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O impante Mário Soares que, aquando do 25 de Abril, tolerava mal o desconhecimento da sua personalidade na cena internacional, acabou por conseguir, aos poucos, insinuar-se em certos círculos políticos da Europa.
Até que, durante a consolidação da nossa jovem democracia, ganhou foros de estadista conceituado.
Mas é claro que, no seu jeito empáfio, foi à custa do sacrifício de certos dos seus camaradas que, sem qualquer intenção de o baterem em popularidade e competência, lhe faziam sombra, segundo a sua imaginação. E se havia coisa que ele não perdoava (perdoa) era (é) essa virtualidade, não hesitando em abater tais figuras, por vezes ferozmente (como aconteceu com o seu particular companheiro e amigo Salgado Zenha) ou de forma menos violenta (como aconteceu com Manuel Alegre – com quem acabou, agora nestas últimas presidenciais, de fazer o ajuste de contas, pelo seu “desaforo” nas presidenciais de 2006). Estas vítimas, entre outras, são as mais destacadas e conhecidas.
Toda a gente sabe que a auréola que Mário Soares conseguiu conquistar foi mais conseguida com demagogia do que com competência. Aliás, todos nos recordamos das críticas de que era alvo pelo seu fraco domínio dos “dossiers”, a cujo estudo dedicava pouco empenho e labor.
Mas como sempre foi homem de palavra fluente, conseguia contornar tal problema com alguma facilidade perante os seus opositores mais distraídos, ou face aos seus apoiantes mais complacentes.
Mas, do ajuste de contas de Mário Soares com Manuel Alegre ao triste e quase funéreo elogio do presidente ora reeleito, o texto que trago hoje, mais uma vez de Baptista-Bastos, é mais uma peça imperdível deste autor, agora transcrita do DN de 24 do corrente mês e intitulada PEÇAS DO 'PUZZLE'
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1 comentário:
Sonsos
rancorosos
países que se formam de pessoas assim, não merecem a História - e muito menos devem encher a boca da areia democrática.
Já vem de longe...como o Constantino, lembras-te?
Abç da Bettips
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