sexta-feira, 30 de março de 2007

“A BIRMÂNIA MUDOU DE CAPITAL E NINGUÉM SABE PORQUÊ”


Havia a antiga Birmânia, hoje Mianmar. Como havia Rangun, acabada de substituir por Nay Pyi Taw, a 400 quilómetros a Norte daquela antiga capital, à entrada da selva.

Ninguém sabe, porém, porque é que o generalíssimo Than Shwe - o, agora, debilitado líder do regime que baptizou de “democracia disciplinada” –, e os seus acólitos (os mais generais birmaneses), construiram, em absoluto segredo, a nova capital.

Nay Pyi Taw – mostrada, pela primeira vez, aos jornalistas e ao mundo na passada Segunda-feira, 26 – é a capital de um dos mais pobres países da Ásia. De um dos mais fechados regimes do continente.

Porém, a sumptuosa metrópole ocupa a discreta e minúscula área de 7 000 quilómetros quadrados (qualquer coisa como pouco menos que o nosso distrito de Évora; ou então, algo quase seis vezes a superfície da cidade de Nova Iorque...). E a ela se chega por auto-estradas de quatro vias.

Por ora, a cidade é quase um deserto: contando com uma multidão de funcionários, trabalhadores e militares, a população pouco passa dos 900 000 habitantes.

Mianmar tem um regime sinistro. «Mas – como relatava ontem, no Público, Fernando Sousa, sob o título acima referido - o desfile e os discursos de segunda-feira apontam para tudo menos para a mudança. Perante 15 mil soldados, Than Shwe criticou violentamente "países poderosos que procuram impor a sua influência" à Birmânia, referindo-se aos Estados Unidos e à União Europeia.»





Myanmar

“Tudo visto e ponderado”...

Quanto mais pobres os governados, mais obras “de fachada” fazem os governantes.
Que importa que os concidadãos morram à fome, não tenham assistência médica, nem educação, nem condições mínimas de vida?


Que é isso, que importa isso, se a “cambada” que “governa” se governa e quer deixar o nome ligado a obras grandiosas que enchem os bolsos dos amigalhaços?...

São, geralmente, amigalhaços de ocasião. Oportunistas. Camaleões. Golpistas...
Tanto faz. Não têm espinha e sabem-lhes dizer “amen”... É quanto basta.

Não sei para impressionar quem, mas tais dirigentes usam expressões suculentamente demagogas. Como a de designarem de Nay Pyi Taw a nova Capital Real – o que singelamente significa “morada dos deuses”.

E a designação oficial do cargo do chefe de estado, o generalíssimo Than Shwe, é: “Presidente do Conselho de Estado da Paz e do Desenvolvimento”.

Todos entendemos. Então, não?

E o povo?
Os que trabalham, sofrem e pagam?

Ó, coitado do povo! (Essa magna ficção)
“Até estranharia o contrário”!...

O povo que se dane!

Que se...

3 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

...foda!

É assim mesmo que pensam os profissionaos da arte do embuste, a política!

Estou farto deste mundo!

um abraço.

Jorge P. Guedes disse...

P.S. - Estas minhas palavras que não sejam interpretadas como qualquer mensagem subliminar de tendências suicidiárias.

JPG

bettips disse...

Bem, por aqui passo...pela primeira vez! Quero dizer-te que com nenhuma das palavras que escreveste, não estou de acordo. Ou seja: atavicamente, concordo com tudo o que dizes! Longa Vida! Abç

 

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