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A proposta de Lei do OE prevê a “cobrança de uma taxa autónoma de IRC de 35 por cento sobre os gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis pagas a gestores, administradores ou gerentes de empresas, quando representem mais de 25 por cento da remuneração anual e ultrapassem os 27.500 euros”.
Esta medida, segundo Filipe de Botton, “é totalmente demagógica”.
(Não, o leitor leu e compreendeu bem: não é o comentário do sr Botton que é demagógico -… lá possível! -, é a “atitude” do legislador!)
Há profissionais de grande gabarito no reino das ciências e dos seus cultores. Encontram-se entre os engenheiros, os médicos, os advogados, os administradores, os gestores, os economistas, os financeiros e tantos mais. Porém, para Ricardo Salgado, para além destes, e apenas entre os administradores e gestores, existe uma plêiade de sobredotados cujo brilho de inteligência deixa a nossa galáxia na penumbra.
Segundo o patrão, ou confrade, do sr Botton, isto pode até transformar-se numa tragédia terrível se tais sumidades, aparentadas com os deuses do Olimpo (Salgado, Jardim e quejandos), resolvessem emigrar.
Certo que se trata de cérebros que foram incapazes de prever e ou travar a crise que se abateu sobre o mundo.
Mas cérebros super competentes, contudo, “gente muito valiosa” "que pode abandonar-nos" (na afirmação de Salgado), para cúmulo da nossa infelicidade.
É claro que R Salgado queria acompanhar o seu discurso com um ar sério, como conviria na circunstância, mas não se conteve e deixou escapar um ligeiro sorriso, como a imagem ainda deixa entender.
Já alguém (medianamente inteligente e informado) terá admitido o que seria emigrarem de Portugal gigantes em matéria de gestão do gabarito de um Oliveira e Costa, Rendeiro, Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho e outras estrelas que por aí vão cintilando, ainda que, por enquanto, com menor brilho? (Com um brilho ainda muito baço, mas já pagos a peso de ouro!)
No dia em que empresas da envergadura de uma Bosh se lembrarem de “cortar com os bancos que mais bónus pagam aos gestores”… Ou em que uns milhares de pme’s e particulares cancelarem as suas contas nos ditos bancos…
Demagogia?
Quem falou em demagogia? Quem foi?
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2 comentários:
Ainda bem que o Berardo regressou e está a fazer os possíveis para pôr essa gente na Ordem.
Se não houver TGV para a Madeira,sempre iremos ter a valiosíssima colecção de borboletas na Torre de Belém e as natas vão ter sabor a poncha.
Os sobredotados investidores que andam a "resolver" a crise há 35 anos, quer dizer, a inefável crise dos bolsos deles! Demagogia para povo (inculto).
Abç da bettips
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