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Jorge Sampaio foi esta noite entrevistado na RTP por António José Teixeira, sobre o que não deixo mais que um apontamento.
JS não se ficou, como a maioria dos mais comentadores, pelas afirmações de vagas de optimismo.
Para ele a questão está essencialmente nas pessoas. E disse que tinha confiança nos portugueses que hão-de tudo querer e tudo fazer para se entenderem na tomada das medidas necessárias para enfrentar seriamente a crise e seriamente lhe encontrarem soluções. E a uma pergunta (uma apenas, para exemplo) concreta sobre a sua opinião acerca do que se passa, “quer em cima”, “quer em baixo”, sobre o mau, injusto, por vezes escandaloso uso de benefícios sociais (sistemas de saúde incluídos) que de todo deviam ser negados em certas situações muito concretas, o ex-presidente respondeu que não iria fazer o comentário directo à situação, pois que tem grande respeito pela regra da universalidade. Mas que acredita na possibilidade de as situações serem concretamente avaliadas e objecto de novas e indiscutíveis medidas, óbvia e necessariamente aplicáveis sobre o afastamento tal princípio em casos bem definidos.
Jorge Sampaio, que os detractores descreviam como pessoa de discurso redondo e ininteligível, foi convidado a pronunciar-se sobre tudo aquilo que os media ultimamente nos tem oferecido, envolvendo acusações, suspeitas, versões antagónicas, e tudo o mais que ajuda a confundir o que realmente se passa, ou seja, ali esteve sob fogo apertado, mas acho que foi muito assertivo e muito claro quanto à sua avaliação da situação em que nos encontramos e sobre a forma harmónica e solidária sobre que cada um de dos actores sociais, dos diversos quadrantes e plataformas, se deviam encontrar e discutir a perigosa situação. E acerca desta possibilidade falou em duas características indispensáveis para que a análise e a acção comum pudessem desenrolar-se e frutificar: em humildade e em ninguém se colocar de fora ou à margem da origem de os problemas.
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1 comentário:
JS continua a ser um senhor,como sempre.
Vertical e directo.
Quem o transmite,por burrice preguiça ou malvadez,dizia que as palavras eram redondas.
Gostei de o ouvir e,até parece que o tempo não conta,gosto de o ouvir há 50 anos.
Será que tenho ouvidos redondos?!
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