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Como todas as ditaduras, o Myanmar (nome que a Birmânia passou a ter desde o golpe militar de 1988) não assume a que o governa. E o cúmulo do cinismo, em tais regimes, são certas designações que utilizam, como acontece com o órgão a que preside o seu supremo ditador, general Than Shwe: Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento.
Que se trata de um Conselho para a Paz e o Desenvolvimento revelam-no a história recente do país: basta lembrar a sua atitude de recusa de auxílio mundialmente oferecido, aquando do devastador ciclone do ano passado que vitimou mortalmente 140 mil pessoas e deixou milhões delas privadas de tudo! Como se poderá aquilatar do objectivo de tal conselho com a brutal repressão que exerceu sobre os monges que em 2007 se organizaram numa acção pacífica de protesto contra a tirania de tal regime. Como se pode ajuizar do regime de terror e de trabalhos forçados com que dominam e calam os seus concidadãos.
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..........Aung San Suu Kyi, a bandeira da liberdade do Myanmar (Birmânia)
Dele, do presidente do Conselho para a Paz e Desenvolvimento, se pode avaliar, ainda, tão meritórios objectivos se lembrarmos que tem usado de todos os estratagemas para “calar” a voz de protesto do rosto mais visível de um povo sofredor mas indignado com a privação de liberdade, como é a Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi (1945), ontem condenada a mais uma pena de prisão, forma de a manter afastada do ambicionado processo de democratização do seu país. Sempre, e agora de novo, sob os mais irrisórios e inadmissíveis pretextos. A cena patética e a farsa grotesca que foi (mais) este julgamento de Suu Kyi, minuciosamente desmontado por todos os media, são bem a expressão do desnorteamento de que começam a estar possuídos os carrascos deste oprimido povo.
Bravo, Suu Kyi!
Força, Aung San Suu Kyi!
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1 comentário:
Revoltante ...que o Prémio Nobel da Paz esteja preso com a PAZ!
Abç da bettips
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