segunda-feira, 29 de novembro de 2010

“A CONCHA”


A casa, de traça arrojada, em forma de concha, é do jogador indiano de cricket Sachin Tendulkar, famoso entre os seus pares, construída em Bandra – Bombaim, sob risco do arquitecto mexicano Javier Senosiain.
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três vistas do exterior da “concha”

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dois pormenores da escadaria e do interior


jardim interior

caminho

"espaço poético"

sala da TV

salão de repouso


cozinha e detalhe

quarto
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Sem deixar de apreciar a genialidade do projecto, a excelência da qualidade, o paroxismo do sonho e do envolvimento e outros motivos que podem orgulhar a capacidade criadora e artística e de realização do Homem, já não pasmo, porém, com tais virtualidades porque a minha cabeça fica cheia de interrogações…

Não me coloco questões de legitimidade - nem de pudor, o que faria recordar, apenas, os tempos das virgens congeladas – mas questões de verdadeiro sentido crítico.

Não recrimino o dono da obra, mas lastimo que ele não tenha decidido fazer, antes, outra avaliação da matéria.

Enfim, e em termos do mesmo crítico, não deixarei de avaliar a possibilidade de se estar perante uma absoluta ausência de (tal) necessidade mas de um indisfarçável e agressivo excesso. Apenas.

É claro que ultra ricos – por herança antiga e acumulada, por meios mais ou menos transparentes, ou por mor de processos inconfessáveis – sempre os houve, mas nunca na proporção assustadora com que hoje proliferam, e que continuam a ser o sonho constantemente adiado de pequenos e médios burgueses, de frágil consistência, ou de mais alta burguesia cujo mais pesado crivo de dívidas lhes retarda a desejada meta.

Como peixe na água estão os “vivos”, os “boys” e os “clientes inolvidáveis” que, de uma obscura noite para um memorável dia, se sentiram arrebatados ao Olimpo para serem presenteados, sem que o mundo dos terráqueos desse por tal, com desmesurada generosidade por certos deuses circunstanciais, como se tudo se tivesse passado no campo da pura virtualidade.

Para esses não existem, no respectivo vocabulário, termos como senso, contenção, sentido crítico.



É preciso – é verdade – saber distinguir todas estas situações, conquanto, na prática (nos gostos e suas concretizações), tudo se reconduza, com ínfimas diferenças, ao mesmo, no mundo dos comuns mortais.
E ao mesmo porquê?
Porque o que efectivamente conta é que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres são cada vez mais visivelmente carenciados.

O luxo asiático torna o quadro mais melindroso e menos compreensível. Com ele, a muito provável marca do acinte da afronta é mais marcante.

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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«Como era Lisboa antes do terramoto de 1755

Fonte: Museu da Cidade e Público.pt

O Museu da Cidade, em conjunto com uma equipa da empresa portuguesa SWD Agency, recriou virtualmente ruas, praças e edifícios emblemáticos da capital antes da destruição provocada pelo sismo de 1755. A três dimensões, estes modelos virtuais, alguns animados em vídeos, transportam-nos para as ruas de Lisboa nas vésperas do terramoto. A partir desta quinta-feira, 25 de Novembro, no Museu da Cidade.»

Trago do Público de hoje e deixo aqui este modesto contributo de tão importante e interessante matéria, desde hoje apresentada no Museu da Cidade, objecto de aturado estudo:

1.

City and Spectacle: A Vision of Pre-Earthquake Lisbon from Lisbon Pre 1755 Earthquake on Vimeo.




2.

City and Spectacle: a vision of pre-earthquake Lisbon from Lisbon Pre 1755 Earthquake on Vimeo.



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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SERVIÇOS MÍNIMOS

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Boa, Alfredo!

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(Luís Afonso, Público, QA 24.11.10/Opinião/Bartoon)
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VENEZA

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Praça de S. Marcos

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Lembrando e parafraseando Jorge Sampaio (numa situação do género desta que hoje vivemos), há mais vida para além do Orçamento. (Haverá?)

O pior é que eu aproveite a pausa para falar doutra desgraça (segundo alguns) anunciada.

Veneza deve ser uma daquelas cidades italianas que tem mais (magníficos) monumentos por quilómetro quadrado.

E é uma beleza aparte: é uma das pérolas do país.
Nem é necessário encontrarmo-nos perante uma nova e assolapada paixão, para querer voltar lá. Enquanto é tempo…

Trata-se, de facto, de refúgio muito convidativo para os amantes. Mas, para além dessa característica, Veneza transforma-se, ela mesma, numa paixão para o seu visitante atento.
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mapa do centro de Veneza

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Pois a cidade das gôndolas está ameaçada de desaparecer em menos de 50 anos!
A lagoa adriática que foi o seu berço, pelos vistos, segundo os especialistas, virá a ser a sua sepultura, dentro de pouquíssimas décadas...

As imagens que seguem são cada vez mais recorrentes. E um mau presságio.












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Esperemos que os profetas dessa desgraça se enganem.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

BEBER ÁGUA DOS CHARCOS

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crianças sudanesas dessedentando-se

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Sei que o termo é violento, lastimo. Mas que tal, em vez de se beber água tratada, ou potável, chafurdar nas águas pantanosas e inquinadas, até há pouco em termos absolutos, desde há algum tempo em termos relativos?

Seremos capazes de avaliar estas condições, a gravidade dos riscos, a humilhante situação e a problemática saúde da generalidade dos povos africanos perante o razoável (no mínimo) conforto das nossas vidas em países e ambientes evoluídos?

Bom, e estes tubos de plástico, vermelhos, para essas populações beberem a água dos charcos são já um avanço recente, pois que dispõem de um filtro especial para essa função! Um luxo!?...

Não farão tais condições que nos sintamos incomodados?

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

P'RA SOSSEGA

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De entre os meus favoritos p’ra sossega, (tirando os clássicos – que são mais adequados para outros momentos) estão, entre mais, o Ennio Morricone (um jovem nascido em 1928), o Vangelis (1943), sei lá, o Keith Jarrett (1945). E outros.
Agora imagine-se o que é juntar a “mansidão” o “aconchego” dum Ennio Morricone com a saborosa fluidez, a vigorosa, cristalina a transparente voz, os agudos inebriantes de Dulce Pontes (1969), como tem acontecido desde há tempos em várias peças assinadas por ambos…!
Como acontece, afinal, no exemplo seguinte:



Uma maravilha, ou não estão de acordo comigo?

Eu… estremeço interiormente, confesso. De prazer.
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DIÁLOGO

«No amor ou na amizade se balançam
entre estar longe ou perto
das margens do coração ou do entendimento»
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No amor ou com amizade se entregam
desfazendo distâncias
num abraço muito estreito
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

JOANA AMARAL DIAS EM DIRECTO



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Joana diz, em poucas palavras, aquilo que outras pessoas, prolixas, só conseguem fazer em extensos textos.
Num curto apontamento, que além de conciso é rigoroso, como o que deixo transcrito a seguir, seu e em directo, como o endereço electrónico que se segue à sua assinatura demonstra, ela confessa que desconhece “qual é o dom especial que [os gestores portugueses] possuem para que ganhem muito mais que todos os outros” [profissionais com o mesmo grau académico, como médicos, cientistas, etc]?
É que, “segundo um estudo da Mckinsey, Portugal tem dos piores gestores.”

Mais, acrescenta ainda Joana: “Os nossos trabalhadores são dos mais mal pagos da Europa, mas os gestores são dos mais bem pagos. Um gestor alemão recebe dez vezes mais que o trabalhador com o salário mais baixo na sua empresa. O britânico 14. O português 32.”
É obra!

Não obstante a realidade atrás descrita e os juízos “elogiosos” que acerca deles (gestores) anotou, Joana recorda: «dizem que os bons gestores escasseiam [em Portugal] e é necessário recompensá-los. Senão, fogem do país.» Daí Joana parte para uma feliz comparança: “A fuga das
galinhas”, uma animação britânica (Chicken Run) do ano de 2000 que críticos e público consideraram a comédia mais original do ano e como o "entretenimento mágico para todas as idades!"
Após o que a mesma autora conclui: “Ok. Então, é simples. Se são assim tão poucos, ide. Não serão significativos na crescente percentagem de fuga dos cérebros que estavam desempregados/explorados. Depois, contratem-se gestores alemães ou ingleses. Por lá, não rareia tanto a qualidade. Estão habituados a discutir não só ordenados mínimos como ordenados máximos. E sempre são mais baratinhos.”

É ou não é de mestre?





Veja-se, então, o original da colunista política e comentadora (os sublinhados são dessa versão):



Abril 2010
Pensar alto

A FUGA DAS GALINHAS

Um gestor vale mais do que quem salva vidas e cria (vários tipos) de riqueza como um médico ou um cientista? Qual é o dom especial que possuem para que ganhem muito mais que todos os outros? Não se sabe. Mas essa ignorância não altera os rendimentos.
Mesmo que os resultados empresariais derivem de uma extensa cadeia. Mesmo que todas as empresas devam ter um papel social. Pois é. Os nossos trabalhadores são dos mais mal pagos da Europa, mas os gestores são dos mais bem pagos. Um gestor alemão recebe dez vezes mais que o trabalhador com o salário mais baixo na sua empresa. O britânico 14. O português 32. Mas, segundo um estudo da Mckinsey, Portugal tem dos piores gestores. Logo, quando se fala em reduzir direitos e salários, a quem nos devemos referir? Lógico? Não. Dizem que os bons gestores escasseiam e é necessário recompensá-los. Senão, fogem do país. Ok. Então, é simples. Se são assim tão poucos, ide. Não serão significativos na crescente percentagem de fuga dos cérebros que estavam desempregados/explorados. Depois, contratem-se gestores alemães ou ingleses. Por lá, não rareia tanto a qualidade. Estão habituados a discutir não só ordenados mínimos como ordenados máximos. E sempre são mais baratinhos.

Joana Amaral Dias, Docente universitária (pensaalto@gmail.com)


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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

COMEÇOU A CAMPANHA PARA AS PRÓXIMAS LEGISLATIVAS

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Ontem, quando toda a gente pensava que se iniciava, na AR, a discussão sobre o orçamento, tendo presente o acordo acabado de assinar entre o governo e o PSD, com data, hora, minutos e segundos registados… Eis que assistimos, antes a uma balbúrdia, a um tiroteio (mas de canhão pesado) sobretudo entre as bancadas deste PS e a do PSD, a uma troca de acusações, insultos e outras atitudes pouco próprias entre dois parceiros…

Pois… É que, ao contrário do que nos persuadiram, não assistimos à discussão do orçamento que hoje vai ser aprovado, mas antes ao início de uma feroz campanha eleitoral para umas legislativas ainda com data incerta, mas lá para meados do próximo ano.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"OS 4 PILARES DA ECONOMIA PORTUGUESA"

Não sei quem é o fotógrafo, mas o retrato está perfeito!

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Daí que não tivesse resistido a deixá-lo aqui, para memória futura e presente vergonha.


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RELEMBRANDO PARA NÃO ESQUECER

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o wrestling (como o mais caricato espectáculo campeão do faz-de-conta do desporto duro) tem neste momento no PSD e no simulacro de PS que governa o país, a sua melhor performance. E aos murros no chão, na contagem para o KO, tem o inquilino de Belém. Nalguma coisa somos os melhores


Antes de mais, recordo a minha postagem “Quase nos adormecem…” de 16.10.10.
Depois, veja, atentamente, o seguinte vídeo, e note o ar vencedor e aparentemente indignado de Marques Mendes.


Não há dúvida que os números são arrasadores e inquietantes, a roçar o obsceno e o escandaloso.
A propósito destas declarações, agora melhor explicitadas com o vídeo acabado de ver, mas já antes referidas de forma mais sintética, Marques Mendes, falando grosso e assertivo, adopta uma atitude patética de denunciador corajoso de situações inúteis mas agravantes do erário, como se fosse capaz de as fazer se o seu partido estivesse, ele, agora no poder…
Teatro, claro. Pura representação para eleitor impressionar.
São revoltantes e abomináveis estes actores de meia tigela… (Inclusive Cavaco, conforme deixou bem explícito na sua inesperadérrima declaração de candidatura… Declaração essa que foi um bleuf e uma vergonha)
Se, neste momento, e em grande medida, a responsabilidade máxima e directa é desta espécie de PS, isso isenta de responsabilidades e de culpa o maior partido da oposição? Este volume de inutilidades para sustentar a gula de tantos gandulos que vivem à pala do Orçamento foi criado no último lustro ou nos últimos decénios? Não concorreu para ele o PSD, dirigido, até, pelo actual presidente?
É claro que é simbólico o número de instituições dessa enxurrada a que se irá pôr termo… Ou poderia lá, o actual e o próximo futuro governo, acabar com as prebendas dos seus fiéis?
A posição do PSD, como oposição, coloca-o, neste momento, na situação confortável de poder criticar e responsabilizar este governo deste PS, como se sempre tivesse contribuído (o PSD) com uma política de melhores resultados.
O que não corresponde à verdade, como todos sabem.
A castanha não estalou nas mãos de governos do PSD (de Cavaco, designadamente, como já referi nestas páginas, em “Resolvido o tabu, eis a enorme surpresa!” de 27.10 e “A desmontagem de um mito” de 28.10) porque não se conjugaram, então, para esse acontecimento, as causas exógenas que agora vieram agravar a situação.
Mas em grande medida, e para estes glutões da mesa do orçamento contribuíram – ninguém ignora – governos do PSD. Sobretudo os de Cavaco que governou à tripa-forra.
Como é que sujeitos, como Marques Mendes, e outros, que também foram governo, só agora se crispem e, pondo asas, finjam falar de coisa nova a que são alheios?
Porque é que – neste caso concreto, porque é especialmente ele que está em foco com as suas declarações – porque é que, repito, Marques Mendes, do alto do seu poder, quando foi ministro, não denunciou, com o vigor agora usado, tais situações?
Como é que o povo pode ter boa, ou pelo menos razoável opinião sobre tais políticos? (Uma das pessoas que mais tem contribuído para essa péssima opinião é o próprio presidente que sempre quer mostrar-se como não político, insinuando vogar no éter, pairando sobre a política, como um arcanjo… Não significará isto um conceito de político como de um ser reles?)
O mais “barato” que se lhes pode chamar, a todos que tais, é fariseus!
O povo tem, aliás, uma designação mais expressiva para tais indivíduos: chama-lhes pantomimeiros (aliás, pouco versado em semântica, o povo chama-lhes, mesmo, é pantomineiros!)

Chega de teatro: assumam todos a responsabilidade sobre a situação em que nos colocaram.
A eles, políticos, boys, afilhados, compadres e “desinteressados” (?!) amigos, que têm um lastro abundantíssimo de proventos e bónus, a crise não lhe vai doer nada… Perdem (se perderem, e os que perderem) uns trocos!
Estão assim à vontadíssima para fazer recair sobre a classe média e sobre a mais carenciada as consequências da situação… Uns, acompanhando a situação com lágrimas de crocodilo, outros pondo um ar contristado, mas todos sem o mínimo de pudor, de dignidade e de verticalidade. E, de entre eles alguns com fama de impolutos, como Cavaco, um dos tais exemplos de alguém que usufrui de não sei quantas reformas à custa o Orçamento...

Que tristeza de falta de vergonha, e de sensibilidade, e de responsabilidade, e de respeito e de dignidade! A começar por Cavaco, com a sua falta de pudor no seu discurso recente, todo ele virado para o seu umbigo, mas fingidamente modesto e impoluto. Uma vergonha.

Precisará um candidato que fez campanha diária com tempos sucessivos de antena antes de anunciar a candidatura e que a partir de agora aparecerá vezes sem conta no melhor outdoor (TV) onde efectivamente não gasta um cêntimo, precisará ele de ter cartazes por aí fora? Outra atitude preconcebidamente fingida. Só se for para os desordeiros habituais lhe pintalgarem uma dentuça comprida de cada lado da boca. Mas vampiro ou acentuadamente parolo, sempre assustaria os passantes.

Não lhe pesará na consciência todo o conhecimento (e experiência concreta: caso BPN e caso Fernando Lima, por exemplo) que sempre silenciou, acerca de gravíssimas falcatruas que ocorreram nos últimos tempos?

Cavaco é de facto um político da craveira daqueles que ele quer denegrir.
Todos estamos fartos de ouvir e reouvir, de ler e reler, que ele é tão mau como os piores, ainda que se pretenda apresentar como sério e impoluto. Fingidamente, claro.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

AINDA O ORÇAMENTO




Nem de propósito...

Sempre atento à situação, hoje cá temos, de novo, o nosso Alfredo com o seu habitual senso e com a acutilância de sempre...





(Luís Afonso/Público de hoje/Bartoon/ em sede de Opinião)




ORÇAMENTO VAI PASSAR – OUTRA “SURPRESA”(?!)



imagem rapinada (por uma boa causa) ao Karikamania de Nelson Santos



Toda a gente diz que se trata do Orçamento do PS (deste PS deste governo) e do PSD. Salvo os Yessmen do PSD, como é óbvio (convém-lhes lá uma leitura dessas? E eles sabem bem porquê!).


Dentro do próprio PS (não desta turma de “neuro-liberais”, na feliz expressão de Sérgio Ferreira Borges) ele foi repetidamente apontado como um mau orçamento. (Campos e Cunha, ex-ministro deste governo foi o menos duro: chamou-lhe um orçamento medíocre)


Os experts que tenho lido e ouvido (os de toda a esquerda, porque os outros geralmente são surdos em certas circunstâncias como esta) é que ambos os parturientes deste aleijadinho tiveram mais que tempo para avaliar o resultado que semelhantes orçamentos tiveram ultimamente. Para corrigir “o tiro”… Mas não quiseram.

Isso é coisa em que não querem pensar ou que pouco os preocupa.

O que, em uníssono, afirmam aqueles críticos, é que ele vai ter consequências muito mais catastróficas do que as que geralmente já foram enunciadas.

E essas criaturas, a quem cabe a paternidade do OE, insistem que é um orçamento feito a pensar no superior interesse da Nação e nos mais carenciados… Ou seja, um bom orçamento.

A triste novela que representaram, os jogos e os gags (como o da interrupção das negociações por imposição do PSD para, na pobre e infeliz declaração do ultra narcisista Cavaco sobre a sua recandidatura, ele poder de novo proclamar-se como um presidente exemplar e único salvador da Pátria, quando já estava negociada a passagem do Orçamento) foram motivo de grande gozação, pois pensaram que os asnos que nos imaginam, não estávamos a ver as jogadas do sim e não, do talvez e do vamos ver, dos avanços e dos recuos, das declarações e contradeclarações. Que não víamos tratar-se de uma triste farsa (saloiamente) montada para nos distrair e enganar.

Acerca destes trastes, desta cambada de irresponsáveis, destes bestuntos interesseiros, Cavaco tem razão: os políticos - generaliza o isento (?!) presidente - são uma classe nada recomendável! Não é capaz de o afirmar explicitamente, mas é sem espécie de dúvida o sentido para que aponta.

Coitado: pese embora a sua matriz de fisionómica ruralidade, o sr, ilusoriamente, imagina-se de cariz urbano e de muito superior classe, fora da órbita dessa escumalha…




 

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