.
.
Onde passam os portugueses da classe média as suas férias?
(Sim, que dos outros, dos das classes menos exigentes, e menos abastadas, sabemos que as não gozam, ou as passam no sítio do costume: “na terra”, quando muito; ou no local onde habitualmente vivem)
Verdade que o Verão já não é exactamente aquela estação a que estávamos habituados: os dias de sol radioso e de temperaturas reconfortantes não são mais uma certeza de Julho a Setembro. Agora, durante esses meses, a uns dias de temperaturas agradáveis, convidativas a uns dias de lazer e de refrescante retempero de energias nas praias soalheiras, ou no campo, por esse país fora sempre em festa nesta quadra do ano, seguem-se os dias de clima fresco, nublados, por vezes chuvosos mesmo, que dão lugar a uma canícula insuportável, para logo voltarem, de novo, as camisolas de lã e os guarda-chuvas e de seguida, em sucessiva alternância, as temperaturas sufocantes.
Mas as alterações climáticas não são uma novidade exclusiva do nosso país. São uma constante em todo o mundo, que sofre o rigor dos excessos climatéricos, dado que o homem, deliberada e suicidariamente, decidiu não olhar a quaisquer meios para atender à sua ganância, à sua falta de inteligência, aos seus hábitos anti-ecológicos para destruir e degradar, em galopante velocidade, o ambiente. Tudo em lugar de os sustar, como manda o mínimo senso e como tem seriamente aconselhado a ciência.
Mas o certo é que todos nos regemos pelos ditames do calendário que continua a designar de Verão àqueles referidos meses. E a neles preferir gozar as férias.
.
.
Há muito que não rumava aos “Algarves”. Sobretudo a estas bandas do Barlavento. Mas este ano, por prévia combinação com familiares e amigos, lá voltámos a matar saudades de outros idos (80’s), com estacionamento na Praia da Rocha. Mais precisamente na, antigamente, referida zona dos “Três Castelos”, hoje denominada Praia da Bota (a foto explica porquê), que desde há quase quarenta anos os “habitués” conhecem por Praia do Branquinho.
.
.
vista da mesma Praia, das bandas de Nascente, também ao entardecer
Como noutros tempos, aí nos sentimos em família. Quer com o casal Alice e Joaquim Branquinho, quer com os filhos. E, agora, até com os filhos destes.
Portugueses, veraneantes, poucos. Muito poucos, mesmo. Ainda que sejam eles que predominam noutras praias algarvias, ao que me parece, como nas da costa vicentina de Arrifana, Monte Clérigo e Amoreira.
Gostei de recordar a beleza extraordinária que são estas costas algarvias! Tanto a de Oeste como a do Sul...
... Como gostei de rever Sagres e o Cabo de S. Vicente.
Bom, e nas praias concessionadas, e vigiadas... Raros.
Talvez não seja difícil adivinhar porquê…
.
4 comentários:
Gostei da prosa e também das fotos. A Teresa valorizou as paisagens. :-))))
No que me diz respeito, adoro o Verão em Lisboa. Já lá vai o tempo em que fazia o frete do Algarve.
E, como sabe, cansei-me de fazer desfazer malas. Sinto-me mais tranquila por cá. Vou passar duas semanas com a minha Mãe a Sintra, porque a minha irmã vai para o inevitável Algarve.
Um abraço
(anónimo, com dizeres que conheces, sou eu, que estou noutro sítio para te ligar ao blog num simples click! às vezes esqueço a assinatura...)
Gostei muitíssimo - de rever. Há anos que não vou por esses lugares, cada vez mais detesto que me fechem horizontes de mar com contruções (tipo a marina de Portimão).
As fotos, o "calor humano" e "olhar atento" são notórios. Bom ter amigos "assim". Já sei que não tiras tu as fotos... mas a Teresa serve-te de tradução, calculo.
Abraços
bettips
Ainda estou em aclimatação à vida normal...
Parece-me bom,repetirmos.
Um abraço.
Gostei de visitar o blog.
Boas fotos.
Um abraço
J.R.
Enviar um comentário