segunda-feira, 28 de junho de 2010

O SR ANÍBAL É QUE DITA O PROCEDIMENTO DO PRESIDENTE

.
.
.
.
.

José Vítor Malheiros (JVM) é um jornalista, como alguns, raros, que tem o condão de nos oferecer uma boa peça, quer seja ela sobre uma matéria de Estado, seja sobre uma questão simples e corriqueira do dia-a-dia. Sobre qualquer assunto, mesmo que seja sobre os medos e os fantasmas de alguns, ou as preocupações e as consumições de outros.
A matéria-prima da sua obra é qualquer, porque de todas a sua pena consegue oferecer-nos um trabalho meritório e muito bem conseguido.

O artigo de JVM que trago hoje à vossa memória ou ao vosso conhecimento é, exactamente, sobre os fantasmas que enxameiam a cabeça de Sua Excelência, o nosso PR, e que, lamentavelmente, conquanto se tratasse de uma questão de Estado, não conseguiu vencer o provincianismo e a mesquinhez do preconceito. Coisa que não pode compreender-se, quanto mais aceitar-se, do mais alto representante da Nação. Mesmo que nascido em Boliqueime.

Ou seja, parece que atinar com o ponderado censo do Presidente de todos os portugueses é obra, pois o que o Sr Aníbal lhe segreda é que vale, de nada servindo, mesmo, o previsivelmente mais evoluído Dr Cavaco Silva. Infelizmente.

JVM escreveu, pois, na QA 23 deste mês, sob um registo ligeiro, leve, quase compaginável com o anedótico, outra virtude do mesmo jornalista, em reforço da seguinte percepção: acerca de certas mentalidades, mais vale expo-las ao ridículo do que insistir numa paciente, mas desgastante e infrutífera, tentativa de lhes abrir as mentes impenetráveis.

É um texto a merecer ser adoptado na minha antologia.

Veja, então, no APOSTILA: JUSTIFICAÇÕES PARA A AUSÊNCIA DE CAVACO SILVA


PS: Talvez porque em muitos aspectos as personalidades de Jaime Gama e Cavaco Silva não sejam passíveis de grandes confusões, como creio que toda a gente compreende, por isso mesmo a atitude do Presidente da AR parece carecer de maior compreensão para a falta grosseira que assumiu do que o Presidente da República.
Para além do académico, o cidadão Jaime Gama é, por certo, uma personalidade com uma bagagem cultural e uma visão desse mundo mais avançadas e sem ter sido adquirida em “pastilhas” ocasionais.

No fundo, uma circunstância impediu que fosse tão criticada a atitude de Jaime Gama: tratar-se, não da primeira figura da hierarquia do Estado, mas da segunda, e ainda por cima apagada.

.
.
.

1 comentário:

aminhapele disse...

Sobre o assunto,vale a pena ler "O grande zoo" de Rui Namorado e o "Politeia" de JM Correia Pinto.
Um abraço.

 

Web Site Counter
Free Dating Services

/* ---( footer )--- */