quarta-feira, 25 de junho de 2008
OS PARTIDOS E A MATURIDADE POLÍTICA
Em princípio poderia dizer-se: “com o mal dos outros posso eu bem".
Não é, exactamente, o caso.
Em qualquer país onde se viva em democracia, a oposição ao governo em exercício é sempre uma peça necessária e importante no equilíbrio das instituições, na discussão das políticas que visam prosseguir os interesses nacionais e no doseamento das medidas a tomar nesse sentido.
Fala-se, obviamente, de partidos credíveis, i. é, cuja organização, “nomenclatura” e líderes visam os referidos objectivos.
Tudo isto me veio à ideia, hoje, ao ler o artigo de Miguel Gaspar (MG), “O próximo ciclo”, no Público.
Falava aquele jornalista das recentes directas do PSD que, se não revelaram ainda um partido coeso (bem ao contrário, bastante fraccionado ainda por facções, capelas, baronatos e um jardim de infância), demonstraram, de algum modo, uma tendência para uma certa hegemonia da responsabilidade. Na verdade elegeu (sem grande folga, mas de forma algo convincente) a avó (é ela que faz gala no recente qualificativo) Manuela, deixou ficar em banho-maria o recém-senior Passos Coelho (para ganhar maior traquejo na gestão da coisa pública e alguma experiência na área da governação) e despachou de vez, devolvendo-o ao infantário, o rapazola que não desarma de “andar por aí”, na boémia e a coleccionar colos.
A fórmula é basto intuitiva, mas a verdade é que é da autoria de MG, que a sintetizou assim:
“O PSD voltou a ser um partido de pessoas crescidas”.
A eventual alusão a Marques Mendes só pode ocorrer a mentes perversas e mal intencionadas, já que, tenho a certeza, não é dessa estatura que fala o autor, não é esse líder que está a ser posto em causa, mas antes, seguramente, o da incubadora e o outro da mesma turma, o pouco gaio e falhado pediatra.
Será que o partido laranja estará, mesmo, disposto a não se dispersar por sensibilidades inconsequentes e a deixar a falar sozinhos tantos cérebros flamejantes que nele se reproduzem como cogumelos, todos eles detentores da verdade e da solução única?
Os testes não tardam.
Ainda que um deles – o mais decisivo, dentro de meses – possa ficcionar uma unidade que além de enganadora só pode ser oportunista.
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2 comentários:
Já me fartei de dizer que me parece a Tatcher. E não esquecer que há mais de 20 anos que anda por aí, de lápis na mão a fazer contas... e deu o que deu! Mais o morgadinho dos canaviais, o motas, o alteres...Depois (ce)deu o lugarzinho morno a outra delfina... e tudo isto me cheira a esturro. Apresentem alternativas de governação, pontos nos iis e chamem a isso OPOSIÇÃO, sejam sérios e honrados, deixem-se de espantalhos que lá estiveram, todos durões para malhar no povo, bolas ...já nos chega o prasidente da alforreca, digo, da marquise e da parcimónia! Se são social-democratas que DIGAM que social-democracia engendram, sem coberura do SNS, sem emprego, sem produtividade, sem agricultura...e sem CULTURA! Abçs
Maturidade política?!
Mas acha isso necessário?
Talvez que estes tenham um ar mais sério,mais respeitável.
Mas,não deram já provas?
Não foram os grandes promotores do estado a que isto chegou?
Acredito que vamos continuar o mesmo blá-blá,num tom mais"clássico".
Ainda não foi desta que apareceu a OPOSIÇÃO e,sinceramente,nem vislumbro o seu aparecimento...
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