sábado, 28 de junho de 2008
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
Trago a imagem e o destaque de um artigo de André Freire, de há umas semanas atrás, no Público: “Além da crise e da nova liderança do PSD, o que mudou foi que o BE e o PCP parecem imparáveis e que a maioria absoluta parece uma miragem“.
As tais manifs e os tais números, argumentos a que o sr engenheiro e a sua equipa governamental (ministro Vieira da Silva incluído, para grande surpresa de alguns) dizem não atribuir a mais remota importância, são bem reveladores do enorme fosso que cada vez mais fundo se cava entre governantes e cidadãos comuns.
Desfiles como os organizados pelo PCP ou de gentalha como os reformados, professores ou outros grupos indefesos não valem nada nem podem algum dia comover os governantes, mesmo emergidos de um partido socialista que nem este.
Mas quando se trata da “paralisação” (não digo lockout para não ir preso) dos patrões de grandes ou pequenas frotas (ou de um único camião, acumulando com o “estatuto” de trabalhador – patrão, contudo, no caso em apreço) de transporte de combustíveis e de produtos abastecedores do mercado da alimentação... Então, aí, os opositores do patronato na mesa das negociações “piam mais fininho” (passe o plebeísmo) e são capazes de dar um jeito para serenar o espírito (chantagista, há quem diga) de tais senhores e sossegar a populaça que começava a ver as prateleiras do supermercado vazias e a sentir-se um bocado cerceada nos seus movimentos...
“O que se exigia a um governo socialista era o máximo de equidade na distribuição dos custos do equilíbrio orçamental” – discorria, em antetítulo ao artigo Desigualdades sociais e governação socialista, o mencionado politólogo.
Dois pesos e duas medidas?
Quem se atreve a pensar (ou, pior ainda, a afirmar) semelhante heresia?
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