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Não é santo da minha inteira devoção. O que nem admira, pois somos (confessadamente) a antítese um do outro, no mais recôndito de nós mesmos.
Verdade que, como qualquer idoso, sobretudo, tenho a minha dose de conservadorismo. (E qual será o idoso que não tem essa ponta de conservador? Não esquecendo, para mais – sublinhe-se – que o conservadorismo não é um conceito unívoco…!)
Bom, mas acho Mário Crespo, no entanto, um jornalista sério e preocupado com a verdade objectiva. E aprecio, na generalidade, as suas crónicas: revela conhecimento aprofundado das matérias que aborda e desenvolve uma prosa, formalmente, agradável.
Desta vez, a sua lupa virou-se para a tão lusa característica do “chic’espertismo”… Neste caso, em que um convencido laparoto, ultrapassando todas as regras da decência e da ética, pretende fazer de todos nós uns débeis mentais.
E Mário Crespo zurze, impiedoso e firme, a criatura. A criatura e a instituição em que se inscreve e à qual pretende impor critérios e conceitos que só gente da sua igualha aceita. E misturados com estes (pouco ou nada escrupulosos), leva a reboque outros que, em princípio, são tidos em outra conta. Mas que se deixam manchar, por inadvertida ou calculada circunstância, pelo idiota jogo daquela torpe estultícia…
A crónica, ainda esta, é bem o espelho desta época. E é de hoje mesmo, do espaço de opinião do JN, donde a transcrevo para o Apostila. Intitula-se Os Comediantes.
Comédia triste, mas de que o seu protagonista se ufana!
São tantos, eles, OS COMEDIANTES…
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1 comentário:
De acordo com JLF e com MC.
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