terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

GÉLIDA VINGANÇA

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Tal como as conversas, também as ideias são como as cerejas.
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Depois de vencedor (todos sabemos como) de concurso televisivo, alguém está, agora, apostado em branquear a imagem do misantropo e austero Salazar, querendo apresentá-lo como um indivíduo de espírito sensível, designadamente, imagine-se, aos sinais e mistérios do amor.
A produção que corre aí apresenta-o como um adónis irresistível, caindo, até, no exagero de o “tornar” um conquistador das dúzias ou um galã de meia tigela…
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Que a novela faça bom proveito aos consumidores de róseas historietas.
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Mas falava eu de conversas ou ideias que surgem encadeadas por qualquer elemento comum que as relaciona…
Daí que me tenha lembrado do pequeno vídeo clip que se segue, onde - pese, embora, a sua finalidade publicitária - certos sedutores “profissionalizados” são objecto de ridículo e vexatório tratamento por parte de mulheres que, sendo belas, não pactuam com menos favoráveis (pre)conceitos que a seu respeito tais criaturas constroem e alimentam…
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Não sei se o “botas” alguma vez foi objecto de contrariedades, deste jaez, se alguma vez o seu orgulho de “macho” foi beliscado por alguma das suas “eleitas” – deixo a matéria aos cuidados dos biógrafos do ditador…
Numa situação, como a apresentada no vídeo, numa dessas apostaria que não. A sua atávica rusticidade não o deixaria ir tão longe.
Mas noutras… Ah! Isso consta que sim…
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No fim de contas, tudo isto para mostrar, num breve minuto, como uma mulher inteligente sabe servir, gelada, a sua vingança!

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Nota: só por mero acaso, repito, eu falo do “botas” e o filme do coiro!

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2 comentários:

aminhapele disse...

É bom darmos asas à imaginação!
Imaginemos o botas,no Forte de S.Julião,sentado na "malvada" cadeira à la directeur,contemplando um bocadinho de mar e ver entrar a D.Maria com a relação das compras e os papeis das galinhas e dos ovos que,dizem,vendia.
O portas,perdão,o botas passava-se!
Tinha que avançar,antes que levasse com o pau de cerejeira!
Nosso senhor nos perdoe!

bettips disse...

Não é de estranhar o teu acaso entre coiros e botas. É que há coisas que a gente não esquece e graçasadeus nos indignam ainda hoje!
Não vi, claro: a História desse tempo tem pouca novidade para mim. E muito menos em jeito de fotonovela ou tele. Mas li as críticas de dois jornalistas no Público no dia seguinte. E chama-se a "isto" democracia: mostrar lixo e dizer depois "parece impossível: ter mostrado o lixo!"
Abç

 

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