quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ACONTECE, POR VEZES...

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O amor, por Almada

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«Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.»
Guardador de Rebanhos
Alberto Caeiro

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Ruminando rimas

No reverso do teu olhar
está a minha esperança de te agradar
de te saber feliz.
Na moldura do meu pensar
fico inquieto a indagar
o que o teu olhar me diz.

Os dias distantes,
soltos,
desconjuntados,
sem norte e sem sentido,
são o pasmo do “galo” atrevido,
reflexos insensatos,
revoltos
e fugazmente inebriantes.

Se juntar aos teus silêncios
a brandura das tuas palavras
somo a extensão, a força com que lavras
dos meus sentidos o incêndio.

Desfazendo laços
reavivo a memória.
Construindo espaços
recomponho a história.

De saudades desfaleceu
o tonto que havia em mim;
com vigor me repreendeu
o outro eu, sem dó nem fim

Não sinto mais valha
hoje que nos tempos d’antanho,
nem a coisa m’atrapalha
ou causa o mínimo assanho
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1 comentário:

José Ricardo Costa disse...

Gostei muito! Não apenas da forma, do elemento poético propriamente dito, mas também do conteúdo. Parece-me escrito por alguém que se reencontrou e que pode dormir descansado.

JR

 

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