terça-feira, 30 de setembro de 2008

DIVÓRCIO




Tropecei, esta noite, nesse caixote que prende a atenção de milhões de pessoas durante muitas horas por dia...
Estava em debate uma questão importante: queremos acabar com o casamento-negócio ou não?
Discutia-se, portanto, no “Prós e Contras”, a nova lei do divórcio.
Assisti.
Não fiquei com dúvida de que o contrato mercantil do casamento e que a sua perspectiva de filhos-mercadoria foram, ali, completamente cilindrados.

Ouvi duas vozes mais serenas, que não com mais razão (uma jurista e uma psicóloga), na defesa da instituição nos moldes tradicionais, como era defendida no tempo em que o lema era “Deus, Pátria e Família”, como muitos se lembram e outros tiveram notícia.
Logo, contra a nova lei.

Mas no outro lado da bancada, contra esses velhos preconceitos, ouvi vozes bem acaloradas (mas sem expressões orais ou mímicas de ridícula exuberância), que, por alguma razão, até foram mais aplaudidas...

Sem entrar em mais detalhes, por ora, referirei, apenas, em cada uma das posições, um dos respectivos intervenientes, guiando-me não só pelo peso ou leveza da sua palavra como pela sua maneira de estar.

Dum lado, uma senhora lívida, completamente... (ai, como vou dizer... não, histérica é deselegante... Ah!)... Exuberante (ridícula exuberância, dizia eu mais atrás), aos gritinhos e esboçando uns sorrisos tão amarelos e tão contrafeitos que até a mim me faziam dó, quanto mais aos seus pares na discussão...
A senhora sofria, visivelmente angustiada, porque os deuses a desampararam e o entendimento se lhe obnubilava. Não era só na forma que era lancinante a sua prestação... Pior: o engenho, a arte e a palavra não convenciam (bem ao contrário).
Rita Lobo Xavier, a sua graça. Advogada.

Do outro da barricada, entre o público, um senhor que respirava uma vivência que não pactuava com o política e socialmente correcto. Absolutamente em paz consigo próprio, além de não desperdiçar conhecimentos técnicos, porque os revelava sem necessidade de alardes, demonstrava um conhecimento também urdido numa longa experiência. E que experiência (na barra e na vida)!
Galamba de Oliveira, de seu nome. Advogado.

Valeu a pena!
Fica só o traço genérico.
Da fotografia alguém se encarregará. Como do relato.

3 comentários:

Rik disse...

Como podes ler no meu blog, fui bastante mais duro que tu no que tratou à performance da Rita Lobo Xavier. 5000 contos davam-me jeito? os homens não podem ficar com os filhos porque não sabem fazer tarefas domésticas? É isto uma professora universitária?

aminhapele disse...

Não vi o programa,mas foi hoje conversa de café.
Uma das participantes na tertúlia,uma médica "direitinha",desabafou que espera que nenhum dos seus rebentos caia nas mãos da Prof.Rita.
Para deseducar,é melhor aproveitar o tempo nas discotecas...
Um dos tertulianos alvitrou que a Prof.Rita,no intervalo,recebeu um telefonema do irmão e,por isso,na 2ª parte já apareceu menos histérica!
Se tiver tempo,vejo hoje a repetição!

aminhapele disse...

Estou a acabar de ver a repetição do programa,na RTPN.
JLF fez um belo retrato do que se passou.
A "tertúlia" do café,também.
As intervenções de Jorge Strecht,Galamba de Oliveira e de ... Proença de Carvalho(esqueci o primeiro nome da senhora) foram esclarecedoras,tranquilas e de alma limpa.
Lamento que haja prof.catedráticos como a Prof.Dra.Rita.
E,como se não bastasse,ainda ouvimos os disparates da Dra.Isilda do Não.
O que querem é "trocados".
Querem lá saber da FAMÍLIA para alguma coisa?!

 

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