Ouvi-lo na entrevista de Fátima Campos Ferreira, há poucas horas atrás, no 1º canal, foi altamente revelador: o discurso habitual de todo o videirinho acabado de chegar cheio de convicções de iludir todo o mundo. (No fundo é do que se trata).
Não foi um tiro no pé: foi uma metralha cerrada.
Depois de um percurso errático, do Bloco ao PSD, pelo menos, e depois de uma campanha em prol da cidadania contra a diabólica e “repugnante” política (partidária) democrática – sintetizada na tal profissão de fé e jura de inflexibilidade (a Judite de Sousa, como vimos) e na tal afirmação de uma atitude sem concessões e sem equívocos, eis que revela tanta ligeireza e tanta inabilidade como qualquer principiante pouco sensato, pouco certo e pouco seguro. Ao ponto de o patriarca da família real soarista se confessar “estarrecido”.
Afinal o homem não só se equivocou como fez concessões sem dificuldade ao jogo partidário por um preço “especulativo”. E ilusório.
Não sem a cada passo se esconder na falsa capa “do interesse da cidadania” e de Portugal. Tal qual os políticos interesseiros e sem escrúpulos.
Certo que tentou convencer a entrevistadora e todos os ouvintes que se tratou de uma decisão após uma semana de profunda e dura e difícil reflexão.
Mas a encenação não colheu, é claro.
Repito: tem o seu preço, como os mais arrivistas!
Soares manifestou-se (escandalizado e arrependido), mas para outros seus apoiantes deve ser, igualmente, uma novela dolorosa.
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1 comentário:
"humanismo" é isto?
Fiquei banzada...
B
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