.
O relato seguinte é verdadeiro, passou-se com pessoa das minhas relações e com ele pretendo mostrar que, mesmo em Portugal, há técnicos e profissionais – portugueses, não garanto, mas estrangeiros seguramente que sim – que têm um procedimento absolutamente ímpar, louvável e surpreendente para o espírito que molda e anima o comum dos mortais…
Senão, vejamos.
Makoto Sakamoto é um dos discípulos dilectos de Mestre Kobayashi, o famoso e conceituado terapeuta, segundo métodos tradicionais e científicos orientais (japoneses, no caso), que era procurado, para cura dos seus males relacionados com a coluna vertebral, por toda a casta de cidadãos das várias condições sociais e por toda a espécie de profissionais, médicos incluídos.
Samakoto, todos convêm, não deslustra o nome, o saber e a competência do seu Mestre.
F., com problemas e manifestações dolorosíssimas na zona lombar, acorreu, recentemente, aos serviços de urgência de Santa Maria. Aí foi atendido com aceitável rapidez, onde, no seguimento das consultas lhe fizeram os exames complementares de diagnóstico normais, RX incluído, na sua situação pessoal, diagnosticando uma lombalgia. Ali mesmo lhe administraram um fármaco injectável e prescreveram outros. E regressou a casa.
F., contudo, apenas deitado conseguia vencer a crise, já que, de pé, muito dificilmente conseguia aguentar as dores. E, muito menos, conseguia fazer qualquer esforço.
E foi nestas condições que passou três ou quatro dias.
Por fim, e a conselho de pessoa amiga, consultou o especialista Makoto Sakamoto. Este, vista a radiografia, pedindo esclarecimentos complementares a F. sobre a situação e procedendo a testes, referiu que lhe parecia conseguir ultrapassar o problema em seis sessões do seu tratamento.
Mais (e aqui o primeiro dado da sua surpreendente e louvável mentalidade), se ao cabo de três sessões não sentisse muito sensíveis resultados, poderia desistir do seu tratamento.
Posto isto (e seguem-se os mais dados que deixam qualquer de nós embasbacado), e na hora de apresentar a conta dos seus honorários pela consulta (€ 60,00), Sakamoto quis esclarecer outros pontos da conversa que tinham tido antes, como se tinha trabalho ou se estava desempregado.
Ao que F. respondeu que estava sem emprego. “Mas tem disponibilidade de pagar?” – ainda inquiriu. “Sim”, respondeu o paciente. Nesse caso – continuou Sakamoto, para estupefacção de qualquer um de nós – paga a consulta e pagará cada sessão de tratamento, com um desconto total de 20% por cada uma, sendo 10% por atenção ao cliente que o recomendara e mais 10 (aqui, sim, a grande novidade) por estar desempregado (!!!).
Será imaginável um prestador de serviços, português, proceder em tal conformidade e demonstrar uma sensibilidade e uma mentalidade deste jaez?
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Tal técnico,a esta hora,já deve estar preso...
Deve-lhe ter caído em cima uma qualquer Ordem e,provavelmente,já deu as mãos para a penhora.
Enviar um comentário