Santana Lopes, em mais uma excelente composição de kaos
«O problema mais urgente é devolver ao PSD a "credibilidade" perdida”», declarou, de acordo com o senso mais comum, Manuela Ferreira Leite ao apresentar a sua candidatura
Mas o senso mais comum está decididamente arredado de muitas cabeças “bem pensantes”.
Assim, Santana Lopes (sem curar de saber quem contribuiu para tal quebra de credibilidade) afirmou, ontem, que se candidata à liderança do seu partido para, «principalmente, ousar enriquecer Portugal», considerando que o país piorou com a governação do PS e não está condenado «ao fim das escalas».
Relativamente à língua pátria, creio que mais importantes que os recentemente discutidos problemas ortográficos, mais graves são as questões semânticas, com que deparamos cada vez mais.
Sem necessidade de invocar os clássicos, “ousar enriquecer Portugal” ainda é vulgarmente entendido como ter a coragem de tornar rico, aumentando valor e qualidade a Portugal, engrandecê-lo, enobrecê-lo.
Mas é evidente que só pode ter essa coragem, em consciência, quem tenha algo para oferecer, porque os cultive, esse valor e essa qualidade, com que paute a sua vida. Só quem for rico desses valores, só quem tenha essa enorme qualidade, só um espírito abnegadamente grande, de reconhecido e nobre carácter, pode estar em condições de, credivelmente, propor semelhante oferta.
Quererá o partido social-democrata convencer-nos que pretende que Portugal abandone o “fim das escalas” designando para seu líder alguém que se encontra na zona mais negra e negativa dos seus cotados?
Restaria, pois, uma séria dúvida, se não fosse sobejamente conhecido o oferente: ousadia ou impostura? Ou baixíssimo despudor?
Há pouco, na incubadora... O “menino guerreiro” terá, tão depressa, deixado a chupeta e o colo (e os colos, muitos; variados, apetecíveis, confortáveis, oferecidos – talvez algum conquistado), para se tornar de um comprovadamente irresponsável e incompetente e megalómano e desequilibrado e instável e palrador de inconsistente verborreia e madraço e incapaz, num exemplo de saudável cidadania, de impoluto rigor na conduta, de bandeira de liberdade e progresso?
Vê-se logo que não. E o bando do costume que o apoia (conquanto mais feridente, talvez mais ajustado: gang - mas também há que pesar se será excessivo corja) donde ressaltam nomes de enorme gabarito, como José Raul dos Santos e outros mais “closed” e badalados, esclarecem o verdadeiro intento.
Menezes?
Menezes – que nem deu pela traição – de momento apenas confirma tratar-se de um candidato que “tem credibilidade”.
E estes cavalheiros exprimem-se desta forma com um ar sério, sem esboçar o mais leve sorriso.
Espantoso.
Não é o líder do PSD (PPD/PSD como o reivindicador da extensão da memória de Sá Carneiro prefere, acintosamente, dizer) que me consome, neste “transe”... Lá agora! Com esse “sofrimento” e excitação posso eu bem.
O que me preocupa é o país, já tão pelas ruas da amargura: já se imaginou um eventual primeiro ministro de Portugal saído do mundo da boémia, irresponsável e sem qualquer credibilidade?
Melhor: já viram bem o que era voltar a ter o “menino-guerreiro”, de novo, a governar Portugal a partir da incubadora?
Creio que os portugueses de qualquer credo, raça, ideologia e condição não vão consentir em tamanho vexame, em tão grande desprestígio.
2 comentários:
O duelo no Império é entre "burros".
Este,parece mais um "borrado"...
Arrepiante..
ou fátima
ou futebol
(só li por alto, tenho a memória fresca desta peça/pessoas e chateia-me "pedirem" para que seja "uma verdadeira oposição".
A quê? Mais parece que nos andam a enganar, ambos os dois...!)
Abçs
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