sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“PAREM DE MIMAR OS SUPER-RICOS”



Uma semana depois de conhecida a declaração de Warren Buffet, num artigo publicado no New York Times, a pedir que os políticos “parem de mimar os super-ricos” com isenções e outros benefícios fiscais, eis que agora é a vez de milionários gauleses, os possuidores de 16 das principais fortunas da França, insistirem com o Governo, numa petição ontem divulgada, para lhes aplicar uma “contribuição excepcional” sobre os rendimentos dos mais ricos com o intuito de fazer frente aos problemas financeiros do país. “Temos consciência que beneficiamos do modelo [fiscal] francês e do contexto europeu a que estamos ligados e que desejamos contribuir para preservar”, afirmaram.

Consta, entretanto, que “há mais de dois anos que os super-ricos portugueses, como seja banqueiros, supergestores, e todos os que têm dinheiro em off -shores, etc., fazem fila à porta das Finanças a dizerem
que querem ser mais colectados. Que querem ajudar Portugal.”

Esta hipótese faz supor que a iniciativa, nesta matéria, partiu foi dos milionários portugueses. Depois deles, Warren, primeiro, depois os seus congéneres franceses, seguiram o seu exemplo.

A verdade, como o azeite, vem sempre ao de cimo: os poderes constituídos fazem, por norma, pagar o preço da crise às classes mais desfavorecidas da população e às classes médias. E garantindo respeitar a equidade fiscal, como aqui se viu. Pelos vistos o conceito de equidade não é unívoco para o governo.


A França já tomou uma tímida medida, onerando com uma taxa de 3% os avultados haveres dos milionários. Seguir-se-á idêntica atitude no Governo de Passos Coelho? E também benigna ou mais consentânea com a realidade?




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