imagem de Adriano Miranda
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Parece que ainda temos alguns portugueses na selecção nacional.
Nos clubes, rareiam. Mas, e na Selecção? Menos, mas já vão faltando.
A propósito: a verdade do desporto rei (rei ou príncipe ou de mais modesta aristocracia, como o basket o hóquei, ou outras modalidades menos concorridas de público) pode configurar-se, dum dia para o seguinte, com a esta virtualidade indiscutível, convertida em realidade incontornável: um país rico adopta, atribuindo-lhe dupla nacionalidade (a sua a somar à de origem do visado), um atleta de primeiríssima água. Melhor: não uma, mas tantas estrelas quantas as que completam uma determinada selecção. Pagando, naturalmente, esse “serviço” para além dos valores que normalmente se prendem com a actividade desportiva do adoptado, de acordo com a sua craveira e com os resultados conseguidos (necessariamente os melhores).
Haverá alguma dúvida de que esse país se candidata séria, decidida e decisivamente a um dos lugares do podium? Só por mero azar outro que não o que é premiado com o ouro?…
A venalidade, no mundo em que vivemos, é a mãe de todas as virtudes que a generalidade dos mortais aprecia.
Somada a outras práticas que têm de comum a mesma maternidade, aí temos em acção uma fabulosa fábrica de fazer dinheiro, único parâmetro aceite por aqueles mesmos mortais para medir qualquer valor.
Até quando?
O tempo dos nossos ingénuos antepassados, quando o amor à camisola as encharcava, nas competições, com um denodo que não tinha preço… Ora, esse tempo já há muito que lá vai!
Hoje, a sua memória não merece mais que um sorriso de complacente comiseração (e censura) da maioria das novas gerações…
Sim, até quando?
De mais a mais, e por outro lado, estamos no tempo do capitalismo selvagem: ora se neste o capital não tem pátria, porque a hão-de ter as selecções, ao seu serviço?
Entendido.
Mas insisto: até quando?
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1 comentário:
Mas olhe que, se não for assim... Empatámos com a Dinamrca com um golo de Liedson. Ganhámos à Hungria com um golo de Pepe. Está certo.
JR
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