Em Timor decorre uma cerimónia oficial.
Entre as figuras mais destacadas, a um escasso metro do respectivo Presidente da República, Ramos Horta, um convidado dorme profundamente.
Não será legítimo admitir que o (por certo) ilustre convidado tenha votado ao seu soberano desprezo a cerimónia para que fora convidado e, pela proximidade do representante máximo da República local, como especial convidado de honra.
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O ar divertido do presidente Ramos Horta e o disparo oportuno de captação da cena pela sua câmara fotográfica, à socapa, confirmam tratar-se de alta individualidade que, vencido por impulso irresistível e/ou, quem sabe, por enfado de tediosa cerimónia, dorme, sossegado, feliz e despreocupado, o sono dos justos… O passageiro, que não o definitivo.
E quem era tal individualidade que exibia, assim, tamanho desplante e quebra de protocolo?
Ora… Tratava-se, apenas, de Sua Excelência o Senhor Embaixador de Portugal em Timor.
Provavelmente, e conquanto lhe tenha sabido bem aquela passagem pelas brasas, talvez o Sr Embaixador tivesse ficado um pouco perplexo ao acordar e sentir-se apanhado pelos outros circunstantes ilustres convidados…
Quão grandes sacrifícios não tomam, por vezes, lugar em idênticas circunstâncias!
Pelo seu ar, o Sr Presidente Ramos Horta não terá levado em conta de grande gravidade aquela situação de (provavelmente curto) sono reparador do Sr Embaixador. E este, não obstante a sua (presume-se) ainda breve carreira, já tem uma saborosa estória para contar.
O protocolo, por vezes, deve ser um problema de difícil resistência!
1 comentário:
O Embaixador Soneca!
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