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Já lhes falei, várias vezes, nos meus sítios, do meu amigo José Ricardo Costa (JR), um professor de filosofia numa das escolas secundárias de Torres Novas, que foi colunista do Jornal Torrejano e entretanto se converteu à blogosfera, sendo autor do Ponteiros Parados (PP).
Conquanto exercendo a sua actividade de professor, sempre arranjou tempo para se dedicar à escrita. E com muito mérito.
Ou, primeiro, às suas crónicas no Torrejano, marcadas por uma característica linguagem coloquial, sobre temas do dia-a-dia, frequentemente hilariantes e carregadas de um humor estonteante, outras vezes num tom mais sóbrio mas sempre do maior interesse e no melhor estilo.
Ou, ultimamente, no PP, com as suas filosóficas reflexões sobre os temas mais diversos.
Não que o tempo lhe sobre, mas porque a vontade é muita entrega-se, ainda, à investigação, sendo doutorando em filosofia.
O JR é uma pessoa de rara cultura, duma enorme perspicácia e cheio das melhores qualidades humanas.
Amigo do seu amigo, devo-lhe uma amizade que eu talvez não mereça mas que ele manifesta a cada passo.
Mas vem tudo isto, agora, porquê? Pois a causa próxima deste trecho é um texto dele que me chegou, pela segunda vez, e de diferentes lados, por mail, e que ele deixou num blogue que se intitula Des1biga (sic!)
O texto é uma reflexão sobre a nossa condição de portugueses. Uma reflexão, sim, mas não pesada. Ligeira, pelo contrário, mas crítica qb, e num tom nada asfixiante e que nos convida a idêntica atitude reflexiva.
Só o JR era capaz de, a pretexto de assunto tão simples, nos deixar um texto tão interessante. No fundo e na forma.
Texto que é um comentário comparativo tão bem feito sobre as classes sociais na Idade Média e hoje em Portugal – afinal um apontamento histórico à margem da História, onde se fala de públicas conotações por motivos privados - que é digno de figurar entre aqueles que incluo no Apostila. Leia, então, A IDADE DAS TREVAS.
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