terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EMIGREM, “PORTUGUESAS E PORTUGUESES”



À sugestão e ao convite explícito do primeiro-ministro à emigração das “portuguesas e portugueses” (como politicamente é mais in dizer), cabe perguntar: mas emigrar para onde, se a crise é generalizada?
Na verdade, João Peixoto, investigador do ISEG, reflectiu: “Para tomar a decisão de emigrar não basta estarmos mal aqui, é preciso que tenhamos para onde ir”

Mas Passos Coelho parece querer repetir o gesto de Pilatos…
Bom, é que os políticos e os compadres, esses não precisam de emigrar. É óbvio… (Também… quem é que os queria?)





Quem está sempre atento a estas nuances é o nosso velho Alfredo. Ora veja:





(Luís Afonso/Bartoon/Opinião/Público hoje)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

POST-IT…




­­­­­­­­­­Declaração de IRS de 2012

Na vossa declaração de rendimentos de 2012,  não esquecer de indicar o nome dos membros dos Governos,  do Parlamento e dos gestores das Empresas Públicas na rubrica "pessoas a cargo".


Ande! Sorria, mesmo que seu sorriso seja triste, pois mais triste que um sorriso triste é a tristeza de não saber sorrir!

Claro que partilho, porque, quanto sei, a troika ainda não mandou taxar o sorriso…

Por outro lado, brincando, brincando…





segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A PALAVRA A…



Deputado António Filipe…

Muito gostaria eu – gostaríamos todos – de ouvir os comentários do sr Passos às inflamadas palavras do sr Passos…

Não que duvidemos da capacidade malabarística da criatura… Mas seria curioso confirmar a suprema lata destes vendidos a obscuros e inconfessáveis interesses que, com uma velocidade supersónica, desdizem hoje (ou contrariam na prática) o que ontem afirmavam com ar fingidamente convicto.





quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A PALAVRA A...


E não é que tem razão o "velho" Alfredo?!...




(Luís Afonso/Bartoon/Opinião/Público/Hoje)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A PALAVRA A…



Eça de Queirós, de novo.
Nascido em 1845, em 1866 Eça forma-se em Direito, em Coimbra, mudando-se, então para Lisboa onde passa a cumular o exercício da actividade de advogado com a de jornalista. É nesta condição que, em 1867, assume a direcção do periódico "O Distrito de Évora". Temos, pois, então o jovem Eça, com 22 anos (!) a assinar este breve mas denso artigo. E que maturidade que ele revela!

Mas, lendo nós nos livros que a segunda metade do séc. XIX foi uma época de ouro em matéria de paz e de progresso (bastando referir esse nome grande do desenvolvimento do país que se chamou Fontes Pereira de Melo), não só vejo aqui um Eça bem exigente relativamente a um país real, profundo, pelos vistos bem diferente do de certas crónicas, como sobretudo vejo nele um espírito premonitório, intemporal, que quadra às maravilhas nos dias e na realidade política que hoje vivemos.
Ouçamo-lo:

«Política de acaso, política de compadrio, política de expediente

Ordinariamente todos os políticos são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?» Em "O Distrito de Évora", em 1867



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

QUEM FOI QUE DISSE QUE A HISTÓRIA NÃO SE REPETE?

"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"



A frase e a imagem podiam bem ter sido proferidas pelo Dr Medina Carreira, recentemente, numa das suas intervenções na TV...


Mas não: foi escrita pelo Eça, em 1872, há 139 anos, nas Farpas...


Será uma incontornável fatalidade?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COMO DISPERSAR MANIFESTAÇÕES CONTRA A CRISE?





Segundo o Almanaque Bertrand de 1908:


É a tal conclusão: ontem, como hoje, como sempre…
“Pobretes”, mas “alegretes” e “imaginetes”…






Colaboração de Carlos P




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

REGRESSÃO OU RETOMA?



Recebi por mail


Frase do século sobre Portugal

'Somos um país essencialmente agrícola: uns já "cavaram", outros vão "cavar" e os que ficam são "nabos"!



Podemos ter uma dívida do tamanho do Mundo, mas teremos sempre uma imaginação maior do que a galáxia!

Não estou certo se se trata de uma regressão civilizacional, se da retoma de uma antiga vocação…
Digo eu…




colaboração de jl






quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DA IDEIA… AO SONHO





Diz-se que mais vale uma imagem que mil palavras.
Certo.

Da ideia do ministro Pinho ao sonho do primeiro-ministro Passos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PORTUGUÊS E POUCO ARISTOCRATICAMENTE FALANDO…



Pois é, pá: somos assim... não nada a fazer, pá!







Dos Aristocratas, com a devida vénia e a suma lata

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ATÉ QUANDO?





Quando assumirão, eles, um ar mais grave e responsável… e actuarão de acordo?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CERTEIRO!






Recebi um mail verdadeiramente impressionante. Extraordinariamente impressionante o anexo, claro.

"Será que o problema financeiro europeu radica também no duopólio bancos/corporação política?" - questionava-se no mail que recebi...

Eu direi apenas: ISTO NÃO É UMA PESSOA, É UMA MÁQUINA DE FALAR... VERDADE!

O mal onde está?

Talvez chegue uma palavra para o definir: Bilderberg!


Vá, duas: Clube Bilderberg!


Oiça e aprecie também. 





sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ÚLTIMA HORA: ABOLIÇÃO DE FERIADOS

Cada vez me ocorre mais vezes um certo conselho:
“Sorria, mesmo que seja um sorriso triste, pois mais triste que um triste sorriso, é a tristeza de não saber sorrir.”

Somos mesmo assim: podemos perder todo o pouco que tínhamos e ficar de rastos e de tanga, mas a imaginação mantém-se viva, feérica e jocosa.

Querem ver?

Alguém inventou esta que recebi por mail e estou a divulgar:


«Abolição de Feriados: 
O primeiro feriado a ser anulado deve ser o 25 de Dezembro, pois, sem o respectivo subsídio, não faz sentido comemorar tristezas! Depois, o 1 de Maio, DIA DO TRABALHADOR, porque, com a maioria, estaremos quase todos no desemprego! Para o 25 de Abril deve ser considerada apenas tolerância de ponto entre as 00H00 e as 6H00 da manhã! O feriado do 10 de Junho, dia de Portugal, deve ser definitivamente eliminado pois quem manda nisto, agora, é a troika! Mas devemos manter-nos inflexíveis na defesa do 1 de Novembro, dia dos mortos!»


Ele há por aí uns líricos que dizem que a esperança é a última a morrer… Mas bem vistas as coisas, isto não deve dar o menor ânimo: é que se ela é a última a morrer… quer dizer já tudo (nós mesmos) morreu antes!
Ora bolas!





terça-feira, 18 de outubro de 2011

O NOSSO VELHO AMIGO ALFREDO


Boa!
Nem mais, Mestre Alfredo!





Luís Afonso/Público/Opinião/Bartoon/hoje

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SINAIS DE CRISE

Recebi por mail.
Repassando.
Para que conste.



Sinal de crise económica não é cobrarem as rodelas de limão da coca-cola...



Sinal de crise é uma rodela de limão já valer mais do que uma ação do BCP.



Alguns ainda não deram por ela... mas ela está aí!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O NOSSO VELHO ALFREDO



Sempre atento às últimas!
Sempre oportuno!




in Luís Afonso/Público/Opinião/Bartoon/hoje











quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VERDADES E OMISSÕES

Há políticos que mentem com a maior desfaçatez. Fazem-no com a mesma naturalidade com que respiram.
Por vezes chegam a ministros, e é claro que continuam, nessa função, a não primar pela verdade.

Outros há que, não mentindo, contudo não são exemplo de grande virtude em matéria de seriedade.

E se, tal como à mulher de César, aos políticos se exige que, além do mais, também pareçam sérios, quanto mais se lhes não há-de exigir que o sejam!...


Vem isto a propósito das, como sempre, calmas declarações do actual ministro das Finanças, muito recentemente, acerca da introdução, entre nós, do patamar dos 23% do IVA na factura do gás e electricidade.

Afirmou Vítor Gaspar, com a sua habitual serenidade, que tal medida já é praticada na maioria dos países europeus.

Dêmos de barato que sim. O ministro, portanto, não terá mentido…
Contudo, não foi sério, pois esqueceu deliberadamente e omitiu – o que é grave – que na generalidade dos países da mesma área se praticam salários muito (em Espanha) ou abismalmente superiores aos praticados aqui na paróquia (nos outros).

Logo, não é exemplo de probidade comparar o incomparável.


Basta atentar na comparação do salário mínimo nacional com o de outros países europeus.
Vejamos:

Suíça - 2.916€

Luxemburgo - 1.757,56€

Irlanda - 1.653€

Bélgica - 1.415,24 €

Holanda - 1.400 €

França - 1.377,70 €

Reino Unido - 1.035 €

Espanha - 748,30€

Portugal - 485 €



E, mais, outros índices, ainda, se podem aduzir para reforçar aquela falta de seriedade:
Como por exemplo que uma botija de gás em Espanha custa menos 10€ do que aqui na nossa aldeia, ou que cada litro de gasolina 95 é mais barata lá do que aqui cerca de 20 cêntimos. Ou ainda isto: nos supermercados do LIDL houve muito recentemente uma promoção, simultaneamente em Portugal e em Espanha, dum produto que cá era vendido por 9,99€ e lá 6,99€ não havendo qualquer diferença nem sequer na embalagem. E as frutas? E os produtos de higiene? E os produtos de 1ª necessidade, o peixe, a carne, etc. etc..

O sr ministro esqueceu-se destes elementos no seu juízo tão assertivo mas tão infeliz? É pena. E indesculpável.
Omitiu-os deliberadamente? É grave e imperdoável.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AS NOVAS CONFERÊNCIAS DO CASINO



Falamos da segunda edição das Conferências do Estoril/Desafios Globais-Respostas Locais, que decorreram de 4 a 6 de Maio do ano corrente. O programa compunha-se de 4 painéis temáticos, o terceiro dos quais era o seguinte: Ameaças Globais: Desafios para a Segurança Humana, cujo objectivo era “analisar as principais ameaças que actualmente se colocam à segurança humana, centrando-se nos diferentes tipos de conflitos inter e intra-estatais que podem desencadear, bem como outras formas de violência que afectam directamente as pessoas: terrorismo, criminalidade transnacional,  conflitos em torno de recursos naturais.”
Intervieram nas conferências renomadas figuras das mais variadas áreas científicas e geográficas.
Por outras palavras e sintetizando-os a todos (os painéis temáticos) “em debate [estavam] questões como a arquitectura da governação global, as consequências da recente crise económica e financeira, as principais ameaças à segurança humana e os impactos da globalização sobre vários domínios das políticas nacionais.”
Foi naquele terceiro painel que se deu a intervenção de Mia Couto que vamos ouvir dentro em pouco.
Toda a gente conhece o biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, nascido António Emílio Leite Couto, há 56 anos, em 1955, na cidade da Beira.
O programa das Conferências apresentava-o, desta forma: “Mia Couto é o mais galardoado escritor moçambicano, tendo recebido uma miríade de prémios, tanto no seu país como no estrangeiro. Estudante de Medicina, abandonou os seus estudos para se juntar à luta anti-colonialista em Moçambique. Após a independência do seu país, em 1975, trabalhou como jornalista em Maputo por mais de dez anos. Licenciado em Biologia, está  actualmente a realizar pesquisa ambiental no seu país. Mia Couto publicou 28 livros, traduzidos e distribuídos em 27 países. Em 1998, Mia Couto foi eleito membro da Academia Brasileiras de Letras, sendo o único africano a integrar a Academia.”
Com a modéstia que caracteriza os grandes espíritos, Mia Couto confessou não conseguir falar de improviso, no painel, durante sete minutos, como o presidente pedira aos participantes. Leu, pois, um texto seu sobre O MEDO.
Assim, “num registo diferente, mas bastante do agrado do Cables from Estoril, Mia Couto, sendo menos técnico que os restantes oradores, ofereceu uma perspectiva mais “literária” e emotiva sobre a relação que as pessoas têm com as ameaças e os seus medos. Mia Couto mostrou-se preocupado porque na maior parte das vezes essa relação não é íntima, já que as sociedades ocidentais e as pessoas evitam aprofundar as causas desses mesmos receios” – podia ler-se num relato da própria organização do evento.

Oiça, então, Mia Couto.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A ÚLTIMA DO DONO DA “ÊLHA”





O país parece estar a mostrar-se cansado com as palhaçadas, as travessuras, as tropelias e a demagogia do patrão da “êlha”.

A sua reposição da verdade (começou por negá-la – mas era demasiado ridículo persistir nessa negação), mas alegando que ocultava as contas da “êlha” em legítima defesa relativamente a exigências do governo do “contenente”, não tem a mínima ponta de sustentabilidade, de credibilidade…

A criatura já não sabe como se há-de “desengomar” (passe o plebeísmo), face às legítimas pressões do Governo da República para que naquele território se cumpra a legalidade democrática.

Já uma vez o disse, mas repito: lá porque a Madeira se encontra, fisicamente, em território africano, nem por isso terá de estar condenada a ter e suportar o seu Bocassa…

Os pobres dos madeirenses não podem reagir ao homenzinho… Pois ele é o patrão de quase todos…! Que remédio têm que aturar-lhe as palhaçadas e a tontaria, em discursos loucos e irreverentes, de dedo espetado no ar, contra “a dêtadura do Contenente”!

Não se entende bem é a notícia de que o “Sr Silva” (perdão, agora já o reconhece como o Sr Presidente da República) e a Procuradoria Geral da República tinham conhecimento dessas contas ocultas…
Sabiam e não actuavam? Será possível? Será atitude responsável?

Claro que ele lança um SOS ao primeiro-ministro (“Passos… kol mi!”), e agora vamos ver se “somos todos azuis ou se há alguns mais azuis que outros” para o chefe do governo…





sexta-feira, 16 de setembro de 2011

“O BEIJO DO SOL”



«Caros Amigos,

Acabei de me estrear a fazer e montar um vídeo. É um videoclip sobre uma música de um disco meu que está para sair.
Coloquei-o no YouTube e, como sabem, só acima de um certo número de visionamentos é que ele aparece nos motores de busca.
Peço-vos então que visitem aqui.
Talvez não se aborreçam e, se tal acontecer, por favor passem aos vossos amigos.
Aqui fica desde já o meu agradecimento.
Pedro Osório»

O Pedro Osório em discurso directo chegou-me através de uma amiga que acrescentava que ele está bastante doente.

Salve, Pedro!

Claro que ninguém se vai aborrecer e todos vão ouvir e reenviar porque "O Beijo do Sol" é muito interessante. E muito bem conseguido.

As melhoras, bom êxito, e arriba, Amigo.

Um abraço de todos nós




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PUDERA!






Ora também eu, mestre Alfredo!





E já agora, que nem de propósito, aproveito para lembrar uma local, também de ontem, no mesmo diário:


“Respondendo ao desafio do PÚBLICO, o advogado António Moreira, que apresenta esta semana na AR uma petição sobre os salários dos gestores públicos, coloca uma questão ao ministro de Estado e das Finanças.”
E a questão é: “Os nossos gestores públicos auferem, em média, cerca do dobro dos seus congéneres da União Europeia, enquanto os nossos trabalhadores auferem, em média também, cerca de metade dos trabalhadores dos nossos parceiros comunitários. Concorda com esta realidade ou pretende contribuir com alguma iniciativa para a alterar?”

É evidente que o ministro não vai responder. Ou então cala-nos (?) com um “não só… mas também”, enviesando a resposta, ou dando uma esfarrapada.
Os políticos não escapam à acertada crítica de, não lhe convindo a pergunta, não darem uma resposta ou tergiversarem por temas próximos, iludindo a questão. (E fazendo de todos os outros parvos!)








(Cartoon: Luís Afonso/Bartoon/Público/Opinião/ontem)





sábado, 27 de agosto de 2011

“PAREM DE MIMAR OS SUPER-RICOS” (II)





Ainda inspirado no recente desabafo de Warren Buffet, e depois de referir ter o governo francês tomado uma tímida medida de taxar especialmente os rendimentos dos mais ricos, foi a vez de, ontem, no Público online, a jornalista Maria José Oliveira nos recordar que já há meses – por alturas da campanha para as últimas presidenciais – Cavaco, num raro assomo de filantropia e solidariedade para com os mais sobrecarregados do costume com o pagamento da crise, confirmou que “os sacrifícios exigidos nos últimos tempos não se dirigem a todos os portugueses”, sugerindo que “em alternativa ao corte de salários, o Governo PS deveria ter solicitado "o contributo de todos os cidadãos". E preconizava, então, que “bastava, por exemplo, que fosse criado um imposto extra para todos os portugueses acima de um certo rendimento”.

Ora estas marés de filantrópica solidariedade, uma vez não serem costumeiras cá pela paróquia, convirá agarrá-las com ambas as mãos.

O Governo, tacteando, foi a Belém lembrar a Cavaco essa entrevista e perguntar-lhe se era, ainda, para valer…
Para espanto de alguns (muitos) Cavaco confirmou não só que apoiava a criação de tal imposto extra aplicável a rendimentos mais elevados, mas que "vê com satisfação" tal eventualidade. Desde que deixem, quedos, os seus bens patrimoniais, claro – não se queira agora tudo numa assentada. (Embora haja, entre os especialistas, quem sustente que não deve abrir-se-lhes essa excepção…).

Talvez com uma certa relutância, e algum receio de maior melindre por parte de algum dos eventuais visados (“tadinhos!”), O Governo de Passos, um pouco contra natura da sua ideologia, lá se prepara para “solicitar” aos multimilionários que abram, também eles, os cordões à bolsa e comparticipem no enfrentar a grave crise que a todos (?) ameaça fazer doer a sério.


Talvez convenha lembrar que não nos iludamos: os muito ricos não dão nada a ninguém senão aos seus. A menos que algum cálculo os leve a essa atitude.
Ora aí está: eles sabem que sobrecarregando-nos sobretudo aos mesmos (empregados por conta doutrem, pensionistas e classe média em geral) eles vêem que o seu pecúlio não terá tantas hipóteses de crescer. Donde a excepcional, rara (e avara?) benignidade.

 
 
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“PAREM DE MIMAR OS SUPER-RICOS”



Uma semana depois de conhecida a declaração de Warren Buffet, num artigo publicado no New York Times, a pedir que os políticos “parem de mimar os super-ricos” com isenções e outros benefícios fiscais, eis que agora é a vez de milionários gauleses, os possuidores de 16 das principais fortunas da França, insistirem com o Governo, numa petição ontem divulgada, para lhes aplicar uma “contribuição excepcional” sobre os rendimentos dos mais ricos com o intuito de fazer frente aos problemas financeiros do país. “Temos consciência que beneficiamos do modelo [fiscal] francês e do contexto europeu a que estamos ligados e que desejamos contribuir para preservar”, afirmaram.

Consta, entretanto, que “há mais de dois anos que os super-ricos portugueses, como seja banqueiros, supergestores, e todos os que têm dinheiro em off -shores, etc., fazem fila à porta das Finanças a dizerem
que querem ser mais colectados. Que querem ajudar Portugal.”

Esta hipótese faz supor que a iniciativa, nesta matéria, partiu foi dos milionários portugueses. Depois deles, Warren, primeiro, depois os seus congéneres franceses, seguiram o seu exemplo.

A verdade, como o azeite, vem sempre ao de cimo: os poderes constituídos fazem, por norma, pagar o preço da crise às classes mais desfavorecidas da população e às classes médias. E garantindo respeitar a equidade fiscal, como aqui se viu. Pelos vistos o conceito de equidade não é unívoco para o governo.


A França já tomou uma tímida medida, onerando com uma taxa de 3% os avultados haveres dos milionários. Seguir-se-á idêntica atitude no Governo de Passos Coelho? E também benigna ou mais consentânea com a realidade?




sábado, 20 de agosto de 2011

«EM CHEIO»



"O declínio da República Portuguesa"
TIAGO MADEIRA (n. 1978)
Técnica mista sobre tela
Dim. aprox.: 140 x 80 cm.
Faz parte do Leilão de Arte Moderna e Contemporânea do Palácio do Correio Velho onde irá decorrer amanhã, dia 21


«O actual Governo começa a parecer-se de mais com uma comissão liquidatária do património do Estado a preços de saldo (e com os contribuintes a financiar os compradores)», assim escreve, no artigo para onde abaixo se remete, Manuel António Pina no Jornal de Notícias de 3 do corrente mês de Agosto.
Está lá praticamente tudo.


Em cheio!


E a coluna de Jorge Fiel, no mesmo jornal, e na mesma data, completa-o.


Quais suspeitos esquerdistas ou perigosos e vermelhuscos comunistas, eles, no seu desassombro, dizem tudo, dispensando mais comentários e mostrando merecer as honras do Apostila, o meu blogue dos textos eleitos pela sua singularidade ou pelo seu arrojo na defesa da verdade e da transparência.

Leia, então, "Acredite se quiser" e "Não vou ter de nascer duas vezes", ambos pondo os pontos nos ii numa controvérsia muito actual, e o segundo constando, ainda, de uma boa charge ao nosso actual presidente, Cavaco Silva, glosando uma sua infeliz declaração.









sexta-feira, 19 de agosto de 2011

FUNERAL DE JACOB E SUAS ÚLTIMAS VONTADES





JACOB MORREU.


A sua vontade foi deixar 40.000 dólares para um bom enterro e, uma pedra comemorativa.
Depois que saíram os últimos acompanhantes, a viúva Sara aproximou-se da sua mais velha e querida amiga e lhe disse:
- Estou certa de que Jacob estará contente.
- Sim, tem razão, respondeu a amiga, mas perguntou: -"Quanto custou realmente?
- Quarenta mil, respondeu Sara.
A amiga surpreendida:
- Tudo estava muito bem, mas 40.000??? Caro hein?!...
Sara respondeu:
- O funeral foi 1.500 dólares; dei 500 à Sinagoga; para o licor e os petiscos, outros 500; e o resto foi para a PEDRA COMEMORATIVA...
- 37.500 para uma pedra? De que tamanho é???












Foi-me enviado por um amigo. Como também gosto de parábolas… Repasso.







quinta-feira, 18 de agosto de 2011

UMA CONFISSÃO NADA INOCENTE… E A CONSEQUÊNCIA ESPERADA






E o nosso velho amigo Alfredo sempre atento como poucos…






(Luís Afonso/opinião/bartoon/Público de ontem e de hoje, respectivamente)



domingo, 14 de agosto de 2011

EXTRAORDINÁRIA PERFORMANCE







Recebi há dias de uma amiga e transmito quer comentário quer execução sem mais nada acrescentar que uma ligeira correcção e o nome da pianista.

«NADA É IMPOSSÍVEL, ALGUMAS COISAS SÃO APENAS MAIS DIFÍCEIS...

The Flight of the Bumble-Bee (O Voo do Moscardo) é um interlúdio musical famosíssimo, composto pelo conde e compositor russo-Nicolai Rimsky - Korsakov para sua ópera O Tzar Saltan, entre 1899 e1900.

É um verdadeiro "tour de force" musical inicialmente escrito para um solo de violino.

Algum tempo depois o próprio Korsakov reescreveu a peça para o piano.

Contudo, é tecnicamente tão difícil que o famoso pianista Vladimir von Pachmann (1848/1933) ao ler a partitura julgou-a "impossível de ser tocada".

Anos depois Serguei Prokofiev (1891/1953) aceitou o desafio e abriu a porta para que pouquíssimos colegas realizassem essa proeza...

A jovem pianista chinesa, Yuja Wang, considerada actualmente uma das 5 melhores do mundo, dá um show de virtuosismo.»

Aprecie, então:

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BREIVIK: O PROTÓTIPO DO “LOBO SOLITÁRIO” E DO RADICAL DE EXTREMA DIREITA

Anders Behring Breivik, quando adolescente, é descrito por seu pai, que vive no Sul da França e não vê o filho há mais de 15 anos, como um jovem apagado e calmo, introvertido, sem amigos.

É este lobo solitário norueguês que, como tudo leva a supor, levou a cabo uma dupla chacina, que provocou 76 mortos em Oslo e na pequena ilha de Utoya na passada sexta-feira, com uma frieza arrepiante.

Xenófobo e violento, é esta insignificante criatura que o seu advogado se prepara para apresentar como louco, no tribunal, numa tentativa da sua irresponsabilização.

Louco, sim, talvez, mas de uma loucura consciente, de uma gélida sensibilidade como todos os radicais da direita extremista, xenófoba e brutal.

No seu extenso relatório de 1500 páginas em que este ser abjecto fundamenta e descreve a sua acção – autêntico manual de terrorismo – ele revela o seu ódio, designadamente, em relação a Portugal, acerca do qual «fala em campanhas de “ataque decisivo” com antraz que deveriam ter como alvo cerca de 11 mil “traidores” em Portugal» (mais exactamente “10.807”! Aprecie-se bem o pormenor!).


Esses “traidores” serão provável e designadamente elementos dos partidos políticos que repudiam a xenofobia. Na verdade, ao referir a «identificação dos partidos políticos dos diferentes países que apoiam o multiculturalismo, o autor refere as seguintes formações portuguesas que apoiarão os “marxistas culturais, os humanistas suicidas e os capitalistas globalizados”: Partido Socialista, Partido Social-Democrata, Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista "Os Verdes". Todos estes partidos estão correctamente identificados com os nomes em Português e respectiva tradução para inglês.» Já agora, e «mais à frente o autor enumera também os partidos portugueses nacionalistas ou “contra-imigração”: Centro Democrático e Social - Partido Popular (identificado como “moderado”), Partido Nacional Renovador, Frente Nacional (identificado como micro-partido radical), Partido Popular Monárquico e Partido da Nova Democracia.»


Esta, uma das várias referências a Portugal, como por exemplo estoutra: «No cenário hipotético de guerra civil e de choque civilizacional que Breivik traça para o futuro - e que teria fim em 2083 (daí o título do manifesto: "2083 - A European Declaration of Independence") - o autor enumera ainda algumas instalações vitais em Portugal, como as refinarias do Porto e de Sines, ambas assinaladas como pertencentes à Galp Energia e identificadas pela produção diária de barris de crude. É igualmente assinalado neste contexto o reactor de pesquisa pertencente ao Instituto Tecnológico e Nuclear.»

É demoníaco o cérebro deste ser minúsculo e desprezível!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

VA PENSIERO

Há umas semanas recebi a seguinte mensagem que transcrevo e divulgo

«Actualmente, nos países da velha Europa, vivem-se momentos difíceis que estão a criar movimentos de cidadania contra a desenfreada governação cega de alguns políticos incompetentes (para não lhes chamar outro nome) cujas medidas conduziram ao estado a que as coisas chegaram. Em Itália, país coração da cultura Europeia, o Governo do famoso Berlusconi prepara-se para fazer um corte no Orçamento da Cultura.

O vídeo que segue abaixo mostra uma significativa cena durante um espectáculo em que o maestro Riccardo Muti, em forma de protesto patriótico, pede a colaboração do público na interpretação do 'Coro dos Escravos', de Nabuco.

Aconteceu e foi um momento inesquecível. Riccardo Muti (1941), italiano, maestro e director musical da Orquestra Sinfónica de Chicago, acabara de reger o célebre coro dos escravos hebreus, Va pensiero, do terceiro acto da ópera Nabucco, de Verdi, e o público do Teatro da Ópera de Roma, aplaudia incessantemente e bradava bis! (Cabe lembrar que, para além de sua intrínseca beleza, que é inexcedível, o VA PENSIERO foi também uma espécie de hino informal dos patriotas do Risorgimento - e daí o enorme apelo emocional que preservou entre os italianos.) Que faz, então, Ricardo Mutti? Volta-se para a plateia e, depois de recordar o significado patriótico do Va pensiero, pede ao público presente que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos planeados cortes do orçamento da Cultura.»


É este o link do vídeo que registou este acontecimento memorável.


Va Pensiero

Va', pensiero, sull'ali dorate.
Va', ti posa sui clivi, sui coll,
ove olezzano tepide e molli
l'aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sionne le torri atterrate.
O mia Patria, sì bella e perduta!
O membranza sì cara e fatal!
Arpa d'or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie del petto riaccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati,
traggi un suono di crudo lamento;
o t'ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù
al patire virtù!

 
Da ópera nabucco de verdi
 
Vai pensamento, sobre as asas douradas
Vai, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda as margens do jordão
E as torres abatidas do sião.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Porque você chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembra-nos o destino de jerusalém.
Traga-nos um ar de lamentação triste,
Ou o que o senhor te inspire harmonias
Que nos infundam a força para suportar o sofrimento.
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 16 de julho de 2011

NOVO IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO: UMA MEDIDA INJUSTA

Vitor Gaspar - qual prestidigitador



Segundo nos transmitia ontem (no Público online) o jornalista João Ramos de Almeida, o pensamento do Governo quanto à universalidade (e progressividade) garantida do imposto extraordinário, agora anunciado, traduz-se no seguinte:
«Só os contribuintes assalariados e pensionistas pagam novo imposto, este ano.»
Mais:«apesar de isentar os juros, dividendos e os rendimentos das empresas, o governo afirma garantir o respeito pela equidade fiscal

Certo que o ministro das Finanças explicou o porquê, presumivelmente aceitável, da isenção dos juros e dos rendimentos (lucro tributável) das empresas. Mas nada disse sobre os dividendos (rendimento do capital). E aí (pelo menos aí) não garante aquele respeito.
Realmente, quando infere que apesar de isentar os dividendos garante o respeito pela equidade fiscal (progressividade e universalidade) está a deixar “patinar” o seu raciocínio, já que, não o justificando, está a admitir o não respeito pela equidade fiscal, no que concerne aos dividendos ou rendimentos do capital, como logo se deixa ver.

E é de notar que o princípio da progressividade também não é aplicado, pois que a taxa é aplicada a qualquer patamar dos rendimentos considerados.

Logo, trata-se de um imposto injusto e agravante apenas (ou de forma mais dura) da situação dos contribuintes mais débeis da classe média e média baixa. Só como atitude demagógica se podem entender as enunciadas universalidade e progressividade.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A NOSSA DRAMÁTICA SITUAÇÃO

Recebi, já há semanas, o seguinte vídeo. Que encaminho com o comentário que trazia, com que concordo.

«Um vídeo excepcionalmente bem feito e oportuno para despertar as pessoas para uma realidade que tem sido displicentemente subestimada.»

Então veja o vídeo aqui

terça-feira, 12 de julho de 2011

MAIS UMA PROVA DE QUE SE NÃO DEVE SUBESTIMAR O ADVERSÁRIO

Recebi de um amigo a seguinte mensagem:

“Eis uma nova perspectiva sobre o valor político, talvez de radar, do PCP e do BE:” (e envia para artigo do jornal “Económico” a que, pela sua importância, dou honras de APOSTILA, por merecer ser arquivado como testemunho de uma leitura menos habitual)

Em nota, a mensagem sublinha: “o autor é um especialista em filosofia política, e não vem da área da esquerda, pelo menos da mais radical. Julgo que parte substancial da sua formação foi feita com o João Carlos Espada, nesta sua já longa fase de gentleman inglês disfarçado de português.”

Aí se destacam as hipóteses que fazem parte de múltiplas intervenções de políticos dessas áreas:

“Portanto, o destino parece traçado:
- Renegociação da dívida
- Saída do euro” – conclui a mesma mensagem, a que eu acrescentarei que fica provado, uma vez mais, que nunca se deve subestimar o adversário.



Leia, pois, RAZÕES RADICAIS.

sábado, 9 de julho de 2011

FALAR CLARO, E O MÍNIMO POSSÍVEL EM ECONOMÊS

Recebi de amigos este vídeo de uma entrevista a José Gomes Ferreira, responsável da SIC, especialista em assuntos de economia.

A mim, como a muitos, escapou-me esta entrevista.

Alguns estarão a revê-la.

Quer uns, quer outros não perderão tempo se ouvirem (ou reouvirem) com atenção esta curta explicação do responsável da SIC, onde ele fala sem papas na língua e nos explica, “sem espinhas”, em termos por todos entendíveis, uma matéria sobre a qual ouvimos, em geral, pouco esclarecedoras e genéricas referências.

São apenas uns 5 minutos. Vale a pena ouvir.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

AINDA O ESCÂNDALO BPN!

cartoon, relativo ao BPN, cuja autoria não consegui decifrar

Ontem recebi um mail com o seguinte teor, onde apenas alterei as respectivas referências temporais:



“Há cerca de uma semana o Governo anunciou o corte no subsídio de Natal para arrecadar 850 milhões. Há cinco dias atrás foi publicado este despacho, transferindo (mais) mil milhões de euros de dinheiros públicos em garantias para o BPN, para serem entregues a quem ficar com o banco no processo de privatização:


Diário da República, 2.ª série — N.º 125 — 1 de Julho de 2011


É para ali que vai o teu dinheiro!”



É evidente a intenção que emana da conclusão do mail. E, conquanto eu seja de esquerda, sou independente, o que significa que não faço a menor cerimónia com a autocrítica que ele sugere: há realmente algo de demagogo naquele epílogo da mensagem. Porquê?


Muito simplesmente porque há duas perspectivas sob que, necessariamente, se pode avaliar a questão:


a) a que resulta da necessidade de o Estado assegurar a confiança e a credibilidade no sistema bancário, sem o que a economia nunca poderá progredir a favor do país. E aí não apoio aquele espírito;


b) a que emerge da concomitante avaliação da responsabilidade civil e criminal de todos os administradores, gestores e “desinteressados servidores” (!!!???) da instituição levada à falência e que se quer regenerar. Designadamente de todos os aproveitadores que conscientemente actuaram no sentido de arrecadar para si importâncias manifestamente exageradas e impossíveis de corresponderem a uma avaliação séria (onde, claro que se pode incluir Sua Excelência o nosso Presidente Cavaco, atendendo sobretudo à sua formação académica que o não podia deixar abonar-se irresponsavelmente, como todos sabemos que aconteceu. Aquilo que, difícil, mas hipoteticamente, poderia ser levado à conta de ingenuidade em qualquer cidadão comum, nele era impossível de aceitar). Nesta parte estou absolutamente de acordo com a intenção da mensagem.


Posto isto, que concluir:


Que quanto à questão a) se compreende e aceita e exige que o Estado actue em conformidade com essa necessidade de manter a credibilidade e a confiança do sistema bancário. Mas simultaneamente quanto à questão b) deveria levar tão longe quanto possível (deveria apertar o “torniquete” até à última gota, até onde fosse possível) para apurar responsabilidades e fazer repor pelos desastrosos e criminosos gestores tudo quanto fosse possível daquilo com que cada um se “abotoou”, sem comiserações. Declarando nulos, mesmo, os negócios que ainda fosse possível anular para recuperar os correspondentes valores… Obrigando, por exemplo, a penhorar e vender algum super-luxuoso resort em Cabo Verde… A congelar algumas contas bancárias… Sei lá que mais.

Fiz-me entender?









terça-feira, 5 de julho de 2011

"DEPENDE..."


O Alfredo e a sua proverbial acutilância...



(Luís Afonso, Bartoon, em sede de Opinião, Público, hoje)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CONCERTO NA SINAGOGA PORTUGUESA DE AMESTERDÃO

vista exterior da sinagoga




A Sinagoga Portuguesa de Amesterdão, denominada de "Esnoga", é uma sinagoga da Holanda, situada numa rua (Visserplein) próxima do centro histórico de Amesterdão, em frente ao Museu da História Judaica da cidade. É um edifício monumental que foi construído no século XVII (o chamado "século de ouro da Holanda") pela congregação de judeus de origem sefardita (judeus ibéricos) da cidade, a Congregação Portuguesa Israelita de Amesterdão. Hoje, após a Segunda Guerra Mundial e o resultante extermínio dos judeus (Holocausto), não existem mais do que 700 membros da congregação. Apesar disso, o imponente edifício, que escapou milagrosamente à destruição pelos nazis (a maioria das sinagogas alemãs foram incendiadas) permanece aberto ao público. (Na sua estrutura básica a fonte é um artigo da Wikipédia sobre o tema)



interior da sinagoga

Aquilo a que vamos assistir é a um belo concerto, com uma boa orquestra, com três magníficos tenores, num ambiente agradável e desenrola-se na Sinagoga Judaico-Portuguesa em Amesterdão.



A sinagoga é iluminada apenas por velas colocadas em belíssimos candelabros pendentes do tecto. Construída há cerca de quatro séculos, nunca foi electrificada. O arco, assentos, altar e tudo mais foi feito à mão, por construtores navais.


Inexplicavelmente, durante a 2ª. guerra mundial os nazis nunca se interessaram por esta preciosidade, jamais nela tendo entrado.


Encontra-se, pois, intacta e tal como foi erguida. Apreciem, então, toda a sua beleza assistindo ao concerto TUMBALALAIKA.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CERTO: "É UMA COISA DO ALÉM!"




Tal e qual, Alfredo!




(Luís Afonso, Público, Opinião, Bartoon, hoje)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

“CHAPARROS”

Ele há chaparros por tudo o que é mundo… (Abençoados. Gosto deles).

Ora um “chaparro” é assim a modos que um indivíduo curtido pelo Sol, que parece ter nascido cansado mas que está sempre atento e prestável. Mesmo que algum deles, ou a gente, esteja a descansar, há sempre um pronto a ajudar.

Os “chaparros” têm uma característica quase única: evidenciam a sua superioridade rindo-se das estórias que deles se contam.



Até na Damaia há “chaparros”, e é um grupo deles aí moradores (calhando descansando agora muito menos que quando lá no “monte”) que compõem um coral à moda da terra (chapéu preto e lenço vermelho ao pescoço, à maneira, pois “atão”) e nos traz uma descrição, cantada, do Alentejo dos nossos dias. Ora assista.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O NOSSO VELHO ALFREDO






Sempre atento... não lhe escapa uma!




(Luís Afonso/Opinião/Bartoon/hoje)

domingo, 5 de junho de 2011

JÁ QUE INSISTE…






Fez-se-lhe a vontade.



Mas de uma sua qualidade ninguém ousará duvidar: a inteligência.

Já no que respeita a outras características da sua personalidade… Todos sabemos que há voluntarismo e voluntarismo; determinação e determinação.



Ele mesmo constatou (ou alguém lho fez ver) que seria sempre parte do problema, que não da solução.



O país bateu no fundo. Há que trazê-lo à superfície

quinta-feira, 2 de junho de 2011

«BLOGUES DE GAJA»







Não sou muito versado na matéria (não são assim tantos os blogues que conheço) mas acho magnífica esta reedição de “blogues de gaja” porque já passei os olhos por bastantes.


Tem razão o blogueiro rps do “funes, el memorioso” que nos traz este delicioso naco de prosa, porque ”um blogue de gaja é uma chuchadeira. As gajas dos blogues de gaja são as ponhonhós da blogosfera”.
Mas há mais: em muitos blogues de gajas, e por vezes, elas pretendem ser voluptuosas… Coitadas! Não são mais que umas nhonhocas (também não precisa de explicação o significado): os seus pretensos requebros não passam de uma frustrante e delambida pepineira.



Ah! Mas atenção! É que, conforme também lembra o blogueiro citado “há blogues femininos muito interessantes. São os blogues de mulher, bem diferentes dos blogues de gaja. Se há! E muito bons.


Mas, nada melhor que ler o original.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

IDEIA LUMINOSA E SALVADORA

clique na imagem para a aumentar


Os excessos de alguns políticos (nem é necessário considerar os abusos, basta a sua actuação interesseira) é que nos conduz a apreciações e conclusões exageradas relativamente a outros…


Para a maioria dos casos não parece que seja de enjeitar tão luminosa ideia e tão eficaz solução.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ANÁLISE DO DEBATE ENTRE SÓCRATES E JERÓNIMO DE SOUSA EM 16 DE MAIO ÚLTIMO

A procissão daqui a nada entra no adro e o PS – ESTE PS – tem cada vez mais dificuldade em descalçar a bota. É uma bota alta e muito apertada: muitos pensam que não vai conseguir descalçá-la.

O PSD não abandona o estribilho de que falam todos quantos se pronunciam por esse partido: o PS é o único responsável pela situação em que nos encontramos, repetindo à exaustão a questão da “bancarrota a que conduziu o país”.


E à esquerda que se passa?

Se por esquerda entendermos o que desde o Dia da Liberdade se entende por tal (tirando, portanto os partidos mais radicais ou de menor representação política), tal entendimento põe-nos em confronto o PS e o PCP…


E entre eles, a que assistimos nós?


As expressões de Galamba (o representante do PS neste debate) são bem expressivas quanto ao embaraço que sentiu…


Se há uma verdade que ressalta… não vale a pena escamoteá-la, goste-se ou não se goste dos intervenientes neste frente a frente e das instituições que representam.


Uma certa vantagem para o PCP é visível na montagem verificada neste vídeo, mas não me parece que seja de tal monta que lhe deturpe a conclusão que se impõe.


São 14 minutos de diálogo vivo, com um fio condutor difícil (impossível) de rebater. Em que o knot out de Miguel Tiago sobre João Galamba parece inevitável e se torna evidente.


Assista aqui



 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O DEBATE DESTA NOITE NA RTP1

Cecilia Bartoli, aqui na ária “Anch'il mar par che sommerga” de Vivaldi, vai perdoar-me mas faz-me lembrar cada um dos participantes no debate desta noite na RTP1 (Sócrates x Passos Coelho). Oiça.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

AINDA A SAGA DO FMI

O velho Alfredo – um dos meus heróis - nunca deixa escapar a oportunidade do comentário arguto e adequado, algumas vezes um tanto corrosivo…

 
 
 
(Luís Afonso, Bartoon, Opinião, Público, hoje)
 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

QUEM HAVIA DE FUTURAR?

Acho que é uma muito agradável surpresa que um cantor tão popular – mas não “pimba” - nos traga, desta vez, uma tão preciosa peça… E – sublinhe-se – este não é o primeiro desempenho de Paco Bandeira na área da “intervenção”...

Foi feliz a variante e foi brilhante a actuação. Imperdível.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UM SAUDÁVEL SORRISO, ANTES QUE LHE PERCAMOS O JEITO



O arrefecimento da economia foi um dos graves problemas que nos conduziu ao desastre em que nos encontramos. Será que vamos morrer da doença ou do exagero da cura? Poucos acreditam que nos salvemos…

Desta vez venho propor o arrefecimento também, sim, mas do escaldão que a reacção à cura nos está a provocar…
E para isso, nada como uma boa piada que nos faça sorrir, coisa de que estamos a perder o treino.



sábado, 7 de maio de 2011

OS POLÍTICOS E “O VOO DO MOSCARDO”

Ainda no seguimento da linha do que algumas peças musicais me podem sugerir (como a de ontem), hoje trago o “Voo do Moscardo”, interlúdio da ópera de Rimsky – Korsakov “O conto do Czar Saltan”, que, como tantos interlúdios, se tornou uma peça autónoma do autor (primeiro escrita para violino e depois para piano). Era de tal ordem a dificuldade da sua execução que ela chegou a ser considerada impossível, o que veio a ser desmistificado e desmentido por diversos executantes, designada, e brilhantemente, pela chinesa Yuja Wang como se vê de seguida.

Sim, mas que me sugere este “Voo do Moscardo”?
A ligeireza, a espantosa velocidade de raciocínio e de expressão de alguns políticos que nos apresentam como boas e plausíveis ideias sofríveis ou más, deixando-nos, por momentos, pelo menos, na dúvida sobre a seriedade e a verdade daquilo que nos apresentam.
Aliás, esta constatação traz-me também à memória um célebre pensamento atribuído ao antigo presidente americano Abraham Lincoln: “é verdade que alguém pode enganar todas as pessoas por um tempo, pode, mesmo, enganar algumas pessoas por todo tempo, mas o que ninguém consegue é enganar todas as pessoas o tempo todo.”

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A TROIKA E "A SINFONIA DA MORTE”

A Quinta Sinfonia de Beehtoven é uma das composições mais conhecidas e executadas que ele escreveu. Curiosamente foi composta depois da morte da sua amada, Elisa, donde que seja também conhecida por alguns como "A sinfonia da morte".


Porque vem confirmar que a imaginação, o génio e a arte não têm limites é que trago hoje esta interpretação em japonês, e também porque penso ter algo a ver com este momento que vivemos - a Troika e a ajuda (?!) a Portugal: para que o humor que também encerra nos faça esquecer “tanta dor”!



quarta-feira, 4 de maio de 2011

O VELHO BARMAN




No lugar do Alfredo pensaria o mesmo: bem evitava de ter de ouvir destas!...


(Luís Afonso, Público, Opinião, Bartoon, hoje)

terça-feira, 26 de abril de 2011

CUMPRIR ABRIL

Hoje é impossível deixar um flash fugidio: é preciso fazer uma séria reflexão.

«Vivemos o mais sombrio 25 de Abril depois daquele que há 37 anos» comemorámos euforicamente.


Conjugando esta sensação ontem transmitida por Boaventura Sousa Santos com as sombras que cada vez mais se adensam sobre o regime, como têm, transversalmente, opinado tantos e tantos cidadãos, é altura de sossegarmos o ministro das Finanças lembrando-lhe onde pode cortar mais (passe a ironia).


Não é por muito se ter batido nessa tecla que, governo e “sus muchachos”, deste PS mais os seus neoliberais gémeos do PSD, se convenceram mesmo que o povo não é mentecapto. Nem lhes convém interiorizar isso, antes bem ao contrário.


E quando virá o dia em que seremos capazes de afirmar: acabou o recreio e o receio?


É que o povo está com os olhos abertos e disposto a tudo para mudar o rumo de toda a espécie de abusos a que vai assistindo.


E todos os “governantes” (ou seja - na sua quase totalidade e de uma forma geral - os que se governam) falam vagamente em cortes de despesas, sem as identificar, e em aumentos de impostos.


Mas porque não aceitam eles a sugestão das reduções com as mordomias dos três ex-Presidentes da República (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes administrativos, carros e motoristas) com o que suponho eles (dois, pelo menos) concordariam face ao momento que se vive?


Assim como a sugestão de diminuição de deputados e o fim das escandalosas mordomias que lhes respeitam?


Assim como a sugestão de acabar com as “baldas” e os gastos desnecessários em que se traduz a manutenção das centenas de Institutos e Fundações públicos?


E porque não acabar com as empresas municipais cujo alcance parece ser apenas o de aumentar os proventos de alguns funcionários municipais?


Porque não se procede a uma reforma drástica das Câmaras e das Assembleias municipais que nem, pelo menos, a do Mouzinho da Silveira em 1821?


Simultaneamente, porque não se aproveita para reformular o número das Juntas de Freguesia e não se acaba com as senhas de presença?


E na mesma onda porque se não põe termo à distribuição de carros a presidentes e assessores das Câmaras assim como à contratação de motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento de horas extraordinárias, na sua generalidade para uso em funções não oficiais?


E não será tempo de acabar com as frequentes e escandalosas renovações da frota automóvel nos organismos públicos? E já agora de colocar chapas de identificação de serviço público para refrear ânimos e evitar escândalos nas utilizações dos mesmos?


Não será tempo de acabar com iguais escândalos que se verificam com as frequentes deslocações de avião, em classe executiva, e com instalações em hotéis de 5 estrelas quando, entre os contribuintes, alguns não têm uma morada condigna?


Não será de pôr termo, quanto antes, aos milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.


Não será de pôr termo às obscenas reformas que premeiam escassa e fugaz dedicação a instituições oficiais, muitas delas cumulativas?


Não será de controlar seriamente os gastos de muitos milhões com o serviço público de televisão que resultam, sobretudo, para pagar salários milionários a alguns dos seus funcionários?


Não será já tempo, desde há muito, de acabar com o regabofe da pantomima das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"?


Não será altura de “Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País,
manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam”?


Quando se aplica a lei, rigorosamente, para não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis feitas à medida e à pressa?


Quando é que finalmente se aplica e cumpre a lei no respeitante à promiscuidade entre os Ex-ministros e as suas ex-tuteladas?


Quando chega o dia de os contribuintes receberem de volta os milhões que taparam o buraco do BPN e do BPP?


E porque vem a talhe de foice, quando se virá a exigir a Rendeiros, Loureiros, Oliveiras e Costa, Varas e outros que tais que, não tendo onde caírem mortos, de início, de repente se encheram mediante ilegalidades, truques e artimanhas – quando se lhes pedirão contas?


Quando se deixará de poupar os banqueiros e se lhe exigirá que cumpram os seus deveres relativamente aos milhões de lucros das suas instituições?


Como vêem, senhores (maus) representantes do povo e senhores (maus) governantes… O que não falta é matéria para corrigir e enfileirarmos por um país de gente decente e feliz!


Projecto original ideal do 25 de Abril, quem não se recorda da célebre trilogia dos três “D”: descolonizar, democratizar e desenvolver?


O projecto ainda está nas covas: descolonizar cumpriu-se, para desgosto de alguns: mas levámos a que as diversas independências florissem perdendo o estatuto de colónias. Porém, em matéria de democratizar retrocedemos, assim como na de desenvolver.


No fundo, ABRIL CONTINUA POR CUMPRIR.




VAMOS EXIGIR QUE SE CUMPRA ABRIL!
 

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