segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

QUANTO MAIS PINDÉRICO E MAIS LAPAROTO… MAIS PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA

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Nem me tornei em correia de transmissão do Jornal de Negócios, nem em encartado apresentador de Baptista-Bastos.

É o puro acaso, e uma mera coincidência, somados à minha normal opção de matéria para o APOSTILA, que me traz hoje de novo com aquele colunista.

Desta vez para falar do modesto e retraído Cavaco Silva. E sonso. Extremamente sonso!

Olhando para a sua imagem de marca, penteado incluso (nem um cabelo desalinhado), vistam-lhe uma bata branca, prantem-lhe uma tesoura e um pente no bolso pequeno de cima e… Aí está a imagem que melhor lhe assenta.
O Prof não tem um espelho… E que tivesse: ele não o contrariava no seu pendor.
E sua mulher (perdão: sua excelsa esposa), no seu provincianismo “poucachinho”, deve conferir com a dita imagem, imaginando-o, porém, e por certo, um super-modelo digno de figurar em qualquer montra da rua dos Fanqueiros.

A timidez do presidente deve arrasar-lhe os nervos e bloquear-lhe a mioleira. Falar em público, como comer em público, ou ter qualquer procedimento em público, ou mesmo e tão só estar em público, deve equivaler a uma tirania monstruosa. Deve consumir-lhe uma penosa paciência forçada que o perturba por tempos infindos.
Daí a sua constante expressão de permanentemente obstipado.

Quem é tão tímido, por natureza, tem, por vezes, uma plêiade de conservadores e paternalistas comentadores e críticos que o incentivam com abundantes e abonatórios adjectivos, para não falar já dos que provêm, quase por obrigação, de submissos e dependentes discípulos.
A propósito, é pública e notória a ternura (NÃO É NENHUMA VERGONHA!) e a dedicação com que ele premeia (para além das sinecuras) alguns desses dedicados discípulos…



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Numa tentativa de obstacularizar a vinda à superfície daquele indisfarçável complexo de inferioridade eis que o nosso homem ostenta, com falsa coragem, o seu inverso, donde o conhecidíssimo “nunca erro e raramente me engano”.
E um certo espírito de vingança, ardorosa e intimamente desejado, confere-lhe atitudes do mesmo género. Donde que lhe sobrem declarações incautas e ridículas.

Porém, toda a pseudo-fanfarronice se esvai num momento de menor supremacia ou de normal confronto com personalidades mais fortes e sólidas que a sua.

Mas, melhor que eu e com maior traquejo no uso do verbo e do argumento adequados, para contrariar a auréola que, a seu respeito, Cavaco para aí inventou de impoluto, e de seriedade, leia no Apostila a coluna de Baptista-Bastos:
OS TRISTES DIAS DO NOSSO INFORTÚNIO.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Diz-me com quem andas...
e o economista há muito que se move - cautelosamente - entre favores e homens favorecidos que os trocam.
Nunca votei, nunca votarei pela arrogância, pelos "belos tempos" que são um vómito de quem estaria acomodado em qualquer regime.
Joel Costa diz "escolhas morais": e estou de acordo.
Abç da Bettips

 

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