terça-feira, 16 de março de 2010

"NOVOS HORIZONTES"

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Central Tejo, actualmente Museu da Electricidade, cada vez mais um espaço de cultura, que hoje (ontem) foi cenário do "Prós e Contras"


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Caiu o pano sobre os “Novos Horizontes”. Anseio incontornável dificilmente debatido ali, hoje, no simpático e agradável cenário do Museu da Electricidade da capital.

Passam os rectângulos publicitários dos apoiantes do programa. Cai um em que rapidamente li “Fátima Campos Ferreira calçada por” e logo cai outro que diz “Cafés Delta”.
Claro que o ruído que a minha leitura descompassada provocou – Fátima Campos Ferreira calçada por Cafés Delta – foi, talvez, consequência do enorme ruído que, no meu entender, se produziu no programa de hoje (ontem) no Prós e Contras.

A segunda (sobretudo) intervenção de Eduardo Lourenço deixou-me um pouco perplexo. E preocupado.

Vá: doeu-me que, mais do que de uma forma geral, a idade castigue tanto certas pessoas. Gostaria que Eduardo Lourenço não tivesse de fazer, brevemente, 87 anos!

Podia lá ser Fátima Campos Ferreira calçada pelos Cafés Delta?!

Como outras coisas pareceram, também, desconformemente evidentes e pouco possíveis.

A apresentadora que, evidentemente, não estava calçada com cafés Delta, agradeceu a particular presença no programa de Eduardo Lourenço, pela particular e justificada honra de tal presença e até porque se tratava da estreia, aí, do nosso renomado filósofo e ensaísta.

Ficaram-me algumas dúvidas (a mais insignificante delas, claro, sobre quem realmente calçou a moderadora) como me marcou uma dolorosa constatação.

Foi ali sublinhado que uma das maiores ansiedades do homem, hoje, é a de ver cada vez mais prometida uma sua mais longa existência – uma quase perenidade ou perpetuidade – mas que o seja à custa de artifícios dolorosos a vários níveis.

Complicados horizontes, os novos!

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1 comentário:

Anónimo disse...

RESISTIR PENSANDO, meu caro.
Café e cabelos passam num ápice, eles e elas não sabem... Contrariamente a ti, o que me faz duvidar e inquietar, não é perspectiva de "longevidade" mas a qualidade do tempo que nos querem tirar: os homenzinhos, novos e velhos, do outro lado.
Talvez a gente, os mais velhos, possa ajudar "a pensar".
Do outro lado, clichés.
Um guindado pelo nome tão familiar, os outros levantando o exemplo do que não tem exemplo - os eua. Onde todos são ricos, inteligentes, estudiosos, bandidos e mafiosos e pobres etc graças à ampla democracia-em-banho-maria mas sempre de espada em riste.
(by the way, eu nunca vejo esses programas, eu sou do contra mais que do pró. Só o vi pela filosofia de.)
Abç da bettips

 

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