o Zé,
no traço inconfundível de
Raphael Bordallo Pinheiro
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Não vale a pena socorrermo-nos de mais bengalas, frases feitas e chavões: os empresários “assim”, os gestores “assado”, os capitalistas “frito” e o trabalhador “cozido”.
É fácil – porque são muitos – pegar num caso e vertê-lo preto no branco: dando relevo, basicamente, a factos e números.
Mas nem invocando factos indesmentíveis e números tão arrepiantes como verdadeiros eles (capitalistas, gestores e empresários) têm pingo de pudor ou o mais pequeno rebuço em que tal matéria venha a público nem se tolhem pelo seu revoltante farisaísmo.
Se pode ser verdade encontrar-se algum empresário, gestor ou capitalista que não seja “assim” ou “assado” ou “frito” já é difícil encontrar algum trabalhador que não seja “cozido”, porque se o não for por mor daqueles, sê-lo-á por força do sistema. Que lhe é sempre adverso.
Veja-se o desplante de certas criaturas e a crueza de certos números no trabalho de Daniel Oliveira, há semanas publicado na sua coluna “Antes pelo contrário” no Expresso, com o título “UNS GANANCIOSOS, ESTES TRABALHADORES”, que, por ser um documento que tão bem caracteriza a época que vivemos, merece constar do Apostila do n&r e do flash.
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1 comentário:
"no poupar é que está o ganho", dizia-se... só que começam por baixo, pelos parcos ganhos de quem tem só uma força: a do trabalho!
Abçs da bettips
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