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De há já bastante que circulam na rede certos textos de marcada qualidade literária e de conteúdo de grande profundidade que são propostos à nossa reflexão, em vídeo ou em power point (pps), como se foram escritos por grandes nomes da literatura… Mas que, afinal, ao fim e ao cabo, são antes textos de “ilustres” anónimos.
Amigos meus que me enviaram alguns textos desses como sendo da autoria de grandes celebridades do mundo das letras, receberam a minha resposta acerca da falsa paternidade atribuída nesses casos.
O que se passa é que há pessoas que encontram textos anónimos, ou que os produzem ou plagiam porque tiveram capacidade e ou ocasião para isso, e, para terem uma grande divulgação usurpam nomes celebrados do mundo da Literatura.
Muitas dessas situações já são sobejamente conhecidas, outras tornam-se de fácil detecção.
Há tempos – muitos, muitos meses já – recebi por e-mail uma dessas peças como sendo do nome maior do universo literário da língua inglesa.
Tratava-se de um uma “mensagem” nada mais nada menos que “de” William Shakespeare, intitulada «aprender».
Perante um texto destes, sobretudo se de rara divulgação ou, pior ainda, se desconhecido ou quase, a primeira coisa que me ocorre é admitir que seja apócrifo.
Foi exactamente a primeira coisa que me ocorreu ao ouvir o belo poema: será, mesmo, na verdade, ou não, do autor de Hamlet.
Daí que não o tenha nunca reencaminhado pelo correio electrónico, noutras direcções.
Desfiz, entretanto a dúvida: como li algures, na rede, trata-se de um poema feito (plagiado) por Verónica Shoffstall sobre um outro em língua inglesa de autor desconhecido.
Poema bonito, sem dúvida, mas de W. Shakespeare coisa nenhuma, como o próprio texto, até ele próprio, se bem analisado, deixa logo adivinhar.
Nestas coisas, como sabemos, “tropeçam” mais os brasileiros que vão, de imediato, a correr pôr em curso a sua descoberta.
Este, agora em apreço, é interessante, pois, e com matéria de reflexão, como deixei dito e entendido acima; e mais: muito bem dito.
Por essa razão, sim, trago-o para estas páginas. Não por motivo da paternidade que lhe atribuem que, tudo leva a crer, é falsa.
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"Aprender" - é o título que trazia.
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