Toda a gente diz que se trata do Orçamento do PS (deste PS deste governo) e do PSD. Salvo os Yessmen do PSD, como é óbvio (convém-lhes lá uma leitura dessas? E eles sabem bem porquê!).
Dentro do próprio PS (não desta turma de “neuro-liberais”, na feliz expressão de Sérgio Ferreira Borges) ele foi repetidamente apontado como um mau orçamento. (Campos e Cunha, ex-ministro deste governo foi o menos duro: chamou-lhe um orçamento medíocre)
Os experts que tenho lido e ouvido (os de toda a esquerda, porque os outros geralmente são surdos em certas circunstâncias como esta) é que ambos os parturientes deste aleijadinho tiveram mais que tempo para avaliar o resultado que semelhantes orçamentos tiveram ultimamente. Para corrigir “o tiro”… Mas não quiseram.
Isso é coisa em que não querem pensar ou que pouco os preocupa.
O que, em uníssono, afirmam aqueles críticos, é que ele vai ter consequências muito mais catastróficas do que as que geralmente já foram enunciadas.
E essas criaturas, a quem cabe a paternidade do OE, insistem que é um orçamento feito a pensar no superior interesse da Nação e nos mais carenciados… Ou seja, um bom orçamento.
A triste novela que representaram, os jogos e os gags (como o da interrupção das negociações por imposição do PSD para, na pobre e infeliz declaração do ultra narcisista Cavaco sobre a sua recandidatura, ele poder de novo proclamar-se como um presidente exemplar e único salvador da Pátria, quando já estava negociada a passagem do Orçamento) foram motivo de grande gozação, pois pensaram que os asnos que nos imaginam, não estávamos a ver as jogadas do sim e não, do talvez e do vamos ver, dos avanços e dos recuos, das declarações e contradeclarações. Que não víamos tratar-se de uma triste farsa (saloiamente) montada para nos distrair e enganar.
Acerca destes trastes, desta cambada de irresponsáveis, destes bestuntos interesseiros, Cavaco tem razão: os políticos - generaliza o isento (?!) presidente - são uma classe nada recomendável! Não é capaz de o afirmar explicitamente, mas é sem espécie de dúvida o sentido para que aponta.
Coitado: pese embora a sua matriz de fisionómica ruralidade, o sr, ilusoriamente, imagina-se de cariz urbano e de muito superior classe, fora da órbita dessa escumalha…
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