo Morais.



(O comentário, saboroso, de Paulo Morais, foi-me enviado por mail, por um amigo. Um abraço, L Dias.
Atenção que o L do nome do meu amigo é o L de Loureiro, mas ele não é Loureiro… Que para cúmulo do azar até é Dias! “Ni hablar”!)





quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

UM BEM ESSENCIAL QUE ESTÁ QUASE AO PREÇO DA ONÇA DE OURO




Pois é, amigo Alfredo!
Gosto das suas alfinetadas: oportunas e sem contemplações.





(Luís Afonso/Público/Opinião/Bartoon/hoje)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A DEVOÇÃO DE BEM SERVIR



Um traço comum une as duas notas seguintes: a denodada, generosa e altruísta entrega à realização do interesse público do nosso país por parte de alguns portugueses.


I.
“EDUARDO CATROGA DIZ QUE NÃO SABE QUANTO VAI GANHAR NA EDP”, lia-se, na tarde de ontem e esta noite, no Público online.
É evidentíssimo que todos acreditámos, de imediato.
Aliás, não é caso único, este, de um candidato (ou já empossado) administrador de uma empresa participada do Estado o fazer numa atitude sacerdotal – de entrega de alma e coração ao seu alto múnus sem querer saber quanto vai ganhar.
Esses problemas materiais interessam lá a esses devotados ao serviço da comunidade?

Ele imagina, tem a vaga impressão, de que irá ganhar, não um mísero vencimento mínimo, mas mais uns cobres que um ordenado médio.

Ah! Mas com 13º, 14º, 15º e 16º meses. Além de mais umas prebendazitas insignificantes, como as que recebe a generalidade dos gestores, sobretudo das pequenas empresas.
Sim, que isso de receber (por enquanto…) apenas uma percentagem de 12 meses por ano é para a populaça, e para os idosos e pensionistas de vida airada que nos rodeiam na rua, no autocarro, no metro e nos comboios suburbanos. Mas aí com razão, porque o povo é feio, é mau, é calão e cheira mal. (Toma! – pensam eles babados com a sua coragem)


II.
O CELEBRADO – E PARECE QUE ESQUECIDO (OXALÁ!) – (DES)ACORDO ORTOGRÁFICO.
Alguns letrados brasileiros, conluiados com um ou dois portugueses de grande têmpera e primeira água, na mesma arte, pretendem passar de colonizados que foram outrora, em que lhes ensinámos a língua que hoje os une, a colonizadores do ex-colonizador, por razões comercias (o dinheiro é hoje a mola real da vida para muitos).
Para já, nesta matéria.

Vá que não terão, por enquanto, imposto que o cágado ficasse cagado (com vossa licença).
Como não se lembraram de nos obrigar a “falar” António e Polônia.
Ou a “falar” esse termo tão característico: cafajeste.

De fato é um fato que fato e fato não são a mesma coisa. Fato é fato, do mesmo modo que fato é fato. Facílimo, não é?

Se não digo o que ato o ato não devia figurar na ata como ato por na ata figurar que ata e ato são a mesma coisa que ata e ato. Confuso coisa nenhuma!

Vá-se lá saber por que fato o fato do cafageste é de fato fato e não fato… É que se fosse fato, não era fato; como se fosse fato não era fato. É um fato.
Entendido?

Mas é verdade que é bom saber como eles “falam” certas coisas: é que assim as não sei quantas telenovelas que nos impingem por dia não precisam, ainda, de legendas.




É por isso que, como milhares e milhares de portugueses não adiro a essa manobra minimizadora que, de facto, é escrever obedecendo ao novo AO/ Acordo Ortográfico.

Continuarei, pois, a escrever como aprendi. E vá que já fiz várias concessões desde os meus tempos de menino.





segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O BASTONÁRIO QUE NÃO É “GAGO”



O “despique” passou-se já há meses, mas quanto a mim mantém actualidade.

O bastonário da Ordem dos Advogados mostrou uma vez mais que está atento e que, quando estão em causa valores básicos de actuação numa sociedade democrática e de um Estado de Direito que deve caracterizar o funcionamento dessa sociedade, não se cala. Como não se cala quando os suportes pessoais das instituições não actuam com a ética e a verticalidade que se impõe.
Em suma, o bastonário mostra que, se for preciso, não faz cerimónia nenhuma em “partir a loiça toda”.

No caso que hoje trago mostra, inclusive, que não desconversa “em serviço”. E dá uma lição à ministra do que, verdadeiramente, deve entender-se por “nepotismo e compadrio”.

Por mais “asas que ela ponha”, ele, felizmente, não é “gago” e denuncia-a.


A deixa:
«Teixeira da Cruz responde a Marinho Pinto

Ministra da Justiça: "Bastonário inventou-me um cunhado" em DN.pt de 17 Novembro 2011

Paula Teixeira da Cruz foi esta noite entrevistada por Judite de Sousa, na TVI, e acabou por responder às acusações de Marinho Pinto, que ontem afirmou que o Ministério está "entregue a um escritório de advogados" e que a ministra nomeou "familiares" para cargos públicos (ver notícia relacionada).
"Eu não tenho nenhum cunhado no Ministério da Justiça. O sr bastonário inventou-me um cunhado"».



É claro que Paula Teixeira da Cruz estava mesmo a pedir que o bastonário lhe explicasse as coisas “pelos nomes” que elas têm. Foi o que aconteceu.

Que não se lhe enfraqueça a voz nem esmoreça o ânimo nem trema a mão, Sr Bastonário Marinho e Pinto.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A CURTA MEMÓRIA DOS ALEMÃES… OU A IMPÁVIDA ATITUDE DO CLUBE DOS RICOS…




O alemão (de Munique, Baviera) Albrecht Ritschl, de 52 anos, Professor de História Económica da London School of Economics deu uma entrevista, em 21 de Junho de 2011, ao Spiegel online, conduzida por Yasmin El-Sharif.

A entrevista tinha o título (em tradução livre): “A Alemanha foi o mais remisso devedor do século XX”. Sem eufemismos e em termos vulgares: A Alemanha foi o país mais caloteiro do séc. XX.

O antigo chanceler Konrad Adenauer (à esquerda) durante um encontro com a Alta Comissão dos Aliados em 1951: o incumprimento de indemnizações implica um gesto de defesa

O texto do Spiegel online pode ser visto aqui.


Uma súmula dessa entrevista pode ler-se no jornal Económico de 24.08.2011, desta vez com o título “Alemanha Rainha das Dívidas”.

 A chanceler Angela Merkel.
A Alemanha é hábil em, conforme as circunstâncias
e os seus interesses, vestir a pele de lobo ou de cordeiro.

A referida súmula pode ser lida aqui.

De entre os 26 comentários que se seguem ao artigo, só me lembro de um comentador que, repetidamente, defende a Alemanha e se insurge contra o historiador. Diz e repete esse comentador, em resumo: «As chamadas “indemnizações de guerra” são um puro roubo ou espoliação vergonhosa que os países vencedores impõem aos vencidos, segundo critérios de mera conveniência e oportunismo descarado. Para além disso, a Alemanha arcou com muitas dessas exigências imorais após a II Grande Guerra, contrariamente ao que quer fazer crer essa prosa imprecisa de Ritschl, que apenas revela aquilo que lhe convém.»

Mas logo outro comentador deixa este comentário fulminante: «Eu também acho um roubo imoral exigir reparação a um pais invasor que destrói um pais e, mais tarde, tem a pequena infelicidade de ser derrotado.»





(Do texto do jornal Económico, aqui confirmado por remissão, recebi, há meses, uma transcrição por mail. Que agora repasso, já que não perdeu actualidade.
Obrigado, A Cristina F)




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A NOSSA IMAGEM NA EUROPA - II



… Pensava: pensava eu que era fiável o vídeo e a tradução postados há dias com o título supra...
Com um ano que tive de alemão, no liceu, e que já esqueci por completo (daqui a pouco já lá vão 60 anos!), sabia lá que não dava a bota com a perdigota!... A fonte donde vinha era, de facto, fiável, só que ela própria teve de quebrar uma certa “surdez fonológica” para se dar conta do lapso. E logo comunicou comigo.

É sempre lamentável uma situação destas. Tanto mais que, por norma, não me precipito e não embarco, sem mais, nestas estórias…

Aconteceu, desta vez: as minhas desculpas.






terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A GERAL INUTILIDADE DAS CIMEIRAS




Boa, ti Alfredo!
São notáveis os seus rasgos filosóficos e de bom senso.





(Luís Afonso/Público/Opinião/Bartoon/hoje)





segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A NOSSA IMAGEM NA EUROPA



Recebi hoje (obrigado, M A Marques).

Consta que aconteceu em Setembro último.

A interventora «"pulverizou" Portugal e o povo português.»

Nada me faz pensar tratar-se de vídeo não fiável.

A vergonha que esta cáfila de políticos nos está a fazer passar…  (Sim, porque a que eles passam é mais que merecida!)


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

QUEM NÃO QUER SER LOBO…





Recebi de uma amiga (olá, E. Gonçalves! Um beijinho). E repasso.

Não sei se o telegrama é da Lusa, se da Novosti, se da France Press… Mas é de agência credível, isso de certeza.

Seguem imagem e notícia.


A Presidência da República emitiu esta sexta-feira à noite uma nota a agradecer ao indivíduo que pagou um bolo de arroz e um sumo ao Presidente, depois de o encontrar em Santo Tirso, à porta de uma pastelaria.

Cavaco estava apenas de passagem para uma inauguração, mas o indivíduo tinha acabado de ver nas notícias as declarações do Presidente, onde lamentou que o que ganha não chega para fazer face às despesas.

«Tinha acabado de ver nas notícias e quando saio à rua, dou de caras com ele. Disse-lhe logo que dinheiro não dava, porque depois ele gastava tudo no BPN, mas aceitei pagar-lhe um bolo e um sumo», relata o indivíduo: «Os olhos do Presidente arregalaram e só me perguntou se o sumo podia ser néctar.»

Na nota da Presidência da República pode ler-se que «o Presidente da República ficou muito comovido com a oferta daquele cidadão e com o tamanho do bolo de arroz, que chegou para a Primeira Dama».




Ande, sorria! Ria, mesmo, que rir faz bem e ainda não paga IVA…






segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

OS POLÍTICOS DA NOSSA PRAÇA



Duas notas ao correr da pena:

I. Há dias o governo anunciava, vitorioso, que o acordo de reforma laboral era “mais inovador e audaz” do que a troika previa.
Tristeza de gente, políticos rascas e sem senso.
Fazem lembrar o carrasco que proclamou, sensacionalmente, ao seu mandante: “matei-o, mas não dum golpe como me mandou. Não: fi-lo arder em lume brando, horas a fio.”
Neste caso do acordo laboral terão “cantado”: “não o esmifrei (o trabalhador) até o deixar de tanga, como VEXAS ordenaram… Qual quê! Qual tanga… Nem um simples fio dental lhe deixámos! (Venha o prémio!)

II. São dezenas (pelo menos) as “charges” que correm na rede acerca da bacorada do pacóvio de presidente que temos sobre as suas reformas e as invocadas dificuldades de fazer face às despesas. E com tristes e diversas imagens que fazem o gáudio da populaça.
A propósito, Marcelo comentou: “Há dias em que uma pessoa não é feliz”!
Mas engana-se o prof.: há, sim, dias (para pessoas de fraco estofo, parolas, insensatas e impreparadas) em que o “verniz” (para mais posto à pressa) cai e a pessoa se revela como efectivamente é: tacanha, insensata e boçal – o que se não admite à figura máxima do País!
Não me admiro que corra na rede uma petição pedindo a sua renúncia ou deposição (ainda que não conduza a coisa nenhuma)! Pelo menos, assim, o sr Silva de Boliqueime fica a saber que não andamos a dormir na forma!





quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MAÇONS E MAÇONS




Confesso que não me assustam maçons da velha guarda, como um Norton de Matos, um Vasco da Gama Fernandes ou um António Arnaut.

Mas assustam-me – lá isso assustam – os ditos maçons dum loja Mozart, ou loja Quim Barreiros, que seja.

E a diferença entre elas é muito grande: enquanto nas primeiras os seus membros usam avental, nestas recentes usam babete.






 

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