foto:Estela Silva/Lusa (Net)
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Conquanto dois dias, apenas, depois da dramática declaração de Sócrates acerca da gravidade da situação do País, o congresso do PS foi um manifesto apoio ao líder. . Bom, no fundo, a festa do PS foi a festa de qualquer congresso de qualquer partido: uma ocasião para fazer uma análise não demasiado contundente da sua situação, para a analisar com perícia, com moderação e com cautelas as medidas tomadas, passando ao lado das questões mais delicadas ou de maior fracasso, para fazer solenes declarações de fé e de esperança no seu programa, para proclamar a certeza no acerto das suas medidas, enfim, um hino e uma apologia do que poderemos referir como a situação dentro do partido – em contraste com alguma eventual oposição, larvar ou de relevo. . Acabado o discurso da consagração do líder e após o fim da festa, foi ver o corrilório das vedetas do partido à volta das televisões, como borboletas atraídas pela luz. E alguns tiveram sorte (suponho que um ou dois prefeririam não a ter tido). Foi assim que vi passar, a um passo das TV’s, para um lado e para o outro 527 vezes o deputado e super-vedeta Ribeiro de Almeida (claro que é uma provocação de exagero, pois ele só rodopiou por ali 39 vezes!). Mas não teve sorte, coitado. E deve-se ter imaginado irracionalmente marginalizado, como não terá compreendido que os media ousassem dispensar as suas declarações. Terá saído derrotado, desta vez, mas sem qualquer desfalecimento no seu ego. .
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De resto tudo correu de acordo com o figurino mais usado. Não sei quem vai convencer o PS (e quem, dentro dele) que, neste momento, Sócrates faz mais parte do problema que da solução.
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1 comentário:
O Lello até dava um "presidente" da AR...
Ainda lhe pedem por favor.Se ele não aceitar,batem à porta do Narciso.
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