o wrestling (como o mais caricato espectáculo campeão do faz-de-conta do desporto duro) tem neste momento no PSD e no simulacro de PS que governa o país, a sua melhor performance. E aos murros no chão, na contagem para o KO, tem o inquilino de Belém. Nalguma coisa somos os melhores
Antes de mais, recordo a minha postagem “Quase nos adormecem…” de 16.10.10.
Depois, veja, atentamente, o seguinte vídeo, e note o ar vencedor e aparentemente indignado de Marques Mendes.
Não há dúvida que os números são arrasadores e inquietantes, a roçar o obsceno e o escandaloso.
A propósito destas declarações, agora melhor explicitadas com o vídeo acabado de ver, mas já antes referidas de forma mais sintética, Marques Mendes, falando grosso e assertivo, adopta uma atitude patética de denunciador corajoso de situações inúteis mas agravantes do erário, como se fosse capaz de as fazer se o seu partido estivesse, ele, agora no poder…
Teatro, claro. Pura representação para eleitor impressionar.
São revoltantes e abomináveis estes actores de meia tigela… (Inclusive Cavaco, conforme deixou bem explícito na sua inesperadérrima declaração de candidatura… Declaração essa que foi um bleuf e uma vergonha)
Se, neste momento, e em grande medida, a responsabilidade máxima e directa é desta espécie de PS, isso isenta de responsabilidades e de culpa o maior partido da oposição? Este volume de inutilidades para sustentar a gula de tantos gandulos que vivem à pala do Orçamento foi criado no último lustro ou nos últimos decénios? Não concorreu para ele o PSD, dirigido, até, pelo actual presidente?
É claro que é simbólico o número de instituições dessa enxurrada a que se irá pôr termo… Ou poderia lá, o actual e o próximo futuro governo, acabar com as prebendas dos seus fiéis?
A posição do PSD, como oposição, coloca-o, neste momento, na situação confortável de poder criticar e responsabilizar este governo deste PS, como se sempre tivesse contribuído (o PSD) com uma política de melhores resultados.
O que não corresponde à verdade, como todos sabem.
A castanha não estalou nas mãos de governos do PSD (de Cavaco, designadamente, como já referi nestas páginas, em “Resolvido o tabu, eis a enorme surpresa!” de 27.10 e “A desmontagem de um mito” de 28.10) porque não se conjugaram, então, para esse acontecimento, as causas exógenas que agora vieram agravar a situação.
Mas em grande medida, e para estes glutões da mesa do orçamento contribuíram – ninguém ignora – governos do PSD. Sobretudo os de Cavaco que governou à tripa-forra.
Como é que sujeitos, como Marques Mendes, e outros, que também foram governo, só agora se crispem e, pondo asas, finjam falar de coisa nova a que são alheios?
Porque é que – neste caso concreto, porque é especialmente ele que está em foco com as suas declarações – porque é que, repito, Marques Mendes, do alto do seu poder, quando foi ministro, não denunciou, com o vigor agora usado, tais situações?
Como é que o povo pode ter boa, ou pelo menos razoável opinião sobre tais políticos? (Uma das pessoas que mais tem contribuído para essa péssima opinião é o próprio presidente que sempre quer mostrar-se como não político, insinuando vogar no éter, pairando sobre a política, como um arcanjo… Não significará isto um conceito de político como de um ser reles?)
O mais “barato” que se lhes pode chamar, a todos que tais, é fariseus!
O povo tem, aliás, uma designação mais expressiva para tais indivíduos: chama-lhes pantomimeiros (aliás, pouco versado em semântica, o povo chama-lhes, mesmo, é pantomineiros!)
Chega de teatro: assumam todos a responsabilidade sobre a situação em que nos colocaram.
A eles, políticos, boys, afilhados, compadres e “desinteressados” (?!) amigos, que têm um lastro abundantíssimo de proventos e bónus, a crise não lhe vai doer nada… Perdem (se perderem, e os que perderem) uns trocos!
Estão assim à vontadíssima para fazer recair sobre a classe média e sobre a mais carenciada as consequências da situação… Uns, acompanhando a situação com lágrimas de crocodilo, outros pondo um ar contristado, mas todos sem o mínimo de pudor, de dignidade e de verticalidade. E, de entre eles alguns com fama de impolutos, como Cavaco, um dos tais exemplos de alguém que usufrui de não sei quantas reformas à custa o Orçamento...
Que tristeza de falta de vergonha, e de sensibilidade, e de responsabilidade, e de respeito e de dignidade! A começar por Cavaco, com a sua falta de pudor no seu discurso recente, todo ele virado para o seu umbigo, mas fingidamente modesto e impoluto. Uma vergonha.
Precisará um candidato que fez campanha diária com tempos sucessivos de antena antes de anunciar a candidatura e que a partir de agora aparecerá vezes sem conta no melhor outdoor (TV) onde efectivamente não gasta um cêntimo, precisará ele de ter cartazes por aí fora? Outra atitude preconcebidamente fingida. Só se for para os desordeiros habituais lhe pintalgarem uma dentuça comprida de cada lado da boca. Mas vampiro ou acentuadamente parolo, sempre assustaria os passantes.
Não lhe pesará na consciência todo o conhecimento (e experiência concreta: caso BPN e caso Fernando Lima, por exemplo) que sempre silenciou, acerca de gravíssimas falcatruas que ocorreram nos últimos tempos?
Cavaco é de facto um político da craveira daqueles que ele quer denegrir.
Todos estamos fartos de ouvir e reouvir, de ler e reler, que ele é tão mau como os piores, ainda que se pretenda apresentar como sério e impoluto. Fingidamente, claro.
A propósito destas declarações, agora melhor explicitadas com o vídeo acabado de ver, mas já antes referidas de forma mais sintética, Marques Mendes, falando grosso e assertivo, adopta uma atitude patética de denunciador corajoso de situações inúteis mas agravantes do erário, como se fosse capaz de as fazer se o seu partido estivesse, ele, agora no poder…
Teatro, claro. Pura representação para eleitor impressionar.
São revoltantes e abomináveis estes actores de meia tigela… (Inclusive Cavaco, conforme deixou bem explícito na sua inesperadérrima declaração de candidatura… Declaração essa que foi um bleuf e uma vergonha)
Se, neste momento, e em grande medida, a responsabilidade máxima e directa é desta espécie de PS, isso isenta de responsabilidades e de culpa o maior partido da oposição? Este volume de inutilidades para sustentar a gula de tantos gandulos que vivem à pala do Orçamento foi criado no último lustro ou nos últimos decénios? Não concorreu para ele o PSD, dirigido, até, pelo actual presidente?
É claro que é simbólico o número de instituições dessa enxurrada a que se irá pôr termo… Ou poderia lá, o actual e o próximo futuro governo, acabar com as prebendas dos seus fiéis?
A posição do PSD, como oposição, coloca-o, neste momento, na situação confortável de poder criticar e responsabilizar este governo deste PS, como se sempre tivesse contribuído (o PSD) com uma política de melhores resultados.
O que não corresponde à verdade, como todos sabem.
A castanha não estalou nas mãos de governos do PSD (de Cavaco, designadamente, como já referi nestas páginas, em “Resolvido o tabu, eis a enorme surpresa!” de 27.10 e “A desmontagem de um mito” de 28.10) porque não se conjugaram, então, para esse acontecimento, as causas exógenas que agora vieram agravar a situação.
Mas em grande medida, e para estes glutões da mesa do orçamento contribuíram – ninguém ignora – governos do PSD. Sobretudo os de Cavaco que governou à tripa-forra.
Como é que sujeitos, como Marques Mendes, e outros, que também foram governo, só agora se crispem e, pondo asas, finjam falar de coisa nova a que são alheios?
Porque é que – neste caso concreto, porque é especialmente ele que está em foco com as suas declarações – porque é que, repito, Marques Mendes, do alto do seu poder, quando foi ministro, não denunciou, com o vigor agora usado, tais situações?
Como é que o povo pode ter boa, ou pelo menos razoável opinião sobre tais políticos? (Uma das pessoas que mais tem contribuído para essa péssima opinião é o próprio presidente que sempre quer mostrar-se como não político, insinuando vogar no éter, pairando sobre a política, como um arcanjo… Não significará isto um conceito de político como de um ser reles?)
O mais “barato” que se lhes pode chamar, a todos que tais, é fariseus!
O povo tem, aliás, uma designação mais expressiva para tais indivíduos: chama-lhes pantomimeiros (aliás, pouco versado em semântica, o povo chama-lhes, mesmo, é pantomineiros!)
Chega de teatro: assumam todos a responsabilidade sobre a situação em que nos colocaram.
A eles, políticos, boys, afilhados, compadres e “desinteressados” (?!) amigos, que têm um lastro abundantíssimo de proventos e bónus, a crise não lhe vai doer nada… Perdem (se perderem, e os que perderem) uns trocos!
Estão assim à vontadíssima para fazer recair sobre a classe média e sobre a mais carenciada as consequências da situação… Uns, acompanhando a situação com lágrimas de crocodilo, outros pondo um ar contristado, mas todos sem o mínimo de pudor, de dignidade e de verticalidade. E, de entre eles alguns com fama de impolutos, como Cavaco, um dos tais exemplos de alguém que usufrui de não sei quantas reformas à custa o Orçamento...
Que tristeza de falta de vergonha, e de sensibilidade, e de responsabilidade, e de respeito e de dignidade! A começar por Cavaco, com a sua falta de pudor no seu discurso recente, todo ele virado para o seu umbigo, mas fingidamente modesto e impoluto. Uma vergonha.
Precisará um candidato que fez campanha diária com tempos sucessivos de antena antes de anunciar a candidatura e que a partir de agora aparecerá vezes sem conta no melhor outdoor (TV) onde efectivamente não gasta um cêntimo, precisará ele de ter cartazes por aí fora? Outra atitude preconcebidamente fingida. Só se for para os desordeiros habituais lhe pintalgarem uma dentuça comprida de cada lado da boca. Mas vampiro ou acentuadamente parolo, sempre assustaria os passantes.
Não lhe pesará na consciência todo o conhecimento (e experiência concreta: caso BPN e caso Fernando Lima, por exemplo) que sempre silenciou, acerca de gravíssimas falcatruas que ocorreram nos últimos tempos?
Cavaco é de facto um político da craveira daqueles que ele quer denegrir.
Todos estamos fartos de ouvir e reouvir, de ler e reler, que ele é tão mau como os piores, ainda que se pretenda apresentar como sério e impoluto. Fingidamente, claro.
.
1 comentário:
Análise perfeita! Totalmente de acordo. Carlos
Enviar um comentário