quinta-feira, 26 de junho de 2008
QUE LIDE!!!
Mas que triste ideia a minha de me aventurar a debitar uns ligeiros considerandos sobre o que se passa no PPD. (Perdão: PSD) (Desculpem: PPD/PSD).
Como é que vou agora desembrulhar-me deste espinhoso e delicado debate?
Terei de enfrentar as sortes a que me candidatei e os passes de belo efeito que os meus urros provocaram.
Sem dono e sem norte, desgarrado e sem qualquer parentesco com os outros lá do curro, soltaram-me na arena para defender uma casta que não é a minha...
Sai de lá da porta dos cavaleiros a Bet, montando o seu cavalo alado, deslizando como o vento, rodopiando em meu redor, cravando-me os compridos e curtos que bem lhe aprouve e que eu, descuidado, bem mereci. Da montada, só se lhe adivinhava o halo e a fogosidade; da cavaleira o empenho posto na lide, a bravura com que cravava os ferros certeiros. Justérrimos! Revelando toda a garra que a caracteriza.
Eu bem procurava defender-me e protestava não pertencer àquele circo, não ser o meu papel aquele que incautamente proporcionei que alguém me atribuísse...
Esqueci-me, claro, que “quem não quer ser lobo...” Isso!
Mas em vão reclamava... Alea jacta est... Havia que receber, resignado, o merecido castigo a que me expus.
De seguida foi o Rui que saltou a trincheira e após me dar um baile de umas vistosas chicuelinas, umas quantas verónicas e uns tantos “capotazos” me despachou, completamente enrolado, com uns bons pares de bandarilhas, passes mais carregados de efectiva ironia que de intenção de castigo.
Ambos mereceram sair em ombros, depois das honras no centro do redondel.
Regressando ao tempo em que os animais não falam, e já fora da praça, nem foi preciso garantir aos meus dois impiedosos observadores, que não tratara ali (ontem) de defender a bondade da política da avozinha, nem a correcção das intenções de um dos mais recentes “senadores” lá da turma. (Fora de causa estava a euforia - que não é, realmente, uma feliz característica dos rapazes da minha idade - que demonstrava pelo knockout do da incubadora).
Como nem tive necessidade de invocar que não tinha o “ferro” de qualquer “ganadeiro”.
Mais: que se acho importante a existência de uma oposição de direita (melhor: de uma posição mais de direita), nem será para a ver ganhar eleições e gerir os nossos destinos, mas tão-somente para acicatar os nossos ânimos, lembrando falhas, sugerindo novas acções...
Os meus interlocutores, percebendo a minha intenção, não se pouparam a esforços para sublinhar o que eu queria dizer - mas que não deixei (desta vez) tão explícito - e para recriminar (muito justamente) a responsabilidade da turma laranja na situação que vivemos, designada e particularmente a, ora, vencedora: com a serena bravura que lhe é conhecida, e, naturalmente, sem a bela linguagem poética dos seus posts, a minha compassiva leitora. (Bravo, grande Bet, um abraço). Com a ironia e a calma que o caracterizam, o meu velho amigo Rui L (um abraço, também).
Nota: como logo se deixa ver, refiro-me aos dois comentadores da minha postagem de ontem.
Se o meu post teve algum mérito, foi tão apenas o de ter provocado as duas peças que eles aí deixaram.
Essas, sim, de gabarito.
O meu bravo e o meu abraço para eles.
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2 comentários:
A lide,meu querido amigo,é uma coisa demasiado séria,nobre e honesta para entrar nestas brincadeiras...
A verdade é que anda para aí muito cabresto à solta e demasiados pinóquios a vender sobreros...
Cá por mim,nem pinóquios nem sobreros!
Um abraço.
Deixe-me clarificar,por favor.
Penso,talvez erradamente mas é o que penso,que governação e oposição não têm seriedade,nem nobreza.
Já passámos as "vacas loucas".
Agora,estamos no tempo da "roda louca".
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