quinta-feira, 9 de julho de 2009

AJANTA E A ARTE BUDISTA



Os Contos de Jataka (uma famosa coletânea de lendas sobre as vidas anteriores de Buda) nas grutas de Ajanta



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Nas páginas da Fundação Maitreya o Dr. A.P. Jamkhedhkar, ex-Director de Arqueologia e Museus, diz que «Ajanta oferece uma história sem interrupção do desenvolvimento de arquitectura religiosa do Budismo, durante um período de 700 anos», tornando-a um local ímpar em matéria de escultura, arquitectura e pintura de grande beleza e apreciável técnica. Os murais, pinturas rupestres e frescos que decoram paredes, tetos e pilares, transmitem a todo o mundo, como é usual, a história dos reis, do Buddh e do povo.


Buddh (o "despertar", por extensão o budismo),

no fundo querendo designar o Buda ("Desperto", "Iluminado")

que actualmente se entende como alusão a Siddhartha Gautama,

mestre religioso e fundador do Budismo no século VI antes de Cristo.

Ele seria, portanto, segundo a lenda,

o último Buda de uma linhagem de antecessores cuja história se perdeu no tempo.

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A perda de importância, de influência e de implantação do budismo, e o seu apagamento, aliados ao surgimento de outros pontos de interesse turístico-cultural, nesse grande subcontinente indiano, no século XVII, transformaram aqueles ermos em matagais que esconderam, durante mais de dois séculos, tão singular preciosidade.
Na verdade, só em 1819 as grutas foram descobertas, por mero acaso, por um oficial da East Índia Company.
Intrigado com o aspecto incomum da escarpa rochosa, a seus pés, com sinais evidentes de tratar-se de lugares noutros tempos habitados, o seu grupo afoitou-se, meio receoso, a entrar e descobrir aquelas perdidas relíquias dando início aos grandes esforços de restauração e conservação das grutas e do seu precioso recheio artístico que remonta ao séc II a.C.
As grutas de Ajanta, em Aurangabad, uma cidade indiana do estado de Maharashtra, de que Bombaim é a capital, e que se localizam no oeste do país, são, assim, um testemunho sem interrupção da história religiosa do budismo, durante um período de 700 anos.

Ainda segundo Jamkhedhkar, a expressão artística de Ajanta viajou para outras paragens, por terra e pelas rotas marítimas comerciais, e acredita-se que as pinturas budistas nos santuários e mosteiros de Sri Lanka, Afeganistão, Nepal, Tibete, Mongólia, China e Japão foram inspirados por aquelas que se encontram em Ajanta.
Aliás, consta que, espalhadas pela Ásia, existem mais de 5.000 cavernas budistas chinesas que foram criadas e pintadas durante a época de ouro do budismo, no domínio do império do Primeiro Imperador Qin Jet Li, para nelas abrigar os seus eremitas.
Foi o reconhecimento da importância das grutas de Ajanta que levou a UNESCO a declará-las Património da Humanidade em 1983.

Veja, então, o
álbum de diapositivos sobre Ajanta.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito e não conhecia!!!
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