.
.
Os avanços tecnológicos não param de nos surpreender.
O P-791 da Lockheed Martin é uma aeronave híbrida – um misto de avião e dirigível. Aliás, o formato dele lembra logo um balão dirigível, ou zepelim. Melhor: lembra dois num só, o que lhe dá um ar de aeronave a poder ser confundida com um OVNI.
Digamos que é um zepelim reestilizado.
Trata-se de um conceito que remonta a muitas décadas, mas que só agora está sendo experimentado a uma escala significativa.
O primeiro voo do P-791 foi realizado em 31 de Janeiro de 2008, no aeroporto Palmdale Air Force Plant 42, na Califórnia. O voo tripulado durou cerca de cinco minutos. A aeronave deu uma volta em torno do aeroporto e o voo foi bem sucedido.
O P-791 não faz parte de nenhuma encomenda governamental, mas sim de um projecto de investigação e desenvolvimento independente realizado pela empresa Skunk Works.
A "nave" foi comandada pelo piloto de testes Eric P. Hansen.
Não me parece que, num momento em que a crise aguda que vivemos também se reflecte na aviação comercial (temos assistido ao desaparecimento de grandes e renomadas companhias aéreas), se caminhe em direcção a este tipo mastodôntico, conquanto revolucionário, de transporte.
Mas acredito que seja uma aposta a ter em conta num futuro talvez não muito distante
Curioso é que o P-791 é uma reminiscência dos dirigíveis que cruzavam os ares e os oceanos na década de 20 do século passado.
Recordemos, então, sumariamente, essas máquinas gigantes.
O Zepelim foi um dirigível rígido inventado pelo conde Ferdinand Von Zeppelin na Alemanha.
De formato alongado característico (chamavam-lhe “charuto”),
foi muito utilizado para travessias transatlânticas com passageiros na década de 1930.
Projecto delineado em 1874, foi patenteado em 1895.
Houve vários modelos. .
..
.
na Alemanha.
O seu primeiro voo aconteceu em 1928, ligando Frankfurt a Nova York, e durou 112 horas.
Tinha 213 m de comprimento, 5 motores, transportava 20 passageiros e cerca de 45 tripulantes.
Quem observasse, de fora, a silhueta elegante e inconfundível do Graf Zeppelin,
Claro que não era permitido fumar a bordo.
Nenhum acidente foi registrado com o LZ 127 Graf Zeppelin em cerca de uma década de operação.
.
.jpg)
.
Foi o maior dirigível da história até 1937 e, partindo de Hamburgo,
cruzou o Atlântico a 110 km/h.
Na noite de 6 de Maio de 1937, o gigantesco dirigível Hindenburg
com 97 ocupantes a bordo,
sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha,
mas durante as manobras de “aterragem” incendiou-se
e o saldo foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos
e um técnico no solo,
no total de 36 pessoas.
(fonte deste parêntesis: Wikipédia)
Se o projecto for para avançar com a sua concretização, pensando no luxo que eram os seus antepassados este deverá constituir um super-hotel de * * * * * * * deslizante na atmosfera…
Ora veja, então, o voo experimental do P-791:
(Fonte: Aviation Week apud Aviation News)
Sem comentários:
Enviar um comentário